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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sonho de uma(s) noite(s) de verão

Essa última semana foi provavelmente uma das mais corridas desde que comecei a reforma. O último post "sorry" não deu a dimensão da correria entre a ida para Orlando para a premiação do Grego e minha saída para as "férias". Entre quinta e sábado tive que resolver problemas com o suporte do radar, terminar a pintura, instalar o máximo possível de coisas para que tudo estivesse relativamente pronto no dia da subida do mastro. Minha pressa é explicada pelo fato de o cara da veleria não poder começar a fabricar a vela enquanto não tiver as medidas exatas com as peças no lugar.

Sábado eu levantei cedo para aplicar a ultima demão de tinta e continuar a instalação. Contudo duas brocas estragaram ao furar os rebites de aço inox, tive que sair duas vezes para comprar parafusos e ainda precisei fazer o depósito para o material dos colchões e lonas do barco. Isso ocupou tempo precioso. A pouco menos de 3 horas para o voo eu ainda estava no compartimento da ancora suando para colocar o suporte da "staysail" no lugar. Eu já tinha trabalhado nisso várias horas nos últimos dias, mas agora eu precisava colocar a peça no lugar e aplicar o silicone.

Banho correndo, lavar o cabelo, fazer a barba, limpar os pés, atrás das orelhas e os ouvidos... fora a emoção. Tinha que estar mais apresentável do que eu ando normalmente por aqui, afinal, eu ia pegar um vôo. E mais importante, depois iria encontrar J.

Calor impressionante na estrada... cada vez que eu me aproximada de Orlando o temômetro subia. Logo já tinhamos, novamente, ultrapassado os 100º F. Parei para comprar algo gelado. O ar condicionado do carro, mesmo no máximo, não dava vencimento... talvez fosse emoção. Por incrível que possa parecer, estava achando bom me afastar da obra. Dar uma respirada, voltar com outros olhos e nova energia. Também tive medo do carro dar algum piripaco e eu perder o vôo.

Deixei o carro na locadora uma hora antes do vôo. Não tinha bagagem para dspachar, fiz check-in no autoatendimento e uma hora antes do voo já estava na fila da segurança. Estava tão empolgado com o encontro que nem me chateei em ter que tirar sapatos, laptop, liquidos e ficar equilibrando tudo isso enquanto a senhora em minha frente lutava para separar as coisas dela.

Voei de JetBlue, a empresa que inspira a Azul no Brasil. E o avião era da Embraer. As coisas só não foram melhores porque rolou uma mega tempestade e ficamos duas horas na cabeceira da pista. Nunca vi um avião tremer tanto no chão... sacodia de um jeito que até parecia turbulência. O resultado foi que ao invés de chegar em Washigton e esperar duas horas, foi J quem teve que me esperar.

Washington foi legal. Já fui algumas vezes a trabalho para lá mas era sempre muito corrido e não conseguia ver muito. Dessa vez fiquei na casa de um casal amigo de J. Isso já fez uma diferença enorme. E dessa vez aluguei uma bike para andar pela cidade. Achei o esquema da bike mais ou menos. Você paga 5 doletas "de associação" para poder usar a bike por 24 horas. Até 30 minutos de uso, vc não paga nada. Tem um preço mais ou menos por mais uma hora e depois o preço vai subindo. Para alugar a bike entre 7 - 24 horas o preço é superior a 70 dólares - claramente concebido para incentivar o uso rápido do bike. A parte boa é que tudo é feito com cartão de crédito sem necessidade de m cartão especial como em Barcelona.. Eles bloqueiam 110 dólares "de caução" e a cada vez que vc retirar a bike vc tem que colocar o cartão para gerar um código de liberação. Vc escolhe uma bike no rack, digita o código e voila. Depois é só retornar a bike, colocar no lugar e esperar uma luz verde confirmar o retorno da magrela (pessoalmente eu queria ter um recibo para comprovar a devolução). O problema é que de manhã raramente tiha bicicletas na vizinhança onde ficamos. No último dia rodamos por uma hora até decidir ir para o centro de metrô e buscar algumas por lá.

J teve que trabalhar no domingo e segunda, por isso fiquei meio de bobeira nessas horas. Aproveitei para organizar o resto da viagem, rodar a cidade e almoçar com conhecidos. Consegui almoçar com a Fabi mas fiquei em dívida com a Natasha... dei dois canos nela... sorry dear! O Edu, colega de Oxford, só deu notícias no último dia, quando eu já estava para ambarcar. E tinha mais gente que eu queria ter falado e encontrado mas não deu.

Na segunda de noite levei J a  um restaurante Etiope na U-steet, o Duken. Eu uma das minhas viagens a DC no passado a Timi me levou, junto com o Marcus, a um restaurante desses. Gostei da comida vegetariana e de comer com o pão-esponja. Quis repetir a dose com J. O único detalhe é que grande parte da comida era picante.

