Tem umas expressões que eu acho legais, como o "milestone"... então, hoje atingi um milestone da viagem. O motor ficou pronto. Ele já estava funcionando, mas tinha umas coisas faltando: o conta giros não estava marcando a rotação e o(s) regulador do alternador estava quebrado.
Esse grande passo de hoje foi bom para compensar ontem. O dia rendeu pouco ayer. Terminei de instalar uns parafusos e colocar silicone na gaiuta de proa, ajudei o imediato a retirar o tanque de água (que foi medido - 10 galões), e fui pagar o cara da vela e ver as peças que chegaram. Além de ficar ligando para um monte de gente. Mas acho que o que me chateou mesmo foi eu gastar um dia para instalar um tomada. Impressionante como se pode perder tempo com detalhes tão pequenos.
O lance da tomada foi o seguinte: o barco tem uma tomada no cockpit. É um lugar meio estranho para ter uma tomada mas achei legal poder ter um computador ali fora, ou poder trabalhar do lado de fora ligando algum aparelho elétrico quando o barco estiver parado e eu não quiser uma extensão pendurada. A tomada que estava lá funcionava mas eu não confiava muito na estanqueidade da caixa, além de ser uma tomada de uso interno. Assim, comprei uma tampa nova para tomada, dessas que se usa em jardins e áreas externas, com vedação. Ainda preocupado com a segurança de quem fosse usar a tomada eu escolhi uma tomada resistente à água com um sistema de segurança que desliga a tomada em caso de choque - curto. Aí começaram meus problemas pois essa tomada era mais profunda que a aterior e não cabia na caixa da tomada original. No domigo à noite fomos à loja de ferrragens e não encontramos nada que servisse. Na segunda o imediato fez umas 4 viagens à lojas de ferragens para achar algo que servisse. No final improvisei com uma caixa mais estreita, silicone e furadeira. Funcionou. Hoje eu selei o resto da tomada com silicone, por las dudas.
O imediato lavou o tanque de água ontem. Enquanto ele limpava as coisas eu percebi que havia um pequeno vazamento na solda de umas saídas. Que bom, essas coisas tem que ser descobertas agora e não no meio da viagem tentando identificar a origem da água misteriosa. Hoje o tanque foi levado para ser soldado.
Essa mannhã o Joe apareceu, tirou novas medidas para o suporte do motor do piloto automático e fibrou trechos do deck que ele já havia passado resina no sábado. Ele deu uma olhada na pia. Disse que minha solução com mangueira é dificil por causa dos angulos envolvidos... o ponto é que não estou confortável com a tubulação de PVC.
O mecânico, ao final de instalar as peças e regular o conta giros, pediu para eu eu desse umas voltas "fortes" com o barco. Ele falou que precisamos testar o motor antes de partir. Estou ciente disso. Uma coisa engraçada que aconteceu hoje foi que o motor não queria pegar. E o problema foi simples: estava com pouco diesel (o tanque não tem marcador de conteúdo). Daí fui com a bicicleta até um posto com o camburão amarelo de diesel e voltei com ele equilbrado no bagageiro.
Hoje de tarde o cara da capota apareceu para tirar as medidas para as janelas de plástico transparente. Acho que o resultado vai ficar bom além de oferecer uma proteção significativa contra o vento e espirros de água (que imagino que serão comuns nesse barco). Só fico com dúvidas se isso não vai reduzir a velocidade do barco.
No final do dia o imediato instalou uma borracha para vedar a entrada de água da chuva nos cascos laterais. Ele também começou a dar uma apertada nos cabos que seguram as redes e andou pesquisando sobre as opções para instalação das redes. Equanto isso eu instalei um detector de monóxido de carbono na cabine de popa e um detector de fumaça na cabine principal.
Lá fora a temperatura começa a cair. Dias mais frios virão.
Aproveito para deixar meu muito obrigado para o Fosgate pelo chapéu novo! Incrível como o mundo da voltas e surpresas acontecem.
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terça-feira, 29 de novembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
Ciencia e tecnologia
Já que mencionei que o imediato foi assitir um lançamento de foguete no sábado, coloco aqui uns videozinhos que ainda não tinha publicado no site relacionados com o tema:
Esse foi o penúltimo lançamento do ônibus espacial - o vôo do Atlantis
Esse foi o último lançamento do ônibus espacial - o vôo do Endeavour
Ah, e isso aqui não está fora de lugar não: o painel do Prius que aluguei é muito mais sofisticado do que os controles do módulo da Apolo que levou o homem à lua
Vamos indo
Nos últimos dias andamos, o imediato e eu, envolvidos em preparar inúmeras listas de atividades e de compras para terminar a reforma. Ele alugou um carro para facilitar o processo pois a bike furou o pneu na quinta feira. Convenhamos que a bike também não daria para carregar tudo o que precisamos.
A sexta feira foi um dia com bastante vento. O gerador eólico não parava de girar com os ventos fortes que tinham inciado na quarta à noite, isso me deixava preocupado. O aparelho é dotado de um freio que o impede de girar quando o vento está forte demais, mas como o conjunto ainda não estava conectado à bateria, o freio não funcionava. Só hoje, no domingo de manhã, foi que o vento deu uma trégua e consegui fazer as conexões necessárias para acionar o freio.
Na sexta feira o Cérebro, Pinky e o novo assistente vieram aqui. Os dois primeiros saíram logo, mas o assistente ficou aqui montando e desmontando a roda do leme e vendo o local para o suporte do motor do piloto automático. Estou até meio precupado se ele vai conseguir remontar essa roda direito. Nesse dia tentei recolocar o cabo do leme pela plataforma de popa mas o barco balançava muito e as ondas não facilitavam o serviço. O leme sem um dos cabos de fixação batia de um lado para o outro e arriscava prender minha mão. Em prol da segurança deixei isso para outro dia. Consegui recolocar o cabo ontem de tarde, mas descobrimos que o leme está fora de centro, o assitente não colocou o cabo no lugar certo. Já vi que vou ter que me pendurar na popa do barco para soltar o parafuso mais uma vez para poder centrar o sistema.
