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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Balanço da semana

Apesar de ter voltado com energia para a Flórida, após as férias na Colômbia, as coisas por aqui não cooperaram muito. Houve progressos, mas de maneira geral fiquei com aquela sensação de que avancei pouco nessa semana.

Vamos observar lado a lado o que aconteceu:

Tempo: como sempre uma loucura. No mesmo dia faz quase 36º C e logo depois chove torrencialmente. Bueno, descobri que o barco trabalha como uma caixa de ressonância e os ruídos aqui dentro são amplificados. Mas de qq forma chove bastante. A dificuldade é que parte do trabalho que tenho que fazer do lado de fora não pode ser feito com as coisas molhadas, assim resta esperar.

Outro problema recorrente são os insetos. Estou me sentindo como no Egito de Moisés com as pragas bíblicas. Cada hora aparece um bicho diferente: love bugs, maruins, agora são aqueles mosquitos da dengue de hábitos diurnos. Quando você anda dá para ver as nuves escuras de mosquitos. E eles não se assustam facilmente, voam na sua direção e começam a sugar. Não é raro conseguir matar 2 mosquitos ao  mesmo tempo. E a mordida deles doí. A situação é tão complicada que os funcionários do estaleiro estavam usando macacoes de pintura e máscaras para escapar do mosquito. E me falaram que eu ainda não conheci os Palmetto bugs, umas baratas voadoras que vivem nos coqueiros da Florida e que são bastante, diriamos, sociáveis.

Hoje até me recomendaram passar spray contra insetos do lado de fora do barco, e se possível detetizar por dentro. Duas pessoas foram picadas por aranhas as redondezas e tiveram que ir para o hospital. E quando eu digo que é uma selva aqui, alguns de vocês não acreditam. Agora entendo porque os espanhóis tiveram tanta dificuldade para colonizar essa parte do país.

Em suma: por aqui se correr a chuva pega e se ficar o bicho come. Não é fácil.

Do lado positivo eu consegui achar (e começar) um curso de mergulho, dar uma lida xexelenta no material e participar de duas aulas, das 1800-2100. O detalhe é que eu tenho que dirigir 45 minutos para chegar na aula. Assim, minha terça feira toda foi dedicada a dar telefonemas, fazer matrícula e pegar o livro, ler e ir para a aula.

Nessa semana eu paguei os fornecedores que eu devia. Fui visitar os colchões, que já estão prontos e só precisam dos ajustes finais. Fui ver a situação das velas. Colocamos os registros no barco e os sensores de profundidade e velocidade. Também conseguir selar com resina algumas partes expostas e também ir a uma loja de ferragens em busca de "soluções criativas".

Também acertei com o mencânico para terminar o motor nesse fim de semana.

Ou seja, as coisas andaram, mas  deveriam andar mais rápido já que não quero ficar aqui no estaleiro por mais tempo.

O casalzinho que está aqui no estaleiro reformando o barco de madeira também vai embora. Terminaram o fundo e pintaram o barco, mas ainda se vê enormes buracos na madeira podre no casco do barco, na popa e na super-estrutura. Mas eles estão sem dinheiro e também não acham seguro ficar por aqui na época de furacão. Vão levar o barco para uma marina em um rio aqui perto e ancorar por lá. Segundo eles o rio é tão estreito que meu barco não entraria. Mas esses lugares apertados são normalmente os mais seguros.

Por fim, os últimos dias também foram dedicados a resolver pendencias diversas no Brasil, afinal, por mais que eu esteja por aqui, tem muita coisa que continua rolando por lá: banco, revalidação do meu mestrado, venda do Mootley, dar notícias pós viagem, previdência social, etc.

E vamos nessa. Espero que o próximo post seja sobre boas notícias com o motor.

Saludos,

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