O post extraordinário de ontem aconteceu por causa da chegada inesperada das velas. Uma excelente surpresa - ainda estou contente.
Hoje às coisas voltaram ao normal, ou seja, fora do meu controle. O cara da fibra apareceu aqui de manhã para me trazer umas peças e traçar o plano do que faltava fazer e depois sumiu... o Pinky, por sua vez, estava mais descontrolado do que de costume... descobri depois que ele xingou um cliente e o cara não gostou (novidade, ele também me xingou meses atrás) e ia cancelar o serviço. Fora o xingamento, ele admitiu que eles (ele e o Cérebro) não sabiam como instalar esse piloto automático, e que provavelmente iriam ligar para o eletricista Napoleão para pedir umas dicas. E para completar Pinky veio com a célebre desculpa de que o fato das tomadas não funcinonarem com o inversor pode ser um problema simples ou complicado. Ou seja, os caras passaram uma manhã e não ajudaram em nada.
Graças a providencial e rápida ajuda de J consegui comprar na Inglaterra um leme de vento para o barco. O processo todo foi em tempo recorde. Leme de vento e pilotos automáticos podem ser complementares. O problema com pilotos automáticos e que além de gastar bateria eles tendem a dar problemas sem aviso prévio... normalmente quando mais se precisa deles. O leme de vento não funciona tão bem com relação a rumos específicos e são mais complicados para ajustar, mas eles mantem o barco sempre em um mesmo ângulo em relação ao vento. Isso permite dar uma folga á tripulação que não tem que ficar no timão ininterruptamente. Os que vem acompanhando o blog devem lembrar que barco veio com um leme de vento. Consultei o fabricante do leme que veio no barco e ele explicou que o leme foi comprado com um kit, mas a parte que dava a direção ao barco estava subdimensionada e faltavam elementos de ligação, assim ele recomendou comprar um conjunto completo. Acabei comprando um leme de outra marca, um Hydrovane, mais caro, feito na Inglaterra, mas que reaje melhor à velocidade dos multicascos e tem a vantagem de não precisar de linhas indo para o cockpit. Outra aspecto positivo do hydrovane é que em caso de problema com o leme principal do barco ele pode ser usado como um leme de emergencia.
Levei um cano de um serralheiro que deveria vir aqui tomar medidas para o traveller da vela grande (o traveller é a peça que controla a curvatura da parte de cima da vela). Liguei para ele, deixei recado mas ele não retornou.
O cara da geladeira deve vir aqui no começo da próxima semana fazer a instalação. No começo da próxima semana devem chegar, também, as luminárias consertadas do barco.
Hoje durante o dia fiquei desenhando um "mapa" do sistema de encanamento do barco... listando também as peças que deverão ser utilizadas. Meu professor de desenho tecnico ia ficar assustado com o resultado, mas acho que quebra o galho.
Também tive um deja-vu hoje. Enquanto estavámos analisando onde colocar a catraca para a bolina descobri que q boina emperrou novamente. E pasmem: travou com um monte de folhas e plantas aquaticas que conseguiram entrar no exiguo espaço entre a bolina e a caixa. Não são plantas que cresceram ali, mas que conseguiram penetrar ali com o balanço do barco, principalmente durante as tempestades. Se já foi dificil tirar essas coisas com o barco no seco, imagine com o barco na água e as plantas tendendo a boiar enquanto você tenta empurrá-las para o fundo... no fun. E continuando a sessão deja-vu show de horror, os mosquitos voltaram com força (e fome) total. O imediato até se assustou. O ponto é que vamos ter que parar de trabalhar quando escurecer até que eles sumam (ou a temperatura baixe novamente).
Para provar que tudo voltou ao normal, o eletricista me ligou hoje cobrando dinheiro. E o mecânico ligou ontem. Amanhã vou ter que fazer outra romaria de pagamentos
Abraços e beijos,
Nenhum comentário:
Postar um comentário