Depois de um tour de bike pelo Mall e Casa Branca voltamos para pegar a bagagem e seguir para o aero. Adoro quando dá para chegar fácil com transporte público até os aeroportos (ouviu governos dos estados brasileiros?!). Em Brasília até tem uma zebrinha que quebra o galho; o ônibus para a rodoviária dá voltas demais... Salvador tem uns ônibus demorados e São Paulo só tem aqueles ônibus caros e táxis que vc precisa pedir empréstimos para pagar. Chegar de metrô é outra coisa.

Já tinha viajado com J antes, mas esse foi nosso primeiro vôo juntos. Fomos para Miami. Dessa vez sem atrasos. O venezuelano radicado em Miami sentado ao meu lado comentou que o que ele vê com o Brasil hoje é igual ao ciclo de riqueza da Venezuela nos anos 70 quando venezuelanos não precisavam de visto para ir para os EUA e chegavam lá só com a roupa do corpo. Compravam tudo para levar para casa. O Venezuelano seguiu, defendeu que o governo americano remova a necessidade de visto e deixe os brasileiros virem fazer compras na Florida. Falou que em tempo de recessão, os brasileiros (e suas grandes malas e apetite para compras) são um colírio para os olhos da população da Florida.

J e eu jantamos em um italiano perto do aeroporto de Miami: Basílico. A comida estava muito boa. O Malbec no ponto e o Tiramissú, divino. O cara que nos atendeu, Luciano, era argentino... ou seja, um italiano exilado. Antes de descobrir a origem do Luciano ficamos discutindo a origem dele: eu dizendo que era argentino e J dizendo que ele era italiano. No final, os dois estavam certos.

No dia seguinte saímos cedo... o hotel estava cheio de brasileiros no café da manhã. Para falar a verdade, todos os lugares que nós fomos, exceto Cabo Canaveral, estava cheio de brasileiros.

Chegamos em Cabo Canaveral as duas da tarde... o calor escaldante foi quem nos deu as boas vindas. Aliás, a (alta) temperatura impressionou J. Depois foi conhecer o anjin. Fazia tanto calor que resolvi para para almoçar e comprar umas coisas enquanto o sol baixava. Começamos a trabalhar as 16:00 e fomos até as 20:00. J queria aproveitar que tinha luz para continuar, mas achei melhor deixar para dia seguinte.

Nesse dia começamos a enfrentar nossa sina de jantar tarde. Muito restaurante fecha cedo por aqui. O italiano de Miami fechava as 22:00. Aqui em Cabo Canaveral os que fecham mais tarde encerram as 23:00. E como já era onze da noite tivemos que comer em um desses diners massificados: o Denny's. isso foi mais uma novidade para J que falou que eu escolhi um Giraffas americano para jantar... foi falta de opção.

No dia seguinte tomamos café na rua e começamos a trabalhar as 10:00. J fez vários furos no mastro para o suporte do radar enquanto eu buscava ferramentas, falava no telefone e ajudava o cara que preparava os enroladores de genoa. Fiquei meio estressado com o cara da vela. Ele queria adiar mais uma vez o processo e ficava dizendo que era para me ajudar. Bem, ele me ajuda fazendo essa vela e reduzindo a lista de pendencias para minha partida. Tanto que ele chegou a adiar a chegada da grua. As 1500 começou o processo de recolocar o mastro no lugar. Os caras da vela só sairam do barco depois das 1800. Depois disso fizemos uma cermiônia de batismo do anjin, foi muito mais simbólico do que qualquer outra coisa, mas foi importante ter minha primeira visita a bordo, e justamente quem participou mais ativamente do processo. Guardamos as ferramentas, tomamos banho e seguimos para Orlando.

Quando saímos para jantar em Orlando já era mais de 2300 e novamente tivemos o problema dos restaurantes. Dessa vez a opção era um IHOP, que J lançou a alcunha de Truc's americano (foi uma das poucas pessoas que conheço que mencionou o Truc's... aparentemente o Truc's caiu no esquecimento coletivo - ou simplesmente é velho demais para os neo-candangos terem conhecido). Ao chegar no Ihop rolou um deja-vu. Na véspera, no Denny's, um casal de bêbados sentou atrás da gente, ficaram gritando, derrubaram coisas, brigaram com a garçonete e ainda disseram para nós que não tinha problema pois o filho deles estava no Harvard Law. Pois bem, ao chegar no Ihop tinha outro grupo barulhento, sentado do lado do restaurante que ainda estava aberto. Como se isso não fosse incomodo suficiente, o suco que eu queria tinha acabado e me trouxeram um outro prato. Quando eu reclamei, a garçonete sem graça me disse que o ingrediente para o prato que eu tinha pedido estavam em falta. Será que eles acharam que eu ia confundir camarão com um bife empanado?! Tive que me contentar com metade do omelete de J.