Depois que o assistente saiu eu fiquei instalando uma mangueira para a bomba de porão de emergência e fiquei trabalhando em umas tomadas. O processo de colocar a mangueira não é muito simples porque é uma mangueira reforçada de 1,5 polegadas, colocada em lugares apertados - e de quebra eu precisei colocar uns angulos para canalizá-la. Para sua informação: o barco tem 4 bombas de porão: uma no compartimento de proa para esgotar água do chuveiro e do compartimento da âncora, duas no compartimento central: uma pequena para uso quotidiano e uma de grande volume para caso de emergência. Além disso, tem mais uma bomba no compartimento do motor.
De noite aproveitamos que estávamos com o carro para resolver umas coisas. Mostrei ao imediato o estaleiro onde morei até colocar o barco na água. Jantamos em um restaurante no porto e fomos comprar material elétrico e hidráulico no Home Depot e depois compras no Wal Mart. A maior parte das compras foi para o barco: galões para diesel, combustível, água, coisas para a cozinha, oleos lubrificantes, aditivo para combustível e uma furadeira sem fio. Voltamos tarde.
No sábado o cara da fibra veio aqui enquanto o imediato foi assitir o lançamento do Curiosity - um foguete com destino a Marte. Eu assiti o lançamento do convés do barco. Com o Joe discutimos a instalação do suporte do motor e resolvemos adotar um caminho diferente do sugerido pelo novo assistente do Cérebro. Depois seguimos com os reparos do casco.
Na tarde de sábado fomos consertar o pneu da bicicleta, depósito e depois no mercado. O final do dia foi dedicado a arrumar coisas que trouxemos do depósito nos cascos laterais. De noite testamos todas as luminárias e ficamos no barco conversando, fazendo uma análise dessas duas semanas e preparando um plano de ataque para os próximos dias.
Hoje coloquei silicone em duas gaiutas da cabine de popa que estavam entrando água. Desmontei duas tomadas no cockpit, lixei a madeira e selei tudo com silicone. Infelizmente uma das tomadas novas não coube na caixa plástica e terei que resolver isso amanhã. Ademais eu fiz a conexão do gerador éolico que mencionei de no começo do post e instalei 3 extintores de incêndio no barco: um na cabine onde estou (onde tem uma bancada de trabalho) outro na mesa de navegação e um na cozinha.
Felizmente nossos ânimos estão altos. Vamos tentar dar uma raça essa semana e ver se conseguimos terminar o máximo de coisas possível para ter o barco velejável no final dessa semana. Isso não significa que já vamos partir, mas que já poderemos dar umas voltas pelo rio.
Saludos,
A sexta feira foi um dia com bastante vento. O gerador eólico não parava de girar com os ventos fortes que tinham inciado na quarta à noite, isso me deixava preocupado. O aparelho é dotado de um freio que o impede de girar quando o vento está forte demais, mas como o conjunto ainda não estava conectado à bateria, o freio não funcionava. Só hoje, no domingo de manhã, foi que o vento deu uma trégua e consegui fazer as conexões necessárias para acionar o freio.
Na sexta feira o Cérebro, Pinky e o novo assistente vieram aqui. Os dois primeiros saíram logo, mas o assistente ficou aqui montando e desmontando a roda do leme e vendo o local para o suporte do motor do piloto automático. Estou até meio precupado se ele vai conseguir remontar essa roda direito. Nesse dia tentei recolocar o cabo do leme pela plataforma de popa mas o barco balançava muito e as ondas não facilitavam o serviço. O leme sem um dos cabos de fixação batia de um lado para o outro e arriscava prender minha mão. Em prol da segurança deixei isso para outro dia. Consegui recolocar o cabo ontem de tarde, mas descobrimos que o leme está fora de centro, o assitente não colocou o cabo no lugar certo. Já vi que vou ter que me pendurar na popa do barco para soltar o parafuso mais uma vez para poder centrar o sistema.
Depois que o assistente saiu eu fiquei instalando uma mangueira para a bomba de porão de emergência e fiquei trabalhando em umas tomadas. O processo de colocar a mangueira não é muito simples porque é uma mangueira reforçada de 1,5 polegadas, colocada em lugares apertados - e de quebra eu precisei colocar uns angulos para canalizá-la. Para sua informação: o barco tem 4 bombas de porão: uma no compartimento de proa para esgotar água do chuveiro e do compartimento da âncora, duas no compartimento central: uma pequena para uso quotidiano e uma de grande volume para caso de emergência. Além disso, tem mais uma bomba no compartimento do motor.
De noite aproveitamos que estávamos com o carro para resolver umas coisas. Mostrei ao imediato o estaleiro onde morei até colocar o barco na água. Jantamos em um restaurante no porto e fomos comprar material elétrico e hidráulico no Home Depot e depois compras no Wal Mart. A maior parte das compras foi para o barco: galões para diesel, combustível, água, coisas para a cozinha, oleos lubrificantes, aditivo para combustível e uma furadeira sem fio. Voltamos tarde.
No sábado o cara da fibra veio aqui enquanto o imediato foi assitir o lançamento do Curiosity - um foguete com destino a Marte. Eu assiti o lançamento do convés do barco. Com o Joe discutimos a instalação do suporte do motor e resolvemos adotar um caminho diferente do sugerido pelo novo assistente do Cérebro. Depois seguimos com os reparos do casco.
Na tarde de sábado fomos consertar o pneu da bicicleta, depósito e depois no mercado. O final do dia foi dedicado a arrumar coisas que trouxemos do depósito nos cascos laterais. De noite testamos todas as luminárias e ficamos no barco conversando, fazendo uma análise dessas duas semanas e preparando um plano de ataque para os próximos dias.
Hoje coloquei silicone em duas gaiutas da cabine de popa que estavam entrando água. Desmontei duas tomadas no cockpit, lixei a madeira e selei tudo com silicone. Infelizmente uma das tomadas novas não coube na caixa plástica e terei que resolver isso amanhã. Ademais eu fiz a conexão do gerador éolico que mencionei de no começo do post e instalei 3 extintores de incêndio no barco: um na cabine onde estou (onde tem uma bancada de trabalho) outro na mesa de navegação e um na cozinha.
