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terça-feira, 30 de agosto de 2011

anjin pós pintura

Fotos mais recentes do barco, após a segunda demão de tinta antiincrustrante no fundo.

Tinta usada no fundo

Hélice instalada. Visão na posição aberta

Hélice na posição fechada


Içando o barco para pintar a quilha
Leme e servo do leme de vento (observe a hélice pintada)

içando as baterias
içando as baterias com a empilhadeira. Cada bateria pesava 85kg

baterias antigas fora do barco


quilha vendo a luz do sol pela primeira vez

Larry lixando a quilha para aplicar o primer e depois pintar. Observe o cabo usado para içar a quilha
quilha pintada
hélice pintada
barco pintado e com cavaletes baixos aguardando Irene



domingo, 28 de agosto de 2011

Intacto

Estou de volta. Seguindo conselhos mencionados no último post deixei o anjin sozinho e fui buscar abrigo longe do litoral.

Minha prova de mergulho na quinta foi tranquila, e meu batismo, no sábado, em uma lagoa também. Que ironia... sempre fiquei escaldando o povo que fez batismo no lago Paranoá em Brasília e acabei indo fazer meu batismo em uma lagoa na Florida. Podia ser pior, poderia ter sido em um pântano. Meu consolo é que os dois ultimos mergulhos do batismo são no mar. A escola acha importante mostrar a diferença de mergulho na água doce e na água salgada. Essa lagoa é um centro de formação para mergulhadores (tem um monte de obstáculos submersos e coisas afundadas). Mas sabe-se lá porque a instrutora não quis explorar todas as possibilidades do local.

Fui para Orlando encontrar com o chutera, um soteropolitano que foi meu colega de trabalho em BSB. O cara é uma comédia, então deu para dar umas boas risadas e desestressar. O mal foi que mais uma vez a "maldição dos EUA" me atacou só conseguimos jantar no último dia em um buffet de comida italiana (a maldição dos EUA é o fato dos restaurantes aqui fecharem cedo: às 2100 - 2200).

Hoje de manhã o Felipón me ligou. Foi uma conversa rápida mas muito agradável. E gostei do recado da Lara. Depois troquei e-mails com um futuro tripulante. De noite conversei com mami e J. Ou seja, no quesito comunicação o dia foi bem cheio. Mas as coisas seriam melhores se minha conexão de internet fosse melhor aqui (estou reclamando de boca cheia, pq no mar a conexão será bem pior do que essa daqui).

Nesta semana vou tentar resolver o problema do seguro. Amanhã de manhã vem  um perito fazer a inspeção do barco e com isso dá para tentar definir algo com as seguradoras, nem que seja só um seguro contra terceiros.

Ah, sim, claro, e o barco. Felizmente estava tudo bem quando eu voltei. Tudo estava mais ou menos no mesmo lugar em que eu deixei. Acho que a tempestade não causou danos. Mas as marcas de água na pintura do fundo deixam claro que choveu forte por aqui.

Depois de duas noites em uma cama grande de hotel com um ar-condicionado forte, meu beliche no anjin fica menor e mais quente do que ele realmente é :(

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Me, myself, and Irene

Estou aqui roubando a ideia do post do Breu para tranquilizar vocês.

O furacão Irene deu uma ligeira guinada e voltou a se aproximar da Florida. Nada muito preocupante, mas o bom senso fala para eu não ficar no barco. Aviso que não teve alerta de furacão por aqui, por enquanto é só uma tempestade tropical, e deve continuar assim, com muito vento e chuva.

O barco foi rebaixado e eu guardei tudo que estava do lado de fora. Teve coisas que amarrei, coisas que coloquei para dentro e o resto eu levei para o depósito.

Já vou avisando que no mar existem muito mais alternativas do que aqui... aqui só me resta esperar. No mar daria para ter velejado para outro lugar ou buscar um lugar que me deixasse mais tranquilo. Confesso que esse estaleiro não é o ideal, mas é o que tenho para o momento.

Vou agora para minha ultima aula de mergulho. Fim de semana deve ser o batismo (se o tempo cooperar). Agora é manter os dedos cruzados para que mais esse capítulo da novela termine.

Ah, vou para um hotel em Orlando, longe do litoral!


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Voltas e reviravoltas

Tanta coisa aconteceu nos últimos dias que dá até para ficar tonto.

Os últimos dias foram dedicados a deixar o barco com uma aparência melhor, concentrando nas coisas que só dão para fazer com o barco no seco.

No sábado de manhã aplicaram a última demão de tinta venenosa no casco. Com isso o cara da fibra não pode fazer o trabalho dele, pois se lixasse a poeira ia grudar tudo na tinta fresca. Com isso fui forçado a adiar o lançamento que estava previsto para segunda.