No dia seguinte foi a iniciação de J nos outlets americanos. Um monte de brasileiros em todas as lojas. J gostou dos preços mas os tamanhos que encontrávamos raramente serviam. Eu comprei um tênis e roupas com proteção UV para usar no barco. Depois saímos correndo para assistir o show do Blue Man Group. Como estávamos atrasados, troquei de roupa no carro. Enquanto eu fazia malabarismos no banco de trás a J viu uma mulher levar um baculejo da polícia. A segurança do outlet perseguiu a mulher e uma policial apareceu com arma em punho. A mulher ficou deitada no chão, molhado, enquantos os americanos tentavam entender o que acontecia. Não ficamos para o desfecho da história.

O show foi bom. Tudo funcionando azeitado... a platéia rindo das besteiras que apareciam nos letreiros e  um excesso de voluntarismo por parte do público. Quando o show terminou a maior parte dos restaurante estava fechada (mais uma vez). Jantamos em um japonês fast-food e tomamos um sake gelado que gostamos: o Ty Ku.

Dia seguinte foi dedicado a voltar e compras as últimas encomendas que J recebeu. Uma delas era um Ipad2. Impressionante como não coneguíamos encontrar em lugar nenhum. Fomos em uma loja da Apple que parecia estar em liquidação, tamanha a quantidade de gente. A solução foi sair da área de influência de Orlando para conseguir encontrar um. E ainda assim não foi fácil.

Chegamos com tempo em Miami, apesar da chuva que nos acompanhou ao longo de 250 milhas. J fez o check-in e fomos jantar. Escolhemos um Thai... só que a comida estava mais para chinesa que tailandesa. J pediu sakê... não gostou... era branco, não filtrado segundo a garçonete. Nas palavras de J "parece com suco de cupuaçu".

Despedida triste no aero. Ruim deixar quem você ama. E para piorar, não é uma viagem de  uma hora que resolve isso. Depois do abraço J saiu do carro, me deu tchau e saiu. Não olhou para trás depois que passou pela porta. Eu olhei para frente, engatei "D" e peguei a estrada. 3 horas de chão me esperavam até minha caminha em anjin

Mas foi bom. Essa pausa me deu forças para continuar o trabalho. Diminuiu as saudades e reforçou ideias para os próximos passos e novos projetos. Parafraseando Pessoa: "planejar é preciso, viver não é preciso".


Lincoln Memorial - DC

Washington reta

Washington curva

Deepthroat



Bike alugada em DC

Comida etíope


J e anjin

Preparando mastro

Mastro quase no lugar

bakulejo en Amerika


"J está indo embora..."

domingo, 26 de junho de 2011

Fotos diversas 2

Mais algumas fotos dos acontecimentos das ultimas semanas.


Mastro no chão, lavado

Detalhe


Apareceu outro trimarã no estaleiro. Fiquei feliz em poder provar para os funcionários que anjin não é o único trimarã do mundo.

Esse tri tem  um projeto muito mais moderno, com linhas d'agua bem longa e gurupés na proa

Eletronicos enfim chegaram. Na caixa o radar e o combo GPS+charterploter

Medidores de vento, profundidade e velocidade

Mastro e retranca lixados e com primer



101º F na estrada para Orlando

O Grego no Tailandês após receber o prêmio na Infocomm

No restaurante Tailandês em Orlando

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sorry

Coisas aqui andam muito corridas. Houve umas excepcionalidades também: na quarta fui para Orlando prestigiar o Grego, meu colega de UnB que ganhou  um prêmio internacional por uma instalação-projeção que ele fez em São Paulo. Para conhecer mais sobre seu trabalho, visite o site da empresa dele, a Visual Farm.

No caminho para a premiação eu passei para deixar o inversor. Tal como carro com problema, o defeito nunca aparece na frente do mecânico. Dito e feito, lá o inversor se comportou com perfeição. O técnico falou que pode ser um problema com a fiação do barco. Pode ser, mas o fato é que no começo o inversor funcionou e depois ele parou. O problema foi que o teste demorou muito mais do que eu imaginava e acabei chegando tarde na premiação. Ou na hora, pois quando eu cheguei lá estava começando o comes-e-bebes.

Filas grandes, vinhos fracos, pouca comida foram a deixa para irmos embora. Fomos para um restaurante Tailandês para o grego matar saudades e enche a barriga. A comida estava muito boa. E a sobremesa: sticky rice com um molho tipo custard com amendoim acompanhado de manga estava maravilhoso. O pad vegetariano tb merece destaque. De fraco só um drink para turistas e o curry que estava sem graça.

Dia seguinte voltei para a rotina. Para falar a verdade eu decidi mudar mesmo a rotina. Antes das 0700 dá estou trabalhando. Quando dá umas 11 eu vou checar e-mails e fazer coisas do tipo. Agora eu só tenho que começar a dormir cedo. Por falar em cedo, agora é tarde e está fazendo um calor absurdo... nem de noite o ar condicionado está dando vencimento. Quando fui para Orlando fazia 37 graus na estrada (de acordo com o termômetro do carro).

Nesses dias lixei, passei primer e dei duas demãos de tinta no mastro. Não ficou 100% mas tirei as partes que tinha sumido a tinta e tinha ferrugem dos estais.

