Ouvi o barulho do motor. Quero dizer, ouvi o barulho do motor do meu barco. Grande emoção. Lembrei em 2004 quando, em uma oficina na Asa Norte de Brasilia, ouvi o motor do Mootley espocar pela primeira vez. Acho que posso dizer que hoje eu ouvi o choro de nascimento do anjin, que até o momento andava mudo.
Confesso que no final da tarde já estava meio triste achando que não ia dar para testar o motor, de novo. O mecânico passou grande parte do fim de semana deitado em cima do motor do barco. O cara é meticuloso e bem diferente dos outros mecânicos que aparecem aqui. Como ele trabalha com instalação de motores novos ele presta muita atenção nos detalhes e no acabamento da instalação. Até lixou e pintou grande parte do motor (por aspectos estéticos e para proteção contra ferrugem).
Ontem o mecânico recolocou as peças que faltavam no lugar, inclusive as mangueiras e os coxins (suportes) do motor. Eu ia manter os coxins que estavam lá por serem mais macios (e por consequencia transmitirem menos vibração) mas eles não estavam com uma boa aparência.
Hoje o serviço demorou por causa de pequenos problemas como diferenças na distância entre furos na transmissão nova em relação com a velha e para ajustar a altura do motor para regular o aquadrive. E muito tempo foi gasto para tentar colocar, sem sucesso, o cabo do comando da marcha de volta.
O comando do barco merece um parágrafo a parte. Normalmente veleiros tem uma alavanca única que controla o sentido e aceleração. Esse barco tem duas alavancas, uma para direção e outra para a aceleração. A alavanca de direção é meio auto-explicativa: um lado vai para frente e outro vai para trás (não sei qual, pois ela está instalada perpendicularmente ao barco). Agora o acelerador que é misterioso: vc começa a mover a alavanca e o motor vai acelerando até começar a desacelerar?!? Muito estranho, mas o mecânico acha que foi uma instalação errada.
No final da tarde o mecânicou falou para eu tentar dar a partida. O motor girou, girou e nada. Ele achou que era ar na linha de combustível. Podia ser, mas lembrei que quando acionei o motor, inadvertidamente, logo nos primeiros dias, o motor estava mais acelerado. Coloquei a alavanca do acelerador mais para frente, pressionei a chave para a resistência esquentar o cilindros e mandei bala. Demorou um pouco e o motor pegou. Mais silencioso que eu imaginava. Também saiu pouca fumaça. As vibrações foram baixas. Mas achei que o motor não atingiu a rotação total. Como o conta giros e o termômetro ainda não estão funcionando, só o horímetro a pressão do óleo, não foi possível aferir a rotação. Ainda é preciso resolver esses probleamas e instalar a hélice, mas isso foi um bom sinal.
Digno de nota sobre o fim de semana é que ontem o cara da fibra removeu a última madeira podre do barco (o alçapão em que caí na primeira semana). Uma nova prancha de madeira já foi encapsulada com fibra e nessa semana será recolocada no lugar. Ou seja, as coisas estão acontencendo.
Hoje eu voltei a trabalhar no fundo do casco. Quase fui forçado pelos mosquitos a desistir, mas resisti. Passei selante epoxy na parte mais baixa dos cascos. O plano é que comecem a lixar o casco amanhã para terminar logo a pintura e colocar o barco na água essa semana. ajin voltará ao seu habitat natural.
Finalmente alcancei novamente os posts! Muito legais as fotos e o passeio na Colômbia. Achei que o Ajiaco tinha algo a ver com Aji, que é um molho peruano que provei em BsAs (no almoço acompanhado da Chola de Oro!), mas pesquisei e não tem nada a ver mesmo. Não gostei muito da cara, coisa meio leitosa.
ResponderExcluirLembra qual foi a cerveja da foto "beer with a view"? Parece uma weiss.
Também achei que já tinha vendido o Mootley! Se precisar de help pra divulgar, tamos aí. E pô, vc ainda tem essa camiseta dos Stones?? hhaahha
A cerveja do bier with a view é uma weiss artesanal colombiana, muito boa por sinal.
ResponderExcluirSim, preciso de ajuda para vender o Mootley. Se pensar em algo, avise.
Todo mundo falando da minha camisa voodoo louge. Direto do armário de Salvador para o mundo!