Ainda no sábado o mecânico apareceu aqui e passou a tarde. O motor só ficou faltando ajustar o regulador de voltagem do alternador (que é um alternador com maior capacidade que o original). Também entregaram 4 baterias novas. 2 de 250 amperes e 2 de 105. O detalhe é que cada bateria de 250 amps pesa 80 kg.

Depois disso foi polir o casco no sabado e domingo. No domingo o cara da fibra recolocou a madeira nova para substituir aquela que eu cai. Também recolocamos as vigias da cabine de popa no lugar. O ponto chato foi que o cara perdeu o equilibrio e caiu da escada. Mas dessa vez não teve nenhuma relaçã com o meu barco. Ele teve um pequeno entorse no tornozelo mas de acordo com ele não é nada demais.

Na segunda eu retoquei pontos em que a pintura estava estragada. Arranjei um cara para me ajudar a levar o barco e confirmei com a outra marina. Com a carregadeira do estaleiro colocamos as baterias no lugar. Mas ainda assim deu trabalho porque tive que ajudar a tirar as duas que estavam no barco e colocar as duas novas.

Para deixar as coisas ainda mais emocionantes, uma tempestade tropical que eu estava de olho virou furacão. Por isso no final da tarde me ligaram da marina nova perguntando se eu tinha uma apólice de sguros para terceiros no valor de meio milhão de dólares. Eu não tenho e não posso comprar uma até depois da tempestade (para evitar fraudes, as seguradoras proibem alterações nas apólices durante a aproximação das tempestades).

Minha noite de ontem foi cheia de incertezas: para onde levar o barco? para onde eu vou no dia do furacão? quais os próximos passos? Felizmente tive uma longa conversa telefonica com J. Foi bom para organizar as ideias e matar saudades. Eu não tenho ninguém por aqui para conversar sobre meus planos e sobre o que estou sentindo, por isso esses momentos são importantes para organizar as ideias e dar uma diminuida na saudade.

J também conseguiu uma possibilidade bem interessante de divulgação da viagem na internet, mas é algo que está sendo costurado.

Hoje de manhã cedo consegui acertar os ponteiros. O barco fica no estaleiro até o começo da semana que vem, arranjei  uma corretora de seguros que está vendo possibilidades, fui visitar uma marina alternativa. Também terminaram de pintar o barco, vi a quilha completa pela primeira vez e moveram mais para trás de onde estava.

Agora é continuar trabalhando para colocar o barco na água e esperar para ver "colé de mermo" de Irene (o nome desse furacão).



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Progressos recentes

Abaixo algumas fotos dos últimos acontecimentos

O mecânico, Collin, trabalhando no calabouço

O motor pintado (com uma demão só nessa foto)

O coxin original era o da esquera, ao ver o estado achei melhor trocar
A remoção do último alçapão

Esse é o trilho da gaiuta princal, como a madeira estava estragada foi substituida por essa peça nova fibrada

Base do sensor de velocidade

Sensor de profundidade

Detalhe do barco do casalzinho. Veja a madeira estragada na proa

O barco do casalzinho

anjin com a primeira demão de tinta



Instalando a hélice Gori

Pintura

Essa semana está sendo muito corrida.

O pessoal do estaleiro lixou o barco no começo da semana e eu tive que reaplicar o epoxy em vários lugares porque o processo de lixamento removeu parte das camadas que eu havia aplicado.

Na terça feira a mulher dos colchões veio aqui. Trouxe os colchões para testar, as capas das gaíutas e o toldo da retranca. Agora estou dormindo em um colchão, um grande avanço. E eu já tenho até uma cama para visitas. É uma cama de solteiro, mas tudo bem, antes o barco não tinha cama nem para mim, só meu sleeping pad.

Lavei o barco por fora e hoje eu comecei a encerar os cascos. Ia usar massa de polir, mas descobri que a pintura do barco é muito fina e a massa de polir estava ressaltando os detalhes por baixo da pintura. Então deixei o abrasivo de lado e fiquei só com a cera. Comprei uma polidora orbital para ajudar no trabalho. Mas é um processo lento... demorei uma tarde para fazer a face interior do casco direito. Tem que parar, olhar como ficou, e polir. Aí vc percebe que está manchado e tem que aplicar cera e polir novamente. Nesse ritmo eu devo demorar uns 3 dias para terminar. Espero que role alguma curva de aprendizado nesse processo. E os braços ficam doendo de manter a polidora elevada e as mãos ficam formigando após segurar a máquina por muito tempo. Isso tudo no calor da Flórida. Ou seja, maior malhação... exercício na sauna.

