Me acostumando a nova marina. Sem dúvida a infraestrutura aqui é muito melhor do que no estaleiro. E de quebra a vizinhança também. Não estou mais no fundo do porto, agora estou na frente da parte histórica da cidade. E isso é muito bom para a moral da "tripulação". Com escrevi no post anterior, dá para ir andando para restaurantes, banco, loja de ferragem... falta uma loja de conveniência, mas pelo menos passa ônibus aqui na porta e dá para ir para o supermercado.
A parte complicada daqui, como falei, é que o barco fica por fora do quebramar, recebendo todo o impactos dos barcos que passam e da mudança dos ventos. Por isso hoje fui comprar umas pranchas de madeira. Vou seguir uma sugestão que me deram de colocá-las entre as defensas e o pier, para evitar que as defensas escorregem de um lado para o outro. Achei muito engraçado ir em uma loja tipo Tend-Tudo (a Home Depot) e comprar um pedaço de madeira reflorestada com 2,5 de comprimento, 10 de largura e 5 de espessura por US$2,50... Da última vez que eu comprei um saquinho de palitinhos para fazer churrasco aí no Brasil eu paguei mais que isso.
Esses dias iniciais aqui na marina foram de acertar as coisas no barco: instalei as bateiras e o inversor, troquei pré-filtro, arranjei filtros separadores novos, conectei o barco na rede elétrica e lavei roupa. Agora preciso que o eletricista apareça aqui para conectar o painel e instalar os eletrônicos.
Ontem eu fui no estaleiro ver se tinha correspondência para mim. O pessoal lá comentou que o dono do estaleiro comemorou quando eu saí. Não vou comentar sobre isso, afinal não sei se é veradade. O fato é que ontem já tinha um barco enorme no lugar onde o anjin habitou. E o dono recolocou os trailers e carretas no meio do pátio novamente... vai entender.
Hoje o capoteiro veio medir o cockpit para fazer uma capota. É muito sol minha gente, confirmei lá no Caribe que isso é fundamental.
Na segunda feira um marcineiro veio aqui tomar medidas para fazer uns armários para a cozinha e para a mesa e os assentos da sala. Originalmente estava pensando em fazer essas coisas no Caribe, mas a viagem já está tão atrasada que não quero parar por lá e gastar tempo para fazer isso. Seguindo essa mesma linha de raciocínio, vou dar uma demão de tinta no anti-derrapante do barco que está todo manchado. Assim o deck fica com uma aparência melhor e quem sabe eu consigo reduzir a aspereza da superície. A maior parte dos barcos usa o antiderrapante moldado no convés, ou então uns compostos próprio para isso que são misturados à tinta... tem também uns que preferem colocar umas placas de borracha (minha solução predileta, mas não é muito duradoura). No anjin o construtor usou algum granulado áspero. Eu achava que fosse areia misturada com tinta, mas o Joe falou que é pedrapome triturada coberta com tinta (um escorregão alí vai ser fatal).
Também fui ver as velas hoje. Todas prontas. O veleiro deve vir aqui até o final dessa semana para ajustar o mastro no lugar. Estou preocupado com todo esse balançar do barco. Além do mais, os cabos de aço roçando no mastro estão começando a arranhar a pintura (de novo).
Apesar de toda essa atividade por aqui, eu ando com a cabeça no Brasil. J está deixando Brasília e nossa comunicação vai ficar mais dificil, mas eu já sabia que isso ia acontecer, só não sabia que já seria agora. Uma coisa legal, que me surpreendeu, foi participar virtualmente da festa de despedida ontem. Graças ao Gtalk e a conexão rápida daqui da marina, puder ver o que acontecia na festa e os presentes (e viceversa - muitos presentes queridos, BTW). Confesso que fiquei emocionado. Não esperava isso. E aindei pensando muito em nós esses últimos dias, mas melhor parar por aqui porque isso daria assunto para vários posts.
J partiu... espero que anjin e eu partamos logo.
Godspeed, J! Que nos encontremos logo, em algum lugar do mundo ;)
você está melhor do que eu, pelo menos tem uma casa..pelo visto semana que vem já vai dar pra dar um rolé de inauguração!? beijos
ResponderExcluirMi casa es tu casa...
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