Hoje o "cérebro" veio aqui, foi muito melhor do que a visita com o Pinky. Ele me ajudou a passar uns fios, trouxe umas ferramentas e me emprestou umas brocas. No final do dia a antena VHF já estava no lugar, os fios verificados, fio do radar no lugar, luz de tope instalada e o Windex também.

No final da tarde eu paguei o registro do barco... depois eu tenho que contar sobre essa novela, mas o barco será registrado em Belize.

Amanhã é dia de trabalho forte. quero tentar terminar tudo até a hora do almoço pois no meio da tarde vou viajar. Afinal, eu tb sou filho de Deus e mereço um descanso!

Abração a todos! Mandarei notícias

terça-feira, 14 de junho de 2011

Ou o Brasil acaba com a saúva...

Estava pensando em alguma frase de resistência para o título de hoje. Lembrei da frase da saúva, que é um dilema de Tostines (vende mais pq é mais fresquinho...) mais macabro. As coisas aqui estão no vai e vem, ou no dois para lá, dois para cá. Tem progressos mas subitamente rola um retrocesso. Em síntese, estou em uma queda de braço, e não estou disposto a desistir.

O programa do fim de semana foi ficar encolhido no compartimento da âncora. Depois de muita briga, usando uma furadeira com uma broca diferente, eu finalmente conseguir colocar porcas em dois parafusos na base da placa que vai sustentar a nova vela. O antigo dono fez o furo mas esqueceu que teria que colocar porcas no parafuso. E o angulo era tal que o parafuso só entrava por um dos lados.

Fiquei pensando que muitas vezes as pessoas quando montam um barco nunca imaginam que vão precisar remover o que montaram. Na verdade isso não é só para barcos. Tem muito sentimento ruim que entra e que não sai mais. Eu sou a favor de mobilidade... acho que as coisas devem ter algum grau de mobilidade: entrar e sair, ir e vir,  e por aí vai.

Ah, devido à grande pressão popular eu cancelei a moderação dos comentários. Quem quiser escrever algo, o post deve ser publicado na hora. De fato o sistema estava com algum problema pois eu não era sempre comunicado de posts pendentes. Teve  uns que eu só descobri agora, como o das sugestões para a "Excalibur". Hoje está chovendo, vou tentar a sugestão do Breu de apelar para a dinâmica dos materiais.

Aproveitei que estava trabalhando na frente do barco para remover toda a parte do sanitário (relaxem, aparentemente nunca foi usado pq o esgoto não estava conectado). A razão para isso é que quem instalou não olhou o manual e colocou a bomba no luga errado. Esse sanitário é interessante. Quem já usou um sanitário de barco provavelmente, em algum momento, ficou intimidado com acionar a alvanca para  um lado, bombear, acionar a alavanca para o outro lado, bombear novamente. Pois bem, esse sanitário usa um sistema a vácuo. Na teoria, depois de fazer "os serviços", vc fecha a tampa do vaso e aciona a bomba. A bomba faz um vacuo e puxa agua para dentro do vaso e ao mesmo tempo que puxa o "entulho" para algum outro canto. Só temos que ver como isso funciona na prática. Se nãoder certo, sempre existirão os baldes.

Por falar em tempo, o clima está uma loucura... ontem e hoje fez tanto calor que não consegui trabalhar entre 1100 - 1400. O cara da fibra até me ligou para dizer para eu não fazer muito esforço e beber bastante líquido. Fiquei sabendo que é relativamente comum nesse meio de pessoas que trabalham com barcos complicações causadas pelo sol (problemas de pele é o mais óbvio em todos eles). Alguns até morrem. Então aproveitei para tocar adiante a questão do registro do barco. Ah, o ar condicionado não consegue dar vencimento nessa temperatura elevada.

Consegui outro orçamento para os serviços de capotaria. Resolvi aprovar e tocar adiante isso também. Ontem rolou um incidente, ou acidente, a bordo que me deixou preocupado. A pobre da mlher que veio fazer o orçamento caiu da escada dentro do barco. Na verdade a escada deslizou e ela escorregou. Ela não teve nada muito grave, mas chegou a bater a cabeça. Felizmente não teve nada... eu fiquei muito preocupado. Primeiro com ela e depois, pensando, comigo. A razão é porque aqui nos EUA todos processam todos. Acho que vou ter que fazer um disclaimer e colar na escada de fora do barco: "daqui para cima, o risco é seu..." Vou tirar a escada de dentro quando vier gente de fora pois a escada dá falsa sensação de segurança. Percebi que eu só desço a escada me apoiando com as mãos (e ela tb já escorregou comigo algumas vezes).

Consegui terminar de lixar a maior parte dos pontos do mastro que tinham problema na pintura... ainda falta a retranca. A dificuldade é que a chuva e o vento não estão colaborando para terminar o serviço.