Hoje no final do dia começaram a pintar o barco. Isso mesmo, o anjin recebeu a primeria demão de tinta antiincrustrante, verde. Amanhã o barco deve receber a segunda demão. O plano é colocar o barco na água na segunda feira, provavelmente de tarde, porque vão precisar levantar o barco para pintar a quilha. Ou seja, esse vai ser um fim de semana intenso. Esses dias vão ser para polir o barco e terminar coisas que são mais fáceis de fazer com o barco no seco. Vou tentar colocar umas fotos assim que tiver uma pausa. 

Mas gostaria de aproveitar para desejar para meus colegas de Marista uma boa reunião nesse fim de semana. Aproveitem, gostaria de estar aí com vocês! Ah, e se é para estar aí, também gostaria de ver minha família, amigos e J, claro.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Meninos, ouvi!

Ouvi o barulho do motor. Quero dizer, ouvi o barulho do motor do meu barco. Grande emoção. Lembrei em 2004 quando, em uma oficina na Asa Norte de Brasilia, ouvi o motor do Mootley espocar pela primeira vez. Acho que posso dizer que hoje eu ouvi o choro de nascimento do anjin, que até o momento andava mudo.

Confesso que no final da tarde já estava meio triste  achando que não ia dar para testar o motor, de novo. O mecânico passou grande parte do fim de semana deitado em cima do motor do barco. O cara é meticuloso e bem diferente dos outros mecânicos que aparecem aqui. Como ele trabalha com instalação de motores novos ele presta muita atenção nos detalhes e no acabamento da instalação. Até lixou e pintou grande parte do motor (por aspectos estéticos e para proteção contra ferrugem).

Ontem o mecânico recolocou as peças que faltavam no lugar, inclusive as mangueiras e os coxins (suportes) do motor. Eu ia manter os coxins que estavam lá por serem mais macios (e por consequencia transmitirem menos vibração) mas eles não estavam com uma boa aparência.

Hoje o serviço demorou por causa de pequenos problemas como diferenças na distância entre furos na transmissão nova em relação com a velha e para ajustar a altura do motor para regular o aquadrive. E muito tempo foi gasto para tentar colocar, sem sucesso, o cabo do comando da marcha de volta.

O comando do barco merece um parágrafo a parte. Normalmente veleiros tem uma alavanca única que controla o sentido e aceleração. Esse barco tem duas alavancas, uma para direção e outra para a aceleração. A alavanca de direção é meio auto-explicativa: um lado vai para frente e outro vai para trás (não sei qual, pois ela está instalada perpendicularmente ao barco). Agora o acelerador que é misterioso: vc começa a mover a alavanca e o motor vai acelerando até começar a desacelerar?!? Muito estranho, mas o mecânico acha que foi uma instalação errada.

No final da tarde o mecânicou falou para eu tentar dar a partida. O motor girou, girou e nada. Ele achou que era ar na linha de combustível. Podia ser, mas lembrei que quando acionei o motor, inadvertidamente, logo nos primeiros dias, o motor estava mais acelerado. Coloquei a alavanca do acelerador mais para frente, pressionei a chave para a resistência esquentar o cilindros e mandei bala. Demorou um pouco e o motor pegou. Mais silencioso que eu imaginava. Também saiu pouca fumaça. As vibrações foram baixas. Mas achei que o motor não atingiu a rotação total. Como o conta giros e o termômetro ainda não estão funcionando, só o horímetro a pressão do óleo, não foi possível aferir a rotação. Ainda é preciso resolver esses probleamas e instalar a hélice, mas isso foi um bom sinal.

Digno de nota sobre o fim de semana é que ontem o cara da fibra removeu a última madeira podre do barco (o alçapão em que caí na primeira semana). Uma nova prancha de madeira já foi encapsulada com fibra e nessa semana será recolocada no lugar. Ou seja, as coisas estão acontencendo.

Hoje eu voltei a trabalhar no fundo do casco. Quase fui forçado pelos mosquitos a desistir, mas resisti. Passei selante epoxy na parte mais baixa dos cascos. O plano é que comecem a lixar o casco amanhã para terminar logo a pintura e colocar o barco na água essa semana. ajin voltará ao seu habitat natural.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Balanço da semana

Apesar de ter voltado com energia para a Flórida, após as férias na Colômbia, as coisas por aqui não cooperaram muito. Houve progressos, mas de maneira geral fiquei com aquela sensação de que avancei pouco nessa semana.

