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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Os atrasos

Um dia depois do outro, uma pedra em cima de outra pedra e a reforma vai andando.

Tem horas que eu acho que andei bastante, tem horas que eu acho que andei bastante mas avancei pouco. Hoje foi um desses dias que os avanços não foram grandes mas a distância percorrida sim.

Finalmente consegui que um mecânico viesse aqui instalar a transmissão. Comprei uma usada. Um quarto do valor da nova. Mas foi mais porque essa era a única alternativa do que uma escolha racional. Uma recondicionada está saindo mais cara que uma nova. E a "nova" não tem disponível nos EUA nesse momento (nova entre aspas pq esse modelo não é mais fabricado, mas existe uma equivalente). Só deve chegar um carregamento dessas "novas" no final desse mês e ainda demora a liberação na aduana. Assim que fui de usada mesmo. Pior não dava para ficar.

O motivo da minha frustração foi que ao fazer o furo no casco para a instalação da sonda de profunidade, tive mais uma surpresa. O serviço inicial não foi bem feito. Além disso, na hora de instalar uma das saídas de água descobriu-se que a peça era mais estreita que a largura do casco. Confesso que esqueci completamente de checar a dimensão. O buraco está lá aberto e vou ter que comprar uma peça nova.

O calor segue fortíssimo (felizmente a tempestade tropical que viria para cá mudou de rumo). Os insetos hematófagos continuam a mil e estão começando a "pegar no batente" cada vez mais cedo. Estou testando diferentes marcas de repelente para ver qual a melhor. Tudo isso piora as condições de trabalho a bordo.

No meio da tarde me ligaram da marina que eu ia levar o barco para perguntar que horas eu chegava. Nesse correcorre esqueci completemante de avisá-los do problema da transmissão e da minha impossibilidade de ir para a água, quanto mais chegar lá. E o pior é que eu tinha lembrado disso na segunda. Não anotei e não lembrei.

Estou também com dificuldades de instalar algumas coisas de volta, como as gaiutas e as catracas. Sozinho não dá. Tem que ter uma pessoa do lado de dentro e outra do lado de fora. Solução é pagar alguém para isso.

Quanto mais as coisas avançam são mais elementos para serem administrados. Por falar em administrar, vou ter que gerenciar melhor o espaço a bordo. Ontem chegaram várias coisas que eu incomendei, por isso o interior do barco está cheio de caixas. Do lado de fora do barco também está cheio de caixas. Mas é um boom sinal. Melhor ainda quando estiver tudo instalado.

Também estou bantendo cabeça com o seguro. Seguro para barcos para viagens transoceânicas já são dificeis (e caros). E com menos de duas pessoas a bordo são praticamente impossíveis. Estou tentado achar um especialista em seguros por aqui para me dar uma ajuda.

Nesse fim de semana vou viajar. Vou para a Colombia ver onde devo dar continuidade com a reforma do barco. Isso significa que o barco vai ficar onde está até eu voltar. Nesses dias que faltam vou me concentrar em colocar as vigias de volta e substituir o trilho da gaiuta para poder trancar o barco durante a ausência. E se tudo der certo com o mecanico, devo sair dos EUA com a transmissão instalada e o motor testado!

Simbora!

2 comentários:

  1. É isso aí, mantenha a empolgação! Continuamos por aqui na torcida. Sobre os repelentes, eu sugeriria uma solução mais natural tipo cravo, citronela. No último caso já ouvi até falar em esfregar cebola no corpo. E alguns alimentos que deixam o corpo transpirando "temperado" e os insetos não gostam. Creio que alho se encaixa aí. Tem os incensos também, aqueles de macumba, que fazem bastante fumaça. Só acho difícil você encontrá-los aí. hahah
    Outra: esse tempinho aí e já tá começando a escorregar no português hein! Bora dar uma revisada nos posts, pra ficarem mais bonitinhos, eu sei que você não escreve assim, pô, deixe de preguiça!

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  2. Ah garoto! Mantenha firme o espírito. Depois quero "morder" umas pernadas se o rebento(a) que está prestes a chegar permitir.

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