Felizmente nossos ânimos estão altos. Vamos tentar dar uma raça essa semana e ver se conseguimos terminar o máximo de coisas possível para ter o barco velejável no final dessa semana. Isso não significa que já vamos partir, mas que já poderemos dar umas voltas pelo rio.
Saludos,
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Fotos peças
Seguem fotos diversas de algumas peças do anjin
Detalhe do interruptor do painel solar que queimou durante a tempestade de outubro |
Fio do painel solar |
Detalhe de como o fio carbonizou |
Sorte que não houve um incendio |
Carregardo do painel solar derretido |
Automático da bomba de porão que queimou recentemente |
Tensiometro para os estais |
Tensão adotada 14% da resistência do fio |
Don instalando o refletor de radar (peça redonda semitransparente) |
Buracos para os instrumentos |
Instrumentos e bussola |
Painel solar traseiro removido para subsituição dos fios |
O dono anteior não usou fios apropriados. Acima se ve dois pedaços do mesmo fio: o pedaço de cima estava do lado de dentro do barco e o de baixo exposto às intempéries. |
Dia do Peru
Hoje passamos dos 3 mil acessos de acordo com o contador fajuto do blogspot, mas de qualquer forma, é mais uma marca. Além disso, hoje foi dia de Ação de Graças. Esse é um dos feriados mais importantes aqui nos EUA. É uma data que geralmente pessoas viajam para encontrar família e amigos e se empaturrar de comida e depois assistir jogo de futebol americano na TV. Ah, e a ressaca é curada com compras, durante a famosa "Black Friday" quando pessoas vão dormir na porta das lojas (o que talvez explique a comilança). Para falar a verdade, algumas pessoas esperam o ano inteiro para fazer as compras grandes nessa data (se conseguirem colocar a mão na mercadoria que querem).
O dia do peru foi recheado com muito vento e algumas ondas maiores. Tenho que confessar que isso não foi a melhor combinação pois o imediato e eu acabamos de instalar o gerador eólico e ficamos meio preocupados com o fato do gerador estar girando tão rápido e sem carga. O eletricista não fez a conexão porque nós ainda não tinhamos terminado de instalar a torre. Então ele foi embora enquanto nós terminávamos o serviço. Agora temos um gerador éolico instalado mas não conectado às baterias. E o pior é que os eletricistas só voltam na semana que vem.
Por falar em voltar ao barco, ontem foi o dia em que mais gente esteve trabalhando no barco simultaneamente. Tinha tanta gente a bordo que tive que mandar o mecânico voltar. Só não foi pior porque o mecânico havia dito que viria na segunda e só apareceu ontem. Em um determinado momento estavam no barco o imediato, eu, os dois eletricistas, o cara da fibra e o novo assistente do cérebro. A coisa começou a ficar feia quando o eletrolento e o novo assistente começaram a trocar farpas na cabine de popa pois os dois estavam trabalhando lá e ela não é espaçosa. O eletrolento estava instalando a luz no compartimento do motor e um ventilador para o gerador enquanto o assistente queria entrar no mesmo lugar para começar a instalação do piloto automático.
Com toda aquela confusão o cara da fibra terminou de instalar a gaiúta de proa e foi embora. Ah, o término da instalação dessa gaiuta foi um marco, pois ela foi, provavelmente, a coisa que mais demorou para ser instalada no barco. O Joe (cara da fibra) comentou comigo que provavelmente gastamos mais tempo nela do que ela valia. Não duvido, mas uma vez que tinha começado me parecia um contratempo parar. Isso é uma coisa que tenho que rever. Aprender quando devo parar nessas coisas da reforma. De vez em quando, algumas soluções econômicas são mais caras do que comprar uma peça nova.
Os eletricistas foram embora na hora do almoço e ficamos o imediato, o assistente e eu. Como o assistente não conseguia trabalhar no suporte da roda de leme com ela no lugar eu tive que me pendurar na popa do barco para folgar os cabos do leme para que fosse possível reduzir as tensões dos cabos e remover o suporte da roda de leme. Com um esmeril o cara fez um buraco por onde passará a corrente do piloto automático que liga o motor a uma engrenagem no final do eixo da roda de leme. O cara foi embora no meio da tarde e nos deixou para terminar a instalação da torre do gerador. Ficamos felizes quando o gerador começou a girar.
No finalzinho da tarde fui na West Marine pegar uma peça que chegou, recarregar créditos do celular e ir no mercado. A presença do imediato aqui foi muito útil em diversos aspectos. Não só pela ajuda mas também porque pude me concentrar no barco. Por exemplo, durante esses ultimos dias não tive que me preocupar em ir no mercado, pois ele estava fazendo isso. Só que ontem foi véspera de feriado e o mercado estava uma loucura. Paciência.
Hoje os mercados "próximos" não abriram e os ônibus não circularam. Então fiquei pelo barco resolvendo e arrumando coisas. Troquei umas tomadas de lugar (e descobri que as tomadas estava com rótulos errados e tive que desfazer tudo depois). Limpei o compartimento do motor e a cabine de popa que estavam cobertas com poeira e pedaços de metal criados pelo esmeril do assistente do Cérebro. Passei horas pesquisando uma maneira de fazer o skype funcionar no meu celular android. O problema é que grande parte dos programas faz o microfone do meu celular parar de funcionar. Achei uma versão velha do skype que aparentemente funciona. A conexão daqui também não ajuda muito, e quando venta, piora. Ainda assim consegui conversar com J por uma hora hoje. Colocamos o papo em dia.
O imediato tirou o dia de folga. E até trouxe um sanduíche de peru para comemorar o dia de ação de graças. Ele resolveu ir na bike até uma cidade vizinha, Cocoa Beach. Ele reclamou bastante do vento contrário enquanto estava pedalando e agora não está se sentindo bem. Acho que o vento frio e forte causou um princípio de hipotermina nele. Ele tomou um banho quente, se agasalhou e foi dormir. Estou de olho nisso.
Amanhã vai ser um dia meio devagar por causa da influencia do feriado. Mas o Cérebro e seu novo assistente devem aparecer aqui para continuar a instalação do piloto automático. O imediato e eu devemos começar a trabalhar no encanamento do barco e em uma conexão provisória para o gerador eólico. Mais informações depois.