Na seção retrocessos, tivemos o inversor retomando o protagonismo (ou seria antagonismo?)... ele funcionou bem uns 3 dias. Eu precisei desliga-lo para mexer em uns fios e quando liguei novamente a função carregar bateria, a mais importente, deixou de funcionar. Ainda está na garantia, mas só em pensar em remover os 12 parafusos e depois carregar esse monstro de 30 kilos não me deixam contente. Eu preciso pedir para o povo do estaleiro vir com uma empilhadeira para removê-lo de cima do barco e colocar no porta malas. Hoje passei a tarde (a parte quente da tarde, diga-se de passagem) removendo os fios e 8 dos parafusos.

Essa semana tem mudança de rotina. Amanhã de tarde devo ir a Orlando encontrar meu amigo helênico (aka Grego). Mas eu volto na quinta de manhã poruqe o plano (original) é recolocar o mastro na sexta, mas com essa chuva não sei como ficarão as coisas. Na quinta ocorreriam os preparativos para içar o mastro. Essa pausa vai ser importante para minha descompressão. Aguardem noticias no próximo post: férias.

domingo, 12 de junho de 2011

Insônia

Pois é, madrugada do dias dos namorados e eu acordei no meio da madrugada e não estou conseguindo dormir... enquanto o sono não vem, vou fazer alguns comentários.

Fazendo uma leitura crítica do blog, percebi que não estou escrevendo quase nada sobre aventura, turismo ou mudança climática... propaganda enganosa. Espero que o Conar não venha atrás de mim. O site deveria se chamar algo como "a arte pouco Zen de manutenção de embarcações" para parodiar o livro do Robert Pirsig. Infelizmente, essa etapa é parte de um processo que vem sendo concebido há bastante tempo mas só foi disparado há um ano.

Se não me engano era junho. Uma madrugada chuvosa na Vila Madalena, esperando um ônibus que não chegava, quando me perguntaram se eu tinha algum sonho. Retruquei que queria dar a volta ao mundo de barco. A velocidade da resposta, sem titubear, revelava a seriedade da ideia. Mas não tive resposta para a segunda pergunta: "e o que você está fazendo para tornar isso realidade?" Fiquei desarmado... leio sobre isso desde que Amir Klink me hipnotizou, aos 13 anos, com "100 dias entre o céu e o mar". Aleixo Belov, Joshua Slocum, Bernard Moitessier, Rob Knox-Johnton, Eric Tabarly, os Schurman foram alguns dos outros autores que ajudaram a colocar lenha na fogueira. Mas essa viagem sempre ficava para o futuro, para quando eu tivesse dinheiro, para quando eu tivesse família constituída, para quando eu estivesse aponsentado, para quando... A chuva caia forte, nenhum ônibus passava, e nenhuma resposta aparecia na minha mente. Mencionei, com pouca segurança, um tal de "projeto se jogue" que eu tinha mencionado para o Felipón alguns meses antes: começar a viagem aos 40.

Minha interlocutora escutou o que eu dizia junto com o ruído cadenciado dos pingos de chuva. Disse que era muito bonito ter um sonho, mas que eu tinha que pensar mais sobre isso. E deu o golpe de misericórida com ao dizer com um sorriso "você é engraçado: mora em Brasília, veleja em um lago e quer dar a volta ao mundo de barco". Para minha sorte ou azar o ônibus chegou.

De volta aos dias de hoje, e à minha insônia, posso dizer que aquela noite chuvosa foi um dia de despertar. Um turbilhão de coisas que eu tinha na cabeça começou a fervilhar a partir daquela momento. Eu não estava mais casado nem namorando, não tenho filhos, nem cachorro nem gato. Minha mãe estava bem de saúde, meu irmão também. Meu contrato do trabalho só ia até o meio do ano, com uma possível extensão até dezembro. O contrato de aluguel do meu apê vencia no final do ano. O real estava valorizando constantemente em relação a outras moedas. E principalmente, como disse Martin Luther King: "eu tenho um sonho".

Nada me prendia e havia um alinhamento interessante de fatores. Eu decidi que essa era a hora. O projeto se jogue podia começar. Assim, quando fui para o Panamá visitar um amigo contei para ele a ideia, ainda bem crua. Ele gostou, só pediu mais atenção a aspectos profissionais e ao planejamento.

Fui polindo a ideia e todo dia olhava barcos à venda na internet. No começo no Brasil, mas por falta de opções e preços elevados comecei a olhar barcos fora, principalmente nos EUA e Canadá (por não ter VAT, maior oferta, preços mais baratos e facilidades para reforma - que ironia).

Aos poucos fui contando para outas pessoas. Amigos primeiro. Para J que ainda não era J. Contar para minha mãe foi dificil... coitada. Se sentiu culpada de ter criado um filho que quer ir além do jardim. Calma mami, eu sou assim, você sabe: intercâmbio, Brasilia, trabalho na área internacional. Eu quero ver o mundo por diversos prismas.

Também contei para minha chefa que lutava para conseguir uma renovação de contrato para mim. Lembro que respondi do celular, no meio da COP em Cancun, que tinha certeza que não queria uma prorrogação de contrato. Isso era dezembro. Mas em novembro eu já tinha avisado a imobiliária que não iria renovar o contrato. Estava cortando as amarras.

