Quinta feira foi um dia bem dificil. Não tive vontade de fazer nada, fiquei meio cabisbaixo com a partida de J. Por causa do correcorre da partida não sabia os horários do vôos. Para complicar, aconteceu algum problema de comunicação e entendi que o vôo partia ao meio dia. Resultado, liguei para o celular na hora que achava que fosse o vôo e não conseguir falar. Queria ter me despedido.
Por uma dessas coisas do destino, minutos depois que eu desliguei o computador para sair e resolver umas coisas fora de tarde J me enviou um e-mail lá de Guarulhos. Infelizmente só fui ler a mensagem bem mais tarde o que prolongou meu tempo cabisbaixo. Pelo menos J ficou sabendo que eu tinha ligado e mandou uma dessas mensagems que animam.
Na quinta de tarde vieram me pedir para mover o barco mais para trás, para que coubessem um número maior no pier. anjin estava no mesmo lugar desde que chegara na sexta: mal parado por causa do problema do motor e do vento forte que soprava na hora da chegada. Movemos o barco, eu e mais dois caras da marinq que e sugeriram uma amarração diferente. O barco passou a jogar menos, mas o problema não desapareceu. Outra coisa, como anjin está mais para trás está ainda mais perto daquele barco grande e mais dificil de ser visualizado pela câmera da marina.
Um dos aspectos negativos daqui dessa marina é que o rio é meio sujo. Não sei se é poluição, mas a água é escura e sempre tem muita coisa boiando. O casco do anjin já está todo sujo e não é só na linha d'água. De vez em muito junta um monte de espuma escura do lado do barco e ela vai manchando o casco. Tanto trabalho para polir e já está com um monte de sujeira. Outra coisa é que de vez em quando surge um mal cheiro forte por aqui... não sei se é esgoto ou alguma virada do vento, o fato é que o odor é horrível.
J mandou notícias no final do dia na sexta. Agora temos, também, o fuso horário para nos atrapalhar. Mas como eu já tinha dito, quando a viagem começar o fuso vai piorar, vai mudar a data e aos poucos vai melhorar.
Hoje depois do almoço eu devolvi o carro. Espero não ter mais que alugar um a não ser para alguma situação específica. Aproveitei para trazer duas âncoras, 15 metros de corrente, ferragens e outras coisas pesadas que estava no depósito. Ontem resolvi comprar uma bicicleta para ter como me deslocar. É contra minha política comprar bicicletas muito baratas porque elas geralmente não andam direito, não duram e são pouco confiáveis e/ou confortáveis. Mas como precisava de alguma coisa logo comprei uma bicicleta dobrável em uma promoção na West Marine. Pelo menos o quadro é de aluminio... vamos ver o que acontece. Um fator que me incentivou foram os 5 anos de garantia.
Também aproveitei para comprar10 garrafas de suco de dois litros e 12 galões de água. Não ia ser fácil equilibrar essas coisas em uma bike ainda menor do que a minha bicicleta verde de Oxford.
Ontem fui encontrar com o eletricista para dizer que o inversor está no lugar e que ele já podia instalar o resto das coisas. Ele se deculpou dizendo que estava com bronquite e que fez uma cirurgia no olho. Também estou caçando o mecânico, que me disse que além de estar gripado ainda sofreu um acidente jogando basebol com o filho... ah, esses fornecedores naúticos.
Ontem o pessoal da vela veio instalar o estai de popa. Isso é algo que nunca tinha sido instalado no barco. Toda vez que uma peça é instalada pela primeira vez eu vibro bastante. Agora o mastro já está firme no lugar, falta só a regulagem.
Aproveitei para pegar meu correio no estaleiro e conversei com um casal australiano. Eles compraram o barco do sueco que desapareceu e vão levá-lo (o barco) de volta à Austrália. Como comentei que vou fazer um percurso parecido, o cara me chamou para conversar com eles, pois eles já fizeram esse trajeto duas vezes.
Andei de ônibus pela primeira vez aqui depois de deixar o carro na locadora. Meus comentários: o ônibus passa no horário, mas só passa uma vez, no máximo duas, por hora. Isso é ruim. Pelo menos tem ar condicionado (que funciona) e a passagem que custa $1,25 permite fazer conexões ilimitadas entre as linhas. Outra coisa positiva é que os ônibus tem um rack na frente para levar 2 - 3 bikes. O problema é que o sol e o calor no ponto estavam brabos e o ônibus da conexão demorou. Outra coisa que chamou minha atenção é que aqui a cordinha para sinalizar que você quer descer não é uma corda de varal xexelenta como em Salvador ou em Brasília - que indefectivelmente está partida ou prestes a partir - mas um cabo de aço com cobertura amarela de borracha.
Hoje conversei com J no final do dia. Muito bom. Aproveitei para fazer uma caipirinha e ver o sol se por. Como tinha bastante vento as muriçocas (nem os love bugs) incomodaram. De noite dei uma saída... Aprendi a lição: jantei mais cedo e fui atrá do roqui en rou. Mais uma vez vi uma dessas coisas de americano que não entendo: a fixação com togas. Os bares cheio de gente enrolada com lençois, trajes greco- romanos ou fantasias dos Flinstones, quase todos com louros na cabeça... era o Toga Crawl, as pessoas iam de bar em bar fantasiadas. Fui para um bar meio tosco de motoqueiros onde ninguém fantasiado ousou aparecer. Tinha uma banda tocando R&Bs por lá, os tiozões só tocando e bebendo Becks. Mas o cansaço bateu (ou será que foi a caipirinha com cerveja?) e resolvi vim para o barco escrever no blog.
Hora de dormir crianças! Até o próximo post,
Esse negócio de ficar cabisbaixo é normal. Tristes são aqueles que acham que a vida é felicidade 100% e se entregam às bolinhas milagrosas. Ficar down de vez em quando é bom. Quando fico assim eu pego meu violão e converso com meu companheiro Jack (Daniels). Pode chorar e capotar na cama com a alma lavada. Eu sei que você não toca, mas sei lá, de repente um violão pode te fazer companhia. Música sempre salva. Não vi você falar em música ainda. Espero que no barco tenha! Não botei muita fé nessa bike à primeira vista, mas como tem um bagageiro e câmbio deve ser bem versátil.
ResponderExcluirEm Sampa nenhum buzu tem a tal da cordinha. É só no botão mesmo. Mas têm 2 portas de saída, pois alguns pontos são no meio do canteiro central, outros são na rua. Pra quem não anda de buzu como eu, é um desafio adivinhar qual das portas vai ser.
Sobre o casal australiano, COLE COM ELES. Toda ajuda é bem-vinda, e certamente vai ter algo no caminho que vai te fazer lembrar deles. Lembra do cara que literalmente nos salvou na trilha Moreré - Morro de São Paulo com um mapa tosco que indicava "CIM" (sic) e "NÃO" pros caminhos que a gente precisava pegar?
Quer dizer que você foi parar na "ribeira" dos states, é? mais um incentivo pra sair logo (mas com as coisas no lugar.)!
ResponderExcluirO skei faz um ano nágua nesta semana, então estou aproveitando para pintar o casco com venenosa, instalar os aparelhos que ainda não tinha instalado (catraca elétrica e piloto), tentar parar as goteiras, etc. Te digo uma coisa, muito trabalho sem velejada deprime qualquer um. Pode ter certeza que quando vc levantar a âncora a história vai ser outra.
ps. também quero relato dessa bike da westmarine.
Olha o que achei hoje num dos blogs que sigo (Web Urbanist), para inspiração:
ResponderExcluirWhatever Floats Your Boat: 29 Wild Watercraft