Saludos,
O dia do peru foi recheado com muito vento e algumas ondas maiores. Tenho que confessar que isso não foi a melhor combinação pois o imediato e eu acabamos de instalar o gerador eólico e ficamos meio preocupados com o fato do gerador estar girando tão rápido e sem carga. O eletricista não fez a conexão porque nós ainda não tinhamos terminado de instalar a torre. Então ele foi embora enquanto nós terminávamos o serviço. Agora temos um gerador éolico instalado mas não conectado às baterias. E o pior é que os eletricistas só voltam na semana que vem.
Por falar em voltar ao barco, ontem foi o dia em que mais gente esteve trabalhando no barco simultaneamente. Tinha tanta gente a bordo que tive que mandar o mecânico voltar. Só não foi pior porque o mecânico havia dito que viria na segunda e só apareceu ontem. Em um determinado momento estavam no barco o imediato, eu, os dois eletricistas, o cara da fibra e o novo assistente do cérebro. A coisa começou a ficar feia quando o eletrolento e o novo assistente começaram a trocar farpas na cabine de popa pois os dois estavam trabalhando lá e ela não é espaçosa. O eletrolento estava instalando a luz no compartimento do motor e um ventilador para o gerador enquanto o assistente queria entrar no mesmo lugar para começar a instalação do piloto automático.
Com toda aquela confusão o cara da fibra terminou de instalar a gaiúta de proa e foi embora. Ah, o término da instalação dessa gaiuta foi um marco, pois ela foi, provavelmente, a coisa que mais demorou para ser instalada no barco. O Joe (cara da fibra) comentou comigo que provavelmente gastamos mais tempo nela do que ela valia. Não duvido, mas uma vez que tinha começado me parecia um contratempo parar. Isso é uma coisa que tenho que rever. Aprender quando devo parar nessas coisas da reforma. De vez em quando, algumas soluções econômicas são mais caras do que comprar uma peça nova.
Os eletricistas foram embora na hora do almoço e ficamos o imediato, o assistente e eu. Como o assistente não conseguia trabalhar no suporte da roda de leme com ela no lugar eu tive que me pendurar na popa do barco para folgar os cabos do leme para que fosse possível reduzir as tensões dos cabos e remover o suporte da roda de leme. Com um esmeril o cara fez um buraco por onde passará a corrente do piloto automático que liga o motor a uma engrenagem no final do eixo da roda de leme. O cara foi embora no meio da tarde e nos deixou para terminar a instalação da torre do gerador. Ficamos felizes quando o gerador começou a girar.
No finalzinho da tarde fui na West Marine pegar uma peça que chegou, recarregar créditos do celular e ir no mercado. A presença do imediato aqui foi muito útil em diversos aspectos. Não só pela ajuda mas também porque pude me concentrar no barco. Por exemplo, durante esses ultimos dias não tive que me preocupar em ir no mercado, pois ele estava fazendo isso. Só que ontem foi véspera de feriado e o mercado estava uma loucura. Paciência.
Hoje os mercados "próximos" não abriram e os ônibus não circularam. Então fiquei pelo barco resolvendo e arrumando coisas. Troquei umas tomadas de lugar (e descobri que as tomadas estava com rótulos errados e tive que desfazer tudo depois). Limpei o compartimento do motor e a cabine de popa que estavam cobertas com poeira e pedaços de metal criados pelo esmeril do assistente do Cérebro. Passei horas pesquisando uma maneira de fazer o skype funcionar no meu celular android. O problema é que grande parte dos programas faz o microfone do meu celular parar de funcionar. Achei uma versão velha do skype que aparentemente funciona. A conexão daqui também não ajuda muito, e quando venta, piora. Ainda assim consegui conversar com J por uma hora hoje. Colocamos o papo em dia.
O imediato tirou o dia de folga. E até trouxe um sanduíche de peru para comemorar o dia de ação de graças. Ele resolveu ir na bike até uma cidade vizinha, Cocoa Beach. Ele reclamou bastante do vento contrário enquanto estava pedalando e agora não está se sentindo bem. Acho que o vento frio e forte causou um princípio de hipotermina nele. Ele tomou um banho quente, se agasalhou e foi dormir. Estou de olho nisso.
Amanhã vai ser um dia meio devagar por causa da influencia do feriado. Mas o Cérebro e seu novo assistente devem aparecer aqui para continuar a instalação do piloto automático. O imediato e eu devemos começar a trabalhar no encanamento do barco e em uma conexão provisória para o gerador eólico. Mais informações depois.
Saludos,
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Tripulação
Algumas fotos dessas últimas duas semanas de reforma depois da chegada do imediato.
Tripulação: comandante + imediato (no dia da chegada ao anjin) |
Acompanhando o eletrolento preparando a instalação dos eletrônicos |
Imediato se preparando para ir limpar o casco |
Testando o controle central de navegação |
Com o eletricista |
Equilibrando pizza na cabeça em dia de chuva |
Contando
Já estamos falando para todo mundo que vamos sair no final do mês e as coisas estão andando cada vez mais rápido.
Ontem de manha o rigger já trouxe uma amostra d3 cabos novos para colocar as redes de segurança. Confesso que não fiquei muito contente quando ouvi a explicação dele para fazer a primeira peça tão rápido. Ele falou que queria ver se ele conseguia fazer, o tempo necessário e se as medidas que passamos eram confiáveis. Mas a peça ficou perfeita e no final do dia ele já trouxe outros 4 cabos, assim ficam faltando só 3, que estavam com peças avariadas e necessitaram substituição.
Ontem de manhã o cara da fibra apareceu e trabalhamos na gaiuta da frente. Depois de muito suro e xingamento e de abandonar de vez a ideia dos rebites, ele conseguiu colocar duas dobradiças no lugar. Infelizmente, uma das dobradiças não fixou direito e, de noite, quando fechei a gaiuta ela caiu. Hoje ele voltou e colocou mais uma dobradiça no lugar... pelo menos ela não caiu essa noite. A solução para fixar as dobradiças foi furar a moldura de alumínio da gaiúta e fazer uma rosca para que o parafuso prendesse no metal. Tosco e trabalhoso mas funcionou. Hoje de manhã ele também fez o recorte no suporte interno da roda de leme para colocar a engrenagem do piloto automático. Eu não estava aqui quando ele fez isso, o imediato que acompanhou o processo. Também conversamos com o cara da fibra sobre um reparo na tampa da geladeira (que é dificil de abrir e fechar) e sobre o encanamento da pia.
