Desejando um feliz ano novo para todos vocês é como inicio o primeiro post do ano e agradeço aos 4 mil acessos. Como devem ter percebido eu dei uma sumida nessas ultimas semanas. A tripulação (e visitante) do anjin tirou "férias". Eu havia combinado com J uma velejada às Bahamas. Como o anjin não ficou pronto em tempo, resolvemos fazer um road trip. Em pouco mais de dez dias rodamos aproximadamente 4 mil km.
Partimos de Cocoa (J e eu) no dia 26... deixamos o barco com o Cérebro, Pinky e o cara da fibra trabalhando, para que terminassem todas as pendências antes de eu voltar das férias. De Cocoa fomos para Nova Orleans, seguindo a costa sempre que possível. Fez frio alguns dias, mas foi bom ver as águas rasas do golfo do México, comer um monte de frutos do mar recheados com subprodutos da BP e ver casas de luxo equilibradas em palafitas. Demoramos dois dias para chegar em nosso destino. Fiquei impressionado como algumas marcas de destruição do furacão Katrina persistem, principalmente no Mississipi. A maior parte da infraestrutura (pontes e estradas) foi reconstruída, mas em algumas cidades existem muitos terrenos vazios em áreas que podem ser consideradas nobres.
Nova Orleans (ou New Orleans, NO, falando bem rápido) foi uma mistura de emoções e sentimentos. Se por um lado lembra Salvador (pelas casas antigas e herança africana) por outro lado tem um quê de Porto Seguro (a Bourbon Street é a versão americana da Passarela do Alcool). E para falar a verdade, acho que mais alcool é consumido aqui do que na versão brasileira. A comida e a musicalidade podem lembrar também a terrinha: o quiabo impera nas receitas do gumbo (uma sopa típica de NO)... e também tem pimenta para todos os gostos. Mas a música, bem... assisti shows muito bons, mas não era o que imaginavamos. Não existia velhinhos artistas tomando umas e tocando em cada esquina, ou vá lá, nos bares (mas havia muita gente tocando em cada esquina e em cada metade de rua também: uns tomando todas outros não). E do lado oposto tinha sempre alguém que lia mão, borra de café ou jogava tarô. Ah, e o lance do voodo por aqui virou coisa para turista ver. Tinha até patuás do Brasil a venda nas lojas de lá. Mas voltando ao assunto da música, acho que NO está para os músicos assim como Hollywood está para os candidatos a estrela de cinema. Muita gente nova tentando a sorte e ser descoberto. Na Passarela do Alcool, digo, Bourbon Street tinha do Rock em Roll ao Funk, passando por música eletrônica, country, dance.... o freguês escolhe o ritmo.
Além de escutar música e comer, nós tentamos visitar alguns museus, mas os horários de fim de ano, associados ao fato de muitos deles fecharem as 1600 tornavam a missão quase impossível. Fizemos um passeio em um barco a vapor (só dentro do barco que descobri que ele foi construído relativamente recente e utiliza um motor a vapor do século XX...) mas teve seu charme. E me deu ainda mais vontade de fazer o cruzeiro em uma gaiola no São Francisco, o Benjamin Guimarães.
No Reveillon jantamos em um restaurante com banda ao vivo (muito boa). Como o esquema era "garrafa e serve-se", levamos uma garrafa de saquê e depois fomos para a praça central da cidade assistir os shows e esperar a contagem regressiva. A primeira banda foi muito boa, chamada "Lagniappe Brass Band". A segunda intercalou momento bons e momentos fracos e chamva-se "My name is John Michael" e a de fechamento foi chata, com um cara muito poser: "Shammar Allen and the Underdawgs". Ao invés de uma maçã caindo como em NY na virada do ano, em NO tem uma flor de lis de cai e dá inicio a queima de fogos. Como é típico nos EUA, acabou os fogos e todo mundo vai para casa. Nós fomos para um bar cuja maioria dos frequentadores eram nativos e onde uma tia estava colocando funks da pesada. Vale comentar sobre o show do "Trombone Shorty" que assistimos no dia 01. Muito bom.... o cara é meio pipoqueiro mas tem uma grande presença de palco e é um excelente instrumentista. Fica a dica. Ah, e dica por dica, outra coisa legal lá em NO é a Frechman Street, uma rua cheia de clubes de Jazz e vários com apresentações na faixa (mas doações para a banda são esperadas).
No dia 02 pegamos a estrada e no final do dia 03 chegamos em Miami. Dia 04 foi meu níver e fiquei na maresia pela manhã. De tarde fomos dar uma caminhada na praia e ver os prédios arte-deco. Tentamos achar um restaurante cubano para comer e dançar mas não demos sorte. Acabamos comendo em um restaurante perto do hotel mesmo... para minha surpresa recebi un flã de aniversário e os garços cantaram happy birthday com sotaque espanhol... J é incrível.
Ontem fomos dar uma volta em uma marina em Coco Groove... a cor da água em Miami me impressionou.... me deixou ainda mais empolgado para começar logo a viagem. Almoçamos no Market Fresh e depois fomos até Key Biscaine. Jantamos comida árabe em Miami Beach... meio frustrante. O tabule quase não tinha trigo e as folhas de uva do charutinho tinham como recheio arroz com maionese... me lembrou do Grego, meu colega de quarto durante a UnB, que sempre dizia que com maionese tudo ficava mais gostoso...
Hoje de manhã rolou mais uma despedida triste (mas a estadia da J aqui foi muito boa). Cheguei em Cocoa no final da tarde. Anjin está inteiro, aparentemete, mas o nível da água está mais de meio metro abaixo do normal e ninguém sabe porque... não está fácil de entrar e sair do barco. Depois vou ter que testar as coisas que os caras trabalharam durante minha ausencia. Já deu para perceber que tem coisa que não foi feita.
Hora de dormir crianças... estou com a garganta doendo, imagino que seja um princípio de gripe. Melhor eu descansar.
Welcome back! Meu avô pescou no Rio São Francisco na década de 70. Tenho algumas fotos que vou te enviar, inclusive do Benjamin Guimarães. Abraços
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