Vou tentar dar um cochilo agora... os primeiros raios de sol já começam a surgir.

Despeço-me com uma frase de Mark Twain que espero que ajude vocês a entender o que passa pela minha cabeça. Não é loucura, é vontade de viver.


"Daqui a alguns anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez. Então solte suas amarras. Afaste-se do porto seguro. Agarre o vento em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra. "

Mark Twain

quarta-feira, 8 de junho de 2011

lerê lerê

Estou me sentindo um peão! E não é peão de xadrez não, é daqueles que ficam de sol a sol trabalhando. Estou com a marca do relógio no braço, calos e mãos doídas. E o pior é que por mais que eu trabalhe, mais trabalho aparece.

Depois do feito de conseguir desatar o nó da quilha eu passei uns dois dias com um pé de quebra e um martelo batendo na dita cuja para soltar cracas e umas pedras que se alojaram entre a quilha e a caixa da quilha. Acho que isso impede a quilha de deslizar. Na sexta feira eu arranjei uma barra de inox comprida para colocar no espaço entre a quilha e a caixa e, com a ajuda de um martelo, tirar as coisas que estavam alojadas por ali. O problema é que a barra enganchou e não consigo removê-la. Como se já não tivesse problemas suficientes com a quilha. Toda vez que passo por ela faço força para tentar removê-la... ela está parecendo a Excalibur. E aparentemente eu não sou o Rei Artur pq por mais força que eu faça ela não se mexe.

Durante o tempo em que o sol estava mais fraco (começo e final do dia) limpei o mastro para ver o que precisar ser pintado, lixado ou polido. Usei uma borracha para tirar algumas das manchas de ferrugem sem estragar a tinta. Imagina um mastro de 15 metros e vc com uma borrachinha tentando apagar manhas.... é cada uma que a gente passa.

No domingo bati  um recorde: 4 pessoas trabalhando no barco simultaneamente. Dois caras lixaram todo o casco central enqunto outro tentava sacar o eixo. Equanto isso eu estava aplicando um primer no casco. Bem, melhor explicar por partes. O eixo do barco precisa ser removido para verificar o alinhamento. A dificuldade é que o barco tem um tipo de junta ligando o eixo ao motor, pois motor fica na horizontal e o eixo é inclinado. A solução mais comum (e barata) e inclinar o motor com o mesmo angulo do eixo, mas isso rouba espaço no "calabouço" e dificulta o acesso para manutenção. Só que essa junta é diferente e dois mecânicos que vieram aqui confessaram nunca ter visto nada do tipo. Haja paciência.

O pai do dono do estaleiro veio até conversar comigo e disse que sairia mais barato eu cortar o eixo fora do que ficar brigando para removê-lo. Já comecei a considerar essa possibilidade.

Sobre o primer, ele é uma base para a pintura. Estou aplicando um primer com base epoxi (similar ao durepoxy só que liquido) que vai deixar o fundo do barco mais resistente à agua (tapando aqueles buracos que eu fiz com a lixadeira). O detalhe é que o epoxy vai endurecendo aos poucos e vc não pode parar de mexer senão ele endurece. Comecei as 1100 da manhã e terminei as 1700, sem parar. Nem para o banheiro eu fui. Só dava uma parada para beber água.

Segunda foi um dia que eu não gostei. O eletricista e o assistente dele vieram instalar o inversor. Eu chamo esses dois de Pinky e Cérebro... até fisicamente eles são parecidos. Pois bem, o Cérebro teve que sair eu passei grande parte do tempo com o Pinky - que não parou de xingar nem um minuto (não estava me xigando, mas sim o barco e a instalação elétrica). O que deveria ser um serviço de uma hora durou um dia... vários problemas, almoços longos, falta de peça, fio errado. No final estava um clima horrível, eles com pressa e fazendo coisas erradas implicou em refazer certas conexões algumas vezes. Foi uma energia tão ruim desses dois que abalou minha moral. Mas pelo menos tenho luz... quer dizer, mais ou menos, pq descobri que tem fios das lâmpadas até o fundo do painel e da bateria até o painel. Mas entre o fundo do painel e os interruptores do painel falta conectar (e descobrir o que é) cada fio. Mas já dá para chamar o cara da geladeira :)

Ontem eu tive mais surpresas: parte dos eletrônicos que eu esperava para colocar no mastro só chegará no final de junho. Então desisti de usar os produtos da Simrad... vou devolver o que comprei e colocar da Raymarine. Não gosto da Raymarine, mas é o mais comum, principalmente no Brasil, tem em tudo quanto é canto e, principalmente, tem para pronta entrega. As coisas devem chegar na sexta. Agora é manter os dedos cruzados.

Ontem paguei o resto da entrada das velas. O material das velas e da capa já chegou. Os enroladores de genoa já estão prontos para ser instalados, mas com o atraso dos eletrônicos só dá para recolocar o mastro na semana que vem.

Hj a briga foi remover as escotilhas. Uma já está solta, levei duas para o especialista em plásticos e fui pedir conselho para tirar a terceira.