Ontem o eletrolento ligou a bomba de agua salgada, terminou de conectar o cabo de dados para o rádio VHF, fixou o controlador dos paineis solares e fez um suporte para o controle do gerador éolico. No final do dia o chefe dele veio aqui e conectou o carregador pequeno de bateria, fez uma nova conexão do alternador para as baterias do barco e terminou a instalação do radar e eletrônicos. Hoje de manhã fui pagar a conta dos trabalhos da semana... uma facada. Mas não posso reclamar. Os caras apareceram aqui todos os dias, muito diferente dos demais. E o serviço foi bem feito.
Hoje o imediato e eu passamos o dia tratando da intalação do gerador eólico. Eu montei a turbina e de tarde ficamos envolvidos em montar as bases, furar o casco, passar fios (parte com a ajuda do eletrolento). Por em intalação, passei quase uma hora no fundo do casco lateral, em um lugar tão apertado que para entrar eu tive que passar um braço, depois a cabeça e por fim o outro braço e mal dava para me mexer. E eu falei que miha cintura ficou apoiada em cima de um pedaço de madeira mal-coberta com fibra de vidro? No final fiquei com pressa para sair e fiquei meio entalado. Só deu para sair depois de lembrar como foi que eu tinha entrado. O imediato ia fazer esse serviço mas ele sofre com claustrofobia dentro dos cascos laterais. Trabalhamos até escurecer. Infelizmnete não conseguimos erguer a turbina, isso fica para amanhã.
Quinta feira é dia de ação de graças por aqui. Muita gente já está viajando. O resto deve viajar amanhã. Os eletricistas já avisaram que só trabalharão até a hora do almoço amanhã. Então nós vamos ter que sair para comprar material para poder trabalhar na quinta. Até o escritório da marina estará fechado nesse dia.
O Cérebro e o novo assistente (que eu ainda não conheci mas não é o Pinky) estiveram aqui hoje. Ele garantiu que instala o piloto automático até a metade da semana que vem (estou torcendo que isso dê certo).
Ontem o marceneiro trouxe as portas!
Infelizmente o mecânico ainda não apareceu para instalar o regulador. Pelo menos pediu desculpas ontem.
Nossa obra tem chamado muita atenção por aqui. Toda hora alguém para e puxa conversa. O tema mais recorrente é perguntar se viemos do Havaí, pois o registro na popa do barco ainda diz isso. Algumas conversas são interessantes.
Conversei bastante com um casal canadense, o Tom e a Mildredo, do Mahalo (obrigado em havaiano) que pararam aqui na marina para poder fazer uns reparos no barco. Para tranquilizar vocês que acham que anjin é uma bomba, deixe contar um pouco da história deles. Eles vieram do Canadá (Vancouver) para os EUA para comprar um barco aqui por causa dos preços mais baratos. Decidiram comprar um barco mais caro porque teoricamente precisava fazer pouco. Mas eles me disseram que já tiveram que consertar muito mais coisa do que imaginavam que seria preciso. Para complicar, durante o tempo em que o barco estava no seco ele foi atingido por um raio que queimou todos os eletrônicos. O ponto bom é que eles tinham seguro, mas de qualquer forma, teve toda a dor de cabeça de acionar o seguro e esperar os reparos. Moral da história: barcos são um caixote de surpresas.
Para terminar o post de hoje: 3 barcos canadenses chegaram aqui hoje no final da tarde. Comentei isso com o eletrolento que respondeu "então começou o frio no norte, pois os canadenses só partem quando o inverno começa a chegar".
Fico por aqui,
Ontem de manha o rigger já trouxe uma amostra d3 cabos novos para colocar as redes de segurança. Confesso que não fiquei muito contente quando ouvi a explicação dele para fazer a primeira peça tão rápido. Ele falou que queria ver se ele conseguia fazer, o tempo necessário e se as medidas que passamos eram confiáveis. Mas a peça ficou perfeita e no final do dia ele já trouxe outros 4 cabos, assim ficam faltando só 3, que estavam com peças avariadas e necessitaram substituição.
Ontem de manhã o cara da fibra apareceu e trabalhamos na gaiuta da frente. Depois de muito suro e xingamento e de abandonar de vez a ideia dos rebites, ele conseguiu colocar duas dobradiças no lugar. Infelizmente, uma das dobradiças não fixou direito e, de noite, quando fechei a gaiuta ela caiu. Hoje ele voltou e colocou mais uma dobradiça no lugar... pelo menos ela não caiu essa noite. A solução para fixar as dobradiças foi furar a moldura de alumínio da gaiúta e fazer uma rosca para que o parafuso prendesse no metal. Tosco e trabalhoso mas funcionou. Hoje de manhã ele também fez o recorte no suporte interno da roda de leme para colocar a engrenagem do piloto automático. Eu não estava aqui quando ele fez isso, o imediato que acompanhou o processo. Também conversamos com o cara da fibra sobre um reparo na tampa da geladeira (que é dificil de abrir e fechar) e sobre o encanamento da pia.
Ontem o eletrolento ligou a bomba de agua salgada, terminou de conectar o cabo de dados para o rádio VHF, fixou o controlador dos paineis solares e fez um suporte para o controle do gerador éolico. No final do dia o chefe dele veio aqui e conectou o carregador pequeno de bateria, fez uma nova conexão do alternador para as baterias do barco e terminou a instalação do radar e eletrônicos. Hoje de manhã fui pagar a conta dos trabalhos da semana... uma facada. Mas não posso reclamar. Os caras apareceram aqui todos os dias, muito diferente dos demais. E o serviço foi bem feito.