Vamos observar lado a lado o que aconteceu:

Tempo: como sempre uma loucura. No mesmo dia faz quase 36º C e logo depois chove torrencialmente. Bueno, descobri que o barco trabalha como uma caixa de ressonância e os ruídos aqui dentro são amplificados. Mas de qq forma chove bastante. A dificuldade é que parte do trabalho que tenho que fazer do lado de fora não pode ser feito com as coisas molhadas, assim resta esperar.

Outro problema recorrente são os insetos. Estou me sentindo como no Egito de Moisés com as pragas bíblicas. Cada hora aparece um bicho diferente: love bugs, maruins, agora são aqueles mosquitos da dengue de hábitos diurnos. Quando você anda dá para ver as nuves escuras de mosquitos. E eles não se assustam facilmente, voam na sua direção e começam a sugar. Não é raro conseguir matar 2 mosquitos ao  mesmo tempo. E a mordida deles doí. A situação é tão complicada que os funcionários do estaleiro estavam usando macacoes de pintura e máscaras para escapar do mosquito. E me falaram que eu ainda não conheci os Palmetto bugs, umas baratas voadoras que vivem nos coqueiros da Florida e que são bastante, diriamos, sociáveis.

Hoje até me recomendaram passar spray contra insetos do lado de fora do barco, e se possível detetizar por dentro. Duas pessoas foram picadas por aranhas as redondezas e tiveram que ir para o hospital. E quando eu digo que é uma selva aqui, alguns de vocês não acreditam. Agora entendo porque os espanhóis tiveram tanta dificuldade para colonizar essa parte do país.

Em suma: por aqui se correr a chuva pega e se ficar o bicho come. Não é fácil.

Do lado positivo eu consegui achar (e começar) um curso de mergulho, dar uma lida xexelenta no material e participar de duas aulas, das 1800-2100. O detalhe é que eu tenho que dirigir 45 minutos para chegar na aula. Assim, minha terça feira toda foi dedicada a dar telefonemas, fazer matrícula e pegar o livro, ler e ir para a aula.

Nessa semana eu paguei os fornecedores que eu devia. Fui visitar os colchões, que já estão prontos e só precisam dos ajustes finais. Fui ver a situação das velas. Colocamos os registros no barco e os sensores de profundidade e velocidade. Também conseguir selar com resina algumas partes expostas e também ir a uma loja de ferragens em busca de "soluções criativas".

Também acertei com o mencânico para terminar o motor nesse fim de semana.

Ou seja, as coisas andaram, mas  deveriam andar mais rápido já que não quero ficar aqui no estaleiro por mais tempo.

O casalzinho que está aqui no estaleiro reformando o barco de madeira também vai embora. Terminaram o fundo e pintaram o barco, mas ainda se vê enormes buracos na madeira podre no casco do barco, na popa e na super-estrutura. Mas eles estão sem dinheiro e também não acham seguro ficar por aqui na época de furacão. Vão levar o barco para uma marina em um rio aqui perto e ancorar por lá. Segundo eles o rio é tão estreito que meu barco não entraria. Mas esses lugares apertados são normalmente os mais seguros.

Por fim, os últimos dias também foram dedicados a resolver pendencias diversas no Brasil, afinal, por mais que eu esteja por aqui, tem muita coisa que continua rolando por lá: banco, revalidação do meu mestrado, venda do Mootley, dar notícias pós viagem, previdência social, etc.

E vamos nessa. Espero que o próximo post seja sobre boas notícias com o motor.

Saludos,

Fotos Bogotá

Bogotá foi a última cidade e o local do nosso "até logo". Depois de dias de sol e mar, foi uma grande mudança subir as montanhas. A Colômbia, como um todo, foi uma grande aventura gastronômica. Dos frutos da mar da costa às sopas da cordilheira, passando por um jantar na casa de amigos.

"operadora local de telefone"
voo da Spirit. Repare as propagandas nos compartimentos de bagagem


Nome dessa sobremesa é "divórcio" queijo serrado, doce de leite (que lá eles chamam de Arequipe e doce de framboesa)


Tamal - o abará colombiano

Dose de Tequila no Restaurante Andre Carne de Res

ACR

O ambiente kitsh do ACR

Preparados para a Rota do Mineiro

Amor até embaixo da terra



Catedral de Sal

Com Bolívar

Bogotá de noite

Bandeja paisa

Menu - sempre escolhas dificeis


A beer with a view



No alto do Mont Serrat


"o melhor ajiaco do mundo"

Bogotá cheia de detalhes

cidade em obras


As montanhas sempre presentes, um lance meio Rio

Detalhes saltam aos olhos

Inclusive detalhes nos tetos