Depois um capoteiro apareceu aqui. O orçamento dele foi um susto... extremamente caro. O pior é que não consegui ninguém para me passar outro para poder comparar.

Voltei a tratar da transferência do barco. Terei que ir no Detran daqui para ver isso (é isso mesmo, barco aqui é no Detran). Tem até umas coisas que é com a guarda costeira, mas compra e venda é com o DMV.

O fim do dia foi dedicado a tentar instalar o suporte para o novo enrolador. Muito suor e não terminei. Amanhã eu encaro ele novamente.

O que me deixou contente foi que nesses ultimos dias recebi notícas de potenciais visitas, e isso é muito bom. Devo encontrar com o Grego na semana que vem. Lara tb está na Florida e possivelmente haverá outras visitas mais. Assim eu corro para deixar o barco mais apresentável e sigo mais adiante na conclusão da obra!

domingo, 5 de junho de 2011

America, the land of the free and brave

Fico falando da reforma do barco e nunca comentei muito sobre onde estou.
Cabo Canaveral, a cidade onde fica o estaleiro, poderia ser uma cidadezinha como qualquer outra no litoral da Florida se não abrigasse uma grande instalação da Nasa: o Kennedy Space Center. Por isso, muitas das coisas por aqui fazem referência ao espaço. A rodovia aqui na frente é a rodovia Astronauta Neil Armstrong, tem space lanches, space centers, e por aí vai. Existem ainda muitos escritórios de grandes empresas que prestam serviço para a Nasa. Até o slogan da cidade é "terra do sol, espaço e mar".

Outra particularidade da região é o fato de abrigar o porto Port Canaveral e uma base da Força Área. Ambos são áreas federais e ocupam uma boa extensão da área da cidade, que não é muito grande. Por serem áreas federais não são obrigadas a seguir a legislação do estado da Florida, o que cria algumas complicações, principalmente para embarcações.

Na sexta feira, quando voltava do mercado ví uma placa falando de um show, e logo atrás uma movimentação. Resolvi parar. Foi engraçado porque, apesar de passar pela cidade muitas vezes, nunca tinha entrado por lá. O departamento de parques e recreação da cidade promove umas "Friday Fests" com alguma regularidade. E foi lá que eu fui parar, já no meio do show.

Foi bom não estar no estaleiro; ou em  uma loja de ferragens ou de peças para barco; ou na oficina do cara da vela. Fora isso, o único lugar público que eu frequento é o supermercado. Mas no Friday Fest foi diferente... deu para ver a cara de quem mora em Cape Canaveral e frequenta esses eventos públicos. Tinha gente de todas as idades, mas as pessoas mais velhas eram maioria. Havia diversas barraquinhas de vários grupos da comunidade: dos policiais vendendo cachorro quente para a compra de novas viaturas; times da escola angariando recursos para uniformes e viagens, escoteiros, das igrejas, grupos de jovens e os profissonais de feiras (pessoas que ofeecem massagens, souvenirs, comida, etc).

Eram pessoas simples. Muitos red-necks, como são chamadas as pessoas que fazem o trabalho braçal por aqui. Curiosamente, quase não vi latinos (fora eu). Tinha até um cara vendendo aquelas bugingangas made in China, mas pasmem, o cara era americano! Me impressionou também a quantidade de pessoas sem um ou alguns dentes. Dentes aqui não são tão ruins quanto na Inglaterra, mas a importância que se dá no Brasil é maior. Moda era, definitivamente, uma preocupação apenas dos mais jovens. Isso é os EUA de verdade... fico imaginando qual a orientação política dessa galera. Se eles são do tipo que apoiavam as ideias conservadoras do Bushinho...

Fique pensando que no Brasil teria pouquissima gente assistindo um show de rock... mas aí eu lembrei que aqui até um tempo atrás o rock não tinha muita concorrência. A onda rapper, latina e eletrôncia é muito mais recente.

O show em si foi interessante. A banda, Vilifi, é um power trio que combinava com o local. Não vi amplificadores Marshall ou Peavey, nem instrumentos ou roupas de marcas famosas. Mas o som dos caras era honesto. O vocalista tem uma voz muito boa, que ficou clara no cover do Led Zeppelin (eles não queriam fazer covers, mas o contrato exigia). Apesar de eu não gostar dos trejeitos do baterista, que ficava fazendo malabarismo com as baquetas, o cara usava dois pedais no bumbo, o que dava um resultado interessante. Comprei uma cerveja gelada e fiquei olhando as pessoas enquanto escutava a banda. Foi bom para me distanciar um pouco dos eternos problemas que envolvem a reforma de um barco.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Registro da "operação acabou o viagra" - video

Segue videozinho do processo (muito tempo de preparação, mas a retirada do mastro foi relativamente rápida).


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Já é junho

Nenhuma linha física separa o último dia de um mês para o primeiro do mês seguinte. Entretanto, o efeito psicológico é grande. Isso significa que o barco deve ir para água esse mês. Isso implica em  um misto de ansiedade e preocupação.