Hoje o imediato e eu passamos o dia tratando da intalação do gerador eólico. Eu montei a turbina e de tarde ficamos envolvidos em montar as bases, furar o casco, passar fios (parte com a ajuda do eletrolento). Por em intalação, passei quase uma hora no fundo do casco lateral, em um lugar tão apertado que para entrar eu tive que passar um braço, depois a cabeça e por fim o outro braço e mal dava para me mexer. E eu falei que miha cintura ficou apoiada em cima de um pedaço de madeira mal-coberta com fibra de vidro? No final fiquei com pressa para sair e fiquei meio entalado. Só deu para sair depois de lembrar como foi que eu tinha entrado. O imediato ia fazer esse serviço mas ele sofre com claustrofobia dentro dos cascos laterais. Trabalhamos até escurecer. Infelizmnete não conseguimos erguer a turbina, isso fica para amanhã.
Quinta feira é dia de ação de graças por aqui. Muita gente já está viajando. O resto deve viajar amanhã. Os eletricistas já avisaram que só trabalharão até a hora do almoço amanhã. Então nós vamos ter que sair para comprar material para poder trabalhar na quinta. Até o escritório da marina estará fechado nesse dia.
O Cérebro e o novo assistente (que eu ainda não conheci mas não é o Pinky) estiveram aqui hoje. Ele garantiu que instala o piloto automático até a metade da semana que vem (estou torcendo que isso dê certo).
Ontem o marceneiro trouxe as portas!
Infelizmente o mecânico ainda não apareceu para instalar o regulador. Pelo menos pediu desculpas ontem.
Nossa obra tem chamado muita atenção por aqui. Toda hora alguém para e puxa conversa. O tema mais recorrente é perguntar se viemos do Havaí, pois o registro na popa do barco ainda diz isso. Algumas conversas são interessantes.
Conversei bastante com um casal canadense, o Tom e a Mildredo, do Mahalo (obrigado em havaiano) que pararam aqui na marina para poder fazer uns reparos no barco. Para tranquilizar vocês que acham que anjin é uma bomba, deixe contar um pouco da história deles. Eles vieram do Canadá (Vancouver) para os EUA para comprar um barco aqui por causa dos preços mais baratos. Decidiram comprar um barco mais caro porque teoricamente precisava fazer pouco. Mas eles me disseram que já tiveram que consertar muito mais coisa do que imaginavam que seria preciso. Para complicar, durante o tempo em que o barco estava no seco ele foi atingido por um raio que queimou todos os eletrônicos. O ponto bom é que eles tinham seguro, mas de qualquer forma, teve toda a dor de cabeça de acionar o seguro e esperar os reparos. Moral da história: barcos são um caixote de surpresas.
Para terminar o post de hoje: 3 barcos canadenses chegaram aqui hoje no final da tarde. Comentei isso com o eletrolento que respondeu "então começou o frio no norte, pois os canadenses só partem quando o inverno começa a chegar".
Fico por aqui,
domingo, 20 de novembro de 2011
Fotos Cocoa Village Marina
Algumas fotos dos trabalhos feitos nos últimos meses no barco, ancorado na Cocoa Village Marina (CVM).
Recém chegado à CVM |
Material a ser instalado à esquerda. Cama do imediato á direita |
Cama do comandate à esquerda. Sanitário a vante |
Olhando do sanitário para o interior do barco |
Painel sendo trabalhado. A direita, embaixo da fita, porta da geladeira |
Anjin visto do topo |
Preparando a contagem regressiva
Hoje decidi que vou começar uma contagem regressiva. Necessito uma data para dar o ultimato aos prestadores de serviço. Escolhi o final do mês. Vou fazer pressão dizendo que partiremos na semana que vem. Quem sabe assim eles se mexem. Já aviso que isso funcionou quando fui colocar o barco na água. E o cara do plástico já me explicou que a prioridade é para barcos que estão de partida.
Bem, nesses últimos dias houve progressos nos eletrônicos. Na sexta foram ligados os medidores de velocidade do barco, de vento e de profundidade. Infelizmente o de vento não funcionou. Não era problema no painel, mas em alguma parte do mastro. Por isso ontem eu passei duas horas pendurado a mais de quinze metros de altura testando partes. Descobri na primeira viagem ao topo do mastro que a lâmpada de deck que o eletricista trouxe estava queimada (ainda bem que eu testei antes de subir). Na sequencia descobri que a luz de motorização não estava funcionando porque o interruptor foi conectado ao fio errado. O eletrolento disse que eu coloquei a etiqueta errada no fio (eu acho que ele se enganou). No final da primeira viagem eu removi o sensor do topo do mastro e o trouxe para baixo para testá-lo (e ele funcionou), logo o problema estava no cabo do sensor. Solução, subsituir a parte do cabo dentro do mastro. Desligamos as conexões e prendemos um fio de nylon na ponta inferior do cabo. Fui outra vez até o topo do mastro e puxei todo o fio. Antes disso eu passei uns vinte minutos brigando para remover uma borracha de vedação. Depois prendi a ponta do nylon na extremidade do cabo novo e o imediato puxou o cabo de volta. Reconectei o sensor no topo do mastro e voilá, o indicador de direção e velocidade do vento começou a funcionar. Fiquei com o joelho doendo depois dessa aventura, pois para me manter no lugar precisei travar o joelho embaixo de um brandal (cabo que sustenta o mastro lateralmente). Na hora da descida ainda perdi o meu chapéu... o vento levou e a rainha das aguas aceitou. Mais tarde descobri que o problema do cabo foi causado quando colocamos os parafusos do suporte do radar e inadvertidamente o furamos. Veja detalhes nas fotos a seguir:
Na sequencia o radar também não quis funcionar. O eletricista começou a dizer que o cabo também devia ter estragado na instalação do radar. Mas depois ele descobri que foi uma barbeiragem do eletrolento que não encaixou bem uma conexão. O sistema de navegação é integrado com os instrumentos do barco (isso é bom, mas ao mesmo tempo me preocupa no caso de falha). O GPS "dialoga" com os instrumentos do barco, piloto automático e com o radar e todas as informações podem ser apresentadas em uma única tela. De quebra tem vários manuais para aprender a usar o sistema da Raymarine. Bem, mas um passo de cada vez. No começo ele vai ser só um GPS de luxo com tela grande. A tela foi instalada em um suporte móvel na entrada do barco, dessa forma ela pode ser basculada para o cockpit ou para a mesa de navegação. O VHF já está funcionando e eu instalei uma lampada na popa do barco. Agora só falta a luz de deck e a de proa.
