Total de visualizações de página

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Voltas e reviravoltas

Tanta coisa aconteceu nos últimos dias que dá até para ficar tonto.

Os últimos dias foram dedicados a deixar o barco com uma aparência melhor, concentrando nas coisas que só dão para fazer com o barco no seco.

No sábado de manhã aplicaram a última demão de tinta venenosa no casco. Com isso o cara da fibra não pode fazer o trabalho dele, pois se lixasse a poeira ia grudar tudo na tinta fresca. Com isso fui forçado a adiar o lançamento que estava previsto para segunda.

Ainda no sábado o mecânico apareceu aqui e passou a tarde. O motor só ficou faltando ajustar o regulador de voltagem do alternador (que é um alternador com maior capacidade que o original). Também entregaram 4 baterias novas. 2 de 250 amperes e 2 de 105. O detalhe é que cada bateria de 250 amps pesa 80 kg.

Depois disso foi polir o casco no sabado e domingo. No domingo o cara da fibra recolocou a madeira nova para substituir aquela que eu cai. Também recolocamos as vigias da cabine de popa no lugar. O ponto chato foi que o cara perdeu o equilibrio e caiu da escada. Mas dessa vez não teve nenhuma relaçã com o meu barco. Ele teve um pequeno entorse no tornozelo mas de acordo com ele não é nada demais.

Na segunda eu retoquei pontos em que a pintura estava estragada. Arranjei um cara para me ajudar a levar o barco e confirmei com a outra marina. Com a carregadeira do estaleiro colocamos as baterias no lugar. Mas ainda assim deu trabalho porque tive que ajudar a tirar as duas que estavam no barco e colocar as duas novas.

Para deixar as coisas ainda mais emocionantes, uma tempestade tropical que eu estava de olho virou furacão. Por isso no final da tarde me ligaram da marina nova perguntando se eu tinha uma apólice de sguros para terceiros no valor de meio milhão de dólares. Eu não tenho e não posso comprar uma até depois da tempestade (para evitar fraudes, as seguradoras proibem alterações nas apólices durante a aproximação das tempestades).

Minha noite de ontem foi cheia de incertezas: para onde levar o barco? para onde eu vou no dia do furacão? quais os próximos passos? Felizmente tive uma longa conversa telefonica com J. Foi bom para organizar as ideias e matar saudades. Eu não tenho ninguém por aqui para conversar sobre meus planos e sobre o que estou sentindo, por isso esses momentos são importantes para organizar as ideias e dar uma diminuida na saudade.

J também conseguiu uma possibilidade bem interessante de divulgação da viagem na internet, mas é algo que está sendo costurado.

Hoje de manhã cedo consegui acertar os ponteiros. O barco fica no estaleiro até o começo da semana que vem, arranjei  uma corretora de seguros que está vendo possibilidades, fui visitar uma marina alternativa. Também terminaram de pintar o barco, vi a quilha completa pela primeira vez e moveram mais para trás de onde estava.

Agora é continuar trabalhando para colocar o barco na água e esperar para ver "colé de mermo" de Irene (o nome desse furacão).



2 comentários:

  1. Com você sozinho aí e esse furacão se aproximando, o nome dessa passagem deveria ser "Me, Myself & Irene".
    Esse barco tá com alguma bruxa solta, toda hora alguém cai e torce alguma coisa! Tem que colocar uma plaquinha "Enter at your own risk". Você já instalou o acessório que é mais importante que o pára-raios, a FITINHA DO SENHOR DO BONFIM?

    E esse terremoto de ontem? Chegou a sentir algo por aí? Nem uma marolazinha?

    Vê se faz um VÍDEO do lançamento ao mar. Sempre acho um momento emocionante o CHUÁÁÁÁ... É como o primeiro choro de um bebê ao nascer.

    ResponderExcluir
  2. Breu,

    O cara caiu da escada dele, do lado de fora do barco. Tecnicamente a culpa não foi minha. A escada que era vagabunda e torceu com o peso dele. Felizmente não foi comigo pq eu tinha usado aquela escada nos últimos dois dias.

    Põ, vacilei, o titulo do post é mto bom, ainda dá para usar.

    Eu trouxe as fitas mas esqueci de colocar... demorou, né? Vou colocar os acessórios de segurança.

    Minha câmera está com o mic quebrado (herança da entrada de água em San Andrés). Mas está gravando. Vou arranjar um tripé (lá ele) para que a imagem não fique tremida e fique mais profissa.

    Não, nada de terremoto por aqui. Fiquei sabendo pelo rádio. A preocupação aqui era com o furacão.

    ResponderExcluir