Passei praticamente o fim de semana enfurnado no barco. No sábado fui na loja de ferragens e no mercado. No domingo e hoje fiquei por conta de listas de compras. Pensei que tinha encomendado a maior parte das coisas mas acabei de lembrar que ficaram faltando as peças de reposição para o motor de popa...
Ontem e hoje o vento vem soprando duro de leste, o que além de produzir muito ruído com as ondas batendo no casco, joga o barco constantemente para cima do pier. E como o vento tem soprado desse jeito desde ontem, estou com muita dificuldade para mover o barco para mudar a posição de atracação. Uma vez que o barco atraca demora uns dias para encontrar a posição ideal para os cabos. O que pude fazer foi colocar uma defensa pequena na proa. A parte que eu recém pintei já está roçando outra vez no pilar de madeira. Paciência.
Outra coisa que fiz nesses dias foi planejar o roteiro, lendo o material que eu tenho abordo e estudando sites na internet. Haja paciência e jogo de cintura. O que estou percebendo é que estão apertando o laço para cima das pessoas com barco. Imagino que por causa da crise, sobretaxar estrangeiros que chegam de barco é uma boa forma de aumentar receitas. Tudo bem, é só evitar esses lugares, você pode dizer. O detalhe é que tem países, como o Panamá, que é praticamente inevitável de transitar por lá, caso você queira cruzar os oceanos.
O plano para essa semana é esvaziar o barco e resolver as pendencias, tais como o suporte do motor de popa e os cabos do screecher e do enrolador do jibe.
Uma das novidades é que estou há quaase duas semanas desconectado da tomada. Toda energia que estou usando foi produzida pelo motor (na ida e na volta do estaleiro) e/ou pelo gerador eólico e os painéis solares. Deixei de usar o microondas e a cafeteira elétrica. Mas isso em grande parte se deve ao meu interesse em ver quanto tempo dura um botijão de gás a bordo.
Também ainda estou usando a mesma água dos tanques de quando eu parti (tudo bem que só a utilizo para cozinhar, beber e lavar pratos). Preciso ter noção de quanto a água vai durar O anjin leva um pouco mais de 150 litros de água.
No sábado um cara me pediu uma ferramenta para remover filtros do motor. Ele usou e agradeceu. Depois veio pedir novamente para fazer umas coias no barco dele. Emprestei novamente. Mas nada do cara devolver a ferramenta. Eu já estava rponto para ir para o barco dele, mas encontrei a ferramenta em cima do convès. Que bom que ele não contribui para me fazer perder a fé na comunidade naútica.
No sábado eu tomei uma champagne californiana para celebrar os progressos. Bons vinhos na Califórnia e com preços muito bons. Essa tinha um preço tão barato que estava até desconfiado. Acho que o fato dela ter um teor alcoolico mais baixo e ter uma tampa twist off devem ajuar a explicar. A tampa foi uma boa surpresa, pois eu não tinha certreza se ia beber a garrafa inteira e no mercado não conseguir achar uma tampa para espumantes. Esse foi meu primeiro drink desde que voltei da Europa no começo do mês.
Fiquei sabendo no sábado que eu dei sorte: no final da tarde da sexta uma das comportas da eclusa que liga o rio com o porto quebrou. Até ongtem de tarde ela seguia quebrada. Espero que resolvam isso logo senão terei que navegar dois dias rio abaixo para chegar na próxima saída para o mar. E velejar nesse rio é meio tenso.
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