Na sexta feira eu removi as luzes internas no barco. Descobri, para minha tristeza, que todas as luminarias com luzes bicolores tinham pelo menos um led queimado. Isso deve ter sido causdo por algum dos raios que atingiu o barco durante os anos que ele passou abandonado aqui no rio. O eletricista levou uma das luminárias para ver se tem conserto. O marceneiro me ligou dizendo que as portas estão prontas. Como não dá para ir buscá-las de bicicleta, ele falou que vai trazê-las quando vier para essas bandas, só não pode garantir uma data.
Na sexta levei cano do Cerebro, do cara da fibra e do mecanico que vinha instalar o regulador novo. Por isso que tenho que começar a contagem regressiva. Além disso, os eletricistas precisam do gerador eólico instalado para fazer as conexões e eu preciso do piloto automático.
Devolvi a bússola e encomendei outra. No sábado de manhã fui pegar umas encomendas na West Marine. No final do dia ficamos limpando o barco que esava bem sujo com tanta madeira furada e restos de fios. Na noite de sábado fui com o imediato jantar e comemorar os resultados da semana. Comi muito e fiquei empapuçado com a cerveja. Voltei cedo para o barco.
Hoje fiquei respondendo e-mails e esperando respostas de sms que nunca chegavam. Então fui fazer coisas práticas como revomover fios do compartimento do motor, inspecionar o espaço da geladeira. Descobri um pequeno vazemento no sistema de esgoto da pia da cozinha. Precismos consertar isso antes de partir. E gastei muito tempo tentando fazer o acendimento eletrico do fogão funcionar. O fogão está funcionando, mas só liga com fósforo... o botão de acendimento não está respondendo, apesar de eu ter instalado uma caixa de pilha nova nele. No final da tarde removi as ferragens de sustentação das redes e depois, com a ajuda do imediato pegamos as medidas para encomendar os novos cabos. Deixei tudo com a mulher do rigger.
O imediato tirou o dia de folga. Está certo, afinal essa batalha é minha, ele é o coadjuvante. Achei até engraçado ele comentar comigo como ele fica impressionado com o brilho que surge nos meus olhos quando eu falo da viagem e da energia que eu tenho para tocar essa reforma. No finalzinho do dia ele me chamou para ir assitir um showzinho de rock promovido por um grupo de motociclistas locais. Na verdade era um encontro e motociclistas "da melhor idade", tinha até bingo, mas todo mundo com Harleys e roupa de couro. Foi bom escutar os tiozinhos tocando R&R, não só dos anos 60 e 70, mas também dos 80 e 90.
Agora no final da noite fiquei separando umas fotos que colocarei em outros posts.
Dedos cruzados galera, a hora está chegando.
Bem, nesses últimos dias houve progressos nos eletrônicos. Na sexta foram ligados os medidores de velocidade do barco, de vento e de profundidade. Infelizmente o de vento não funcionou. Não era problema no painel, mas em alguma parte do mastro. Por isso ontem eu passei duas horas pendurado a mais de quinze metros de altura testando partes. Descobri na primeira viagem ao topo do mastro que a lâmpada de deck que o eletricista trouxe estava queimada (ainda bem que eu testei antes de subir). Na sequencia descobri que a luz de motorização não estava funcionando porque o interruptor foi conectado ao fio errado. O eletrolento disse que eu coloquei a etiqueta errada no fio (eu acho que ele se enganou). No final da primeira viagem eu removi o sensor do topo do mastro e o trouxe para baixo para testá-lo (e ele funcionou), logo o problema estava no cabo do sensor. Solução, subsituir a parte do cabo dentro do mastro. Desligamos as conexões e prendemos um fio de nylon na ponta inferior do cabo. Fui outra vez até o topo do mastro e puxei todo o fio. Antes disso eu passei uns vinte minutos brigando para remover uma borracha de vedação. Depois prendi a ponta do nylon na extremidade do cabo novo e o imediato puxou o cabo de volta. Reconectei o sensor no topo do mastro e voilá, o indicador de direção e velocidade do vento começou a funcionar. Fiquei com o joelho doendo depois dessa aventura, pois para me manter no lugar precisei travar o joelho embaixo de um brandal (cabo que sustenta o mastro lateralmente). Na hora da descida ainda perdi o meu chapéu... o vento levou e a rainha das aguas aceitou. Mais tarde descobri que o problema do cabo foi causado quando colocamos os parafusos do suporte do radar e inadvertidamente o furamos. Veja detalhes nas fotos a seguir:
Na sequencia o radar também não quis funcionar. O eletricista começou a dizer que o cabo também devia ter estragado na instalação do radar. Mas depois ele descobri que foi uma barbeiragem do eletrolento que não encaixou bem uma conexão. O sistema de navegação é integrado com os instrumentos do barco (isso é bom, mas ao mesmo tempo me preocupa no caso de falha). O GPS "dialoga" com os instrumentos do barco, piloto automático e com o radar e todas as informações podem ser apresentadas em uma única tela. De quebra tem vários manuais para aprender a usar o sistema da Raymarine. Bem, mas um passo de cada vez. No começo ele vai ser só um GPS de luxo com tela grande. A tela foi instalada em um suporte móvel na entrada do barco, dessa forma ela pode ser basculada para o cockpit ou para a mesa de navegação. O VHF já está funcionando e eu instalei uma lampada na popa do barco. Agora só falta a luz de deck e a de proa.
Na sexta feira eu removi as luzes internas no barco. Descobri, para minha tristeza, que todas as luminarias com luzes bicolores tinham pelo menos um led queimado. Isso deve ter sido causdo por algum dos raios que atingiu o barco durante os anos que ele passou abandonado aqui no rio. O eletricista levou uma das luminárias para ver se tem conserto. O marceneiro me ligou dizendo que as portas estão prontas. Como não dá para ir buscá-las de bicicleta, ele falou que vai trazê-las quando vier para essas bandas, só não pode garantir uma data.
Na sexta levei cano do Cerebro, do cara da fibra e do mecanico que vinha instalar o regulador novo. Por isso que tenho que começar a contagem regressiva. Além disso, os eletricistas precisam do gerador eólico instalado para fazer as conexões e eu preciso do piloto automático.
Devolvi a bússola e encomendei outra. No sábado de manhã fui pegar umas encomendas na West Marine. No final do dia ficamos limpando o barco que esava bem sujo com tanta madeira furada e restos de fios. Na noite de sábado fui com o imediato jantar e comemorar os resultados da semana. Comi muito e fiquei empapuçado com a cerveja. Voltei cedo para o barco.
Hoje fiquei respondendo e-mails e esperando respostas de sms que nunca chegavam. Então fui fazer coisas práticas como revomover fios do compartimento do motor, inspecionar o espaço da geladeira. Descobri um pequeno vazemento no sistema de esgoto da pia da cozinha. Precismos consertar isso antes de partir. E gastei muito tempo tentando fazer o acendimento eletrico do fogão funcionar. O fogão está funcionando, mas só liga com fósforo... o botão de acendimento não está respondendo, apesar de eu ter instalado uma caixa de pilha nova nele. No final da tarde removi as ferragens de sustentação das redes e depois, com a ajuda do imediato pegamos as medidas para encomendar os novos cabos. Deixei tudo com a mulher do rigger.
O imediato tirou o dia de folga. Está certo, afinal essa batalha é minha, ele é o coadjuvante. Achei até engraçado ele comentar comigo como ele fica impressionado com o brilho que surge nos meus olhos quando eu falo da viagem e da energia que eu tenho para tocar essa reforma. No finalzinho do dia ele me chamou para ir assitir um showzinho de rock promovido por um grupo de motociclistas locais. Na verdade era um encontro e motociclistas "da melhor idade", tinha até bingo, mas todo mundo com Harleys e roupa de couro. Foi bom escutar os tiozinhos tocando R&R, não só dos anos 60 e 70, mas também dos 80 e 90.
Agora no final da noite fiquei separando umas fotos que colocarei em outros posts.
Dedos cruzados galera, a hora está chegando.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Dois para frente, um para trás
Acho que já usei esse título em um post anterior, mas (re)escrevi isso porque ele foi dito hoje pelo eletricista. É inegável que o barco avançou muito nessas duas semanas, mas nesses últimos dois dias rolaram uns retrocessos que diminuem o brilho das vitórias.
Vamos começar pelas coisas chatas. A novela do motor está quase encerrada, infelizmente com mais um capitulo decepcionante. Depois de consertar o alternador e eu o colocar no lugar, o mecânicou finalmente veio fazer a instalação. Descobriu que o regulador estava quebrado. Como o barco tinha dois reguladores (o motor tinha um outro alternador, mais pontente, instalado que também não funcionava) o mecânicou levou os dois para ver se dava jeito. Infelizmente ele me ligou hoje dizendo que não tinha conserto. Não me surpreende. Como J falou essas coisas são sensíveis e provavelmente estariam comprometidas. Vou comprar um mais simples, da mesma marca, para evitar ter que trocar ainda mais peças. O mecânico irá aproveitar para verificar a fiação atual e simplificá-la.
O imediato conseguiu remover o outro painel solar hoje. Esse também não funcionava. Devia gerar pelo menos 17 volts. Um gerava 12 e o outro gerava 10. O eletricista falou que eu posso tentar abrir e descobrir qual conexão está com defeito e consertá-la. Mas não é garantido que eu vá localizar o problema e muito menos consérta-lo.
Para completar umas meia vitórias: uma das luzes internas do barco acendeu, mas só acendeu a luz vermelha (barcos geralmente tem um circuito com luzes vermelhas para uso noturno e luzes brancas normais). Um dos leds brancos da luminária estava queimado, por isso só funcionava a luz vermelha.
Percebi hoje que comprei o modelo da bussola errado... o site da Defender não tinha uma boa descrição o que me levou a pensar que fosse uma bússola de painel e de antepara. Só hoje, falando com o serviço de atendimento ao cliente que descobri que é um ou outro. Vou ter que enviar de volta, comprar uma nova e aguardar o reembolso.
Os instrumentos de navegação foram instalados. Aleluia!!! A sonda e o velocimentro funcionam. Infelizmente o indicador de vento se recusou a funcionar. O eletricista disse que existe um curto em algum lugar do mastro. só para lembrar que o sensor está lá na ponta, a 15 metros de altura. Vai ser preciso ver o que está acontecendo.
Os pontos positivos é que as luzes de navegação já estão no lugar; o imediato conseguiu desmontar o resto das peças que ainda estavam dentro da geladeira; e ontem ele deu um mergulho para limpar o casco e tirar a parte superficial do limo e sujeira aderida.
Nesse meio tempo estou removendo fios velhos da cabine de popa... tentando simplificar as coisas. Outra tarefa importante é ver o que ainda resta por fazer. O barco agora tem uma tomada 110 V lá atrás e recebeu novos fios para o painel solar traseiro. Ontem o eletrolento fez 5 furos grandes no barco (além dos vários furos pequenos que ele já fez para passar fios). Foram os furos para passar os instrumentos. Uma dor no coração a cada furo. Pelos menos tudo saiu bem e hoje de manhã eu vedei os furos com silicone.
Ontem meu primo me passou o layout do nome anjin. Quando bater o martelo eu passo para vocês. E hoje eu enviei os documentos para consularizar no departamento de estado dos EUA e da Flórida. Preferi fazer isso do que enviar para o consulado. O departamento de estados dos EUA cobra 8,00 por documento, o da Florida 10,00 e o consulado do Panamá 50,00. Espero qeu tudo corra bem e sem nenhuma surpresa.
Nesse fim de semana postarei algumas fotos!
Agora entrou um vento norte e o barco começou a balançar forte. Até a próxima
Vamos começar pelas coisas chatas. A novela do motor está quase encerrada, infelizmente com mais um capitulo decepcionante. Depois de consertar o alternador e eu o colocar no lugar, o mecânicou finalmente veio fazer a instalação. Descobriu que o regulador estava quebrado. Como o barco tinha dois reguladores (o motor tinha um outro alternador, mais pontente, instalado que também não funcionava) o mecânicou levou os dois para ver se dava jeito. Infelizmente ele me ligou hoje dizendo que não tinha conserto. Não me surpreende. Como J falou essas coisas são sensíveis e provavelmente estariam comprometidas. Vou comprar um mais simples, da mesