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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Podem me chamar de Rei Rutra

O "dois para frente um para trás" segue a full aqui no Cabo Canaveral. Progressos continuam mas eventuais retrocessos insistem em aparecer. Tem horas que fico pensanso se barcos não são caixas de pandora, pois uma vez que vc abre, vc nunca sabe que tipo (nem quantas) assombração vai aparecer.

Esqueci de comentar, mas um outro dia, lembrando das sugestões de Breu para tentar tirar a barra de ferro presa na quilha, puxá-la de noite (por causa da contração do metal), percebi que teria que usar alguma abordagem pouco ortodoxa para tirar aquela "Excalibur" do lugar. Minha lógica foi a seguinte: se eu não consigo puxar a barra, porque não tentar empurrá-la?! Não sei se o jovem Artur pensou nessa estratégia. Arranjei uma barra mais fina de aço inox, coloquei por baixo do barco (pelo lugar onde a quilha deve descer) e fui martelando até empurrar a barra entalada para fora. Ou seja, fiz o que o rei Artur fez só que com um método contrário.

Hoje de manhã eu consegui descer a quilha. Isso foi  um motivo de grande alegria. Sem dúvida, um marco importante. Quando mudaram o barco de lugar anteontem, eu pedi para tirarem o bloco que ficava embaixo da quilha (e que impedia a quilha de descer e de acessar o meio dela). Ontem de tarde passei mais de uma hora martelando a quilha e a cada martelada ela descia alguns milimetros. Muitas marteladas faziam ela descer um centimetro. Uma hora e pouco de trabalho fez ela descer um palmo. E ainda tem gente dizendo que estou aqui na Florida na beira da piscina de algum hotel... enquanto isso maruíns e formigas me moridam.

Hoje de manhã levantei decidido a baixar a quilha. Porém chegou em um ponto que por mais que eu desse porrada ela não descia mais. Arranjei outra barra de metal, mas mais fina que a Excalibur, e fui empurrando para fora pedras e cracas (de cima para baixo, óbvio). Mas não se engane querido leitor: cada pedra só saia depois de uma série de marteladas na barra, que por sua vez conduzia os objetos indesejáveis para fora do barco. Quando a ultima pedra saiu, a quilha desceu sozinha. Nesse momento trombetas soaram e eu consegui escutar um aleluia.... bem, talvez eu tenha dito aleluia.

Para compensar esse progresso, descobri hoje de tarde que a transmissão do barco tinha mesmo água dentro e está imprestável. Como tudo mais por aqui, o custo da mão de obra torna o reparo inviável. Agora tenho que analisar opções: usada, nova ou uma recondicionada. Vamos ver os preços para tomar uma decisão.

Ontem fui ver a segunda vela pronta. Mas como ela já estava guardada em um saco e eu estava com pressa porque a loja já estava fechando não tive chance de abrir (além do mais ela também é bem pesada). Outra notícia chata foi que o fornecedor que disse que ia entregar as redes (trampolins) já cortadas voltou atrás e falou que só vai vender a rede e ponto final. Agora estou pensando no que fazer. Quem sabe ele (Bainbridge) muda de ideia - de novo.

Passei grande parte da tarde de ontem fazendo mais uma lista de coisas para comprar... Já a tarde de hoje foi dedicada a lixar as partes de teca do barco e depois passar  óleo nelas. Incrível como a aparência da madeira melhorou. Amanhã tenho que fazer isso do outro lado do barco.

Estou trabalhando para tentar colocar o barco na água na proxima semana. Mantenham os dedos cruzados. E que a lista de más surpresas tenha chegado ao fim.

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