Uma coisa incoveniente que aconteceu nesses dois  ultimos dias é chover de dia... antes só estava chovendo de noite, mas agora São Pedro resolveu mudar o horário da entrega da água. Isso complica o trabalho de reforma dos detalhes de fibra na parte de cima do barco. Com chuva não dá para fazer o trabalho, a não ser que eu encontre um jeito de fazer uma cabana. E também me impede de tirar as escotilhas para trocar os acrílicos.

Por causa da chuva passei parte do tempo dentro do barco nesses dois dias de manhã. Aproveitei para colocar fotos no blog, pesquisar materiais, medir umas coisas entre um intervalo de chuva e outra e fazer umas pesquisas.

O cara da vela veio aqui ontem medir um detalhe no mastro. Aproveitei para entregar para ele o enrolador do balão assimétrico (uma vela para vento mais fraco) para que ele faça a medição também. Nem tudo está decido... nao estou muito confortável com o sistema de pontos das velas... vou ter que decidir sobre isso urgente. O problema é que essas ferragens são uma grana.

Ontem fui atrás do capoteiro que ainda não me trouxe o orçamento (o outro capoteiro eu já desisti). Prometeu que viria aqui hoje e não apareceu (para variar).

O cara do estaleiro que começou a tirar o eixo ontem e parou no meio do serviço também não apareceu. Minto, ele apareceu para pegar as ferramentas dele e dizer que tinha que fazer serviço em outro barco. Fui conversar com o dono do estaleiro sobre essa novela. O dono me disse que eu não preciso tanta pressa (?!?) porque o serviço é rápido. Me prometeu que até segunda feira o eixo estaria fora e eu o receberia revisado na outra quinta... que assim seja.

De tarde eu dei raça na quilha. Com ajuda de um pé de cabra fiquei tentando fazer ela se soltar. 5 anos com a quilha (bolina) levantada criou uma parede de cracas e outros detritos. Fico tentando mexer a quilha para ver se ela eventualmente desce. O resultado foi mãos doendo. Fiquei quase duas horas nesse procsso e resolvi continuar amanhã. Há progressos, mas eles são pequenos.

Ontem consegui conversar pelo skype com J. Foi uma conversa boa, no finalzinho da tarde. Fiquei em cima do barco enquanto tinha luz e as muriçocas não apareciam. Também dei uma conversada com a minha mãe depois.

Hoje tentei escanear o título do barco para enviar para a empresa fazer um orçamento do registro. Fui em duas lojas e nenhuma das duas aceitou fazer o serviço. Disseram que a lei da Florida proibe digitalização ou cópia colorida de documentos oficiais. Se não achar alternativa, vou ter que tirar uma foto.

Ontem peguei o radar. Agora já estou com todas as peças para começar a montar o mastro (que por sinal, desisti de pintar todo). Vou fazer uns retoques nas partes que precisam de atenção.

O estaleiro subitamente ficou lotado... cheio de barcos grandes. Mas de noite eu continuo só por aqui... é engraçado. Tem um monte de movimento e barulho de dia e de noite é uma grande paz. Tem um gato cinza que perambula pelo lugar onde tratam peixes pescados. Fora isso, não tem mais ninguém.

Câmbio, desligo!

Registro da "operação acabou o viagra"

Parte dos registros do processo de retirada do mastro.

acertando detalhes com o motorista da grua

colocando a alça no mastro

Richard pilotando a grua

Visão da cabine da grua

mastro no chão

inspeção das ferragens









Fotos diversas

Fotos de diversos momentos no mês de maio.


alçapões de verdade...

a madeira (podre) cedeu enquanto eu caminhava

geladeira semi-fechada

geladeira aberta (a coisa cinza é a placa fria, que está conectada ao compressor)
compressor (motor) da geladeira

vela mestra aberta na oficina do sailmaker


A vela tem 4 talas inteiriças. A da base tem mais de 4 metros de comprimento. A vela deve pesar, fácil, mais de 30 kg.

barafunda de fios do motor

O barco no estaleiro,  no canto atual, ainda com o Toyota Prius.

Essa é minha vista hoje

meu beliche

o hélice novo: uma gori de 3 pás dobrável.

Para ganhar tempo adianto agluns serviços. Aqui era a situação antes: o escapamento do motor e do gerador no caminho do eixo

Livre acesso ao eixo

Tive que desconectar umas mangueiras, por isso rotulei tudo antes

Fotos da operação limpeza

O estaleiro tem sempre muita poeira, mas a primeira limpeza foi pesada porque envolvia sujeira de vários anos. Por isso aluguei um vaporeto e um aspirador que também aspira água (lembre-se que a água que entra no barco não tem por onde sair).

Para o lado de fora comprei uma lavadora a pressão e uns acessórios.

arsenal

vaporetto para esterlizar anos de sujeira
Lavadora pressão

It is a dirt job but someone gotta do it

WC e mais atrás o compartimento da âncora e velas


Vista a partir do WC (barco sem o piso - aka alçapões)

Vista do meio do barco