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terça-feira, 14 de junho de 2011

Ou o Brasil acaba com a saúva...

Estava pensando em alguma frase de resistência para o título de hoje. Lembrei da frase da saúva, que é um dilema de Tostines (vende mais pq é mais fresquinho...) mais macabro. As coisas aqui estão no vai e vem, ou no dois para lá, dois para cá. Tem progressos mas subitamente rola um retrocesso. Em síntese, estou em uma queda de braço, e não estou disposto a desistir.

O programa do fim de semana foi ficar encolhido no compartimento da âncora. Depois de muita briga, usando uma furadeira com uma broca diferente, eu finalmente conseguir colocar porcas em dois parafusos na base da placa que vai sustentar a nova vela. O antigo dono fez o furo mas esqueceu que teria que colocar porcas no parafuso. E o angulo era tal que o parafuso só entrava por um dos lados.

Fiquei pensando que muitas vezes as pessoas quando montam um barco nunca imaginam que vão precisar remover o que montaram. Na verdade isso não é só para barcos. Tem muito sentimento ruim que entra e que não sai mais. Eu sou a favor de mobilidade... acho que as coisas devem ter algum grau de mobilidade: entrar e sair, ir e vir,  e por aí vai.

Ah, devido à grande pressão popular eu cancelei a moderação dos comentários. Quem quiser escrever algo, o post deve ser publicado na hora. De fato o sistema estava com algum problema pois eu não era sempre comunicado de posts pendentes. Teve  uns que eu só descobri agora, como o das sugestões para a "Excalibur". Hoje está chovendo, vou tentar a sugestão do Breu de apelar para a dinâmica dos materiais.

Aproveitei que estava trabalhando na frente do barco para remover toda a parte do sanitário (relaxem, aparentemente nunca foi usado pq o esgoto não estava conectado). A razão para isso é que quem instalou não olhou o manual e colocou a bomba no luga errado. Esse sanitário é interessante. Quem já usou um sanitário de barco provavelmente, em algum momento, ficou intimidado com acionar a alvanca para  um lado, bombear, acionar a alavanca para o outro lado, bombear novamente. Pois bem, esse sanitário usa um sistema a vácuo. Na teoria, depois de fazer "os serviços", vc fecha a tampa do vaso e aciona a bomba. A bomba faz um vacuo e puxa agua para dentro do vaso e ao mesmo tempo que puxa o "entulho" para algum outro canto. Só temos que ver como isso funciona na prática. Se nãoder certo, sempre existirão os baldes.

Por falar em tempo, o clima está uma loucura... ontem e hoje fez tanto calor que não consegui trabalhar entre 1100 - 1400. O cara da fibra até me ligou para dizer para eu não fazer muito esforço e beber bastante líquido. Fiquei sabendo que é relativamente comum nesse meio de pessoas que trabalham com barcos complicações causadas pelo sol (problemas de pele é o mais óbvio em todos eles). Alguns até morrem. Então aproveitei para tocar adiante a questão do registro do barco. Ah, o ar condicionado não consegue dar vencimento nessa temperatura elevada.

Consegui outro orçamento para os serviços de capotaria. Resolvi aprovar e tocar adiante isso também. Ontem rolou um incidente, ou acidente, a bordo que me deixou preocupado. A pobre da mlher que veio fazer o orçamento caiu da escada dentro do barco. Na verdade a escada deslizou e ela escorregou. Ela não teve nada muito grave, mas chegou a bater a cabeça. Felizmente não teve nada... eu fiquei muito preocupado. Primeiro com ela e depois, pensando, comigo. A razão é porque aqui nos EUA todos processam todos. Acho que vou ter que fazer um disclaimer e colar na escada de fora do barco: "daqui para cima, o risco é seu..." Vou tirar a escada de dentro quando vier gente de fora pois a escada dá falsa sensação de segurança. Percebi que eu só desço a escada me apoiando com as mãos (e ela tb já escorregou comigo algumas vezes).

Consegui terminar de lixar a maior parte dos pontos do mastro que tinham problema na pintura... ainda falta a retranca. A dificuldade é que a chuva e o vento não estão colaborando para terminar o serviço.

Na seção retrocessos, tivemos o inversor retomando o protagonismo (ou seria antagonismo?)... ele funcionou bem uns 3 dias. Eu precisei desliga-lo para mexer em uns fios e quando liguei novamente a função carregar bateria, a mais importente, deixou de funcionar. Ainda está na garantia, mas só em pensar em remover os 12 parafusos e depois carregar esse monstro de 30 kilos não me deixam contente. Eu preciso pedir para o povo do estaleiro vir com uma empilhadeira para removê-lo de cima do barco e colocar no porta malas. Hoje passei a tarde (a parte quente da tarde, diga-se de passagem) removendo os fios e 8 dos parafusos.

Essa semana tem mudança de rotina. Amanhã de tarde devo ir a Orlando encontrar meu amigo helênico (aka Grego). Mas eu volto na quinta de manhã poruqe o plano (original) é recolocar o mastro na sexta, mas com essa chuva não sei como ficarão as coisas. Na quinta ocorreriam os preparativos para içar o mastro. Essa pausa vai ser importante para minha descompressão. Aguardem noticias no próximo post: férias.

Um comentário:

  1. Não tem como fixar esta escada? Se ela fica sempre na mesma posição quando é usada, dá pra fazer um sistema de encaixe na base. Além disto, umas tiras de antiderrapante ou borracha ajudam também. A garantia do inversor não inclui ir um técnico ao local fazer uma visita? Mesmo que cobre, pode ser mais barato em termos de tempo e esforço do que tirar tudo , levar, trazer e reinstalar.
    E outro apelo: favor postar FOTOS! Isso aqui tá muito preto e branco. A gente tem que ficar imaginando a tal escada, os tais 12 parafusos...
    Obs.: o funcionamento do sanitário não precisa postar fotos, OK? ahahaha

    Quanto aos comentários, tem "captcha" e não aceita comentário anônimo, isto já é uma boa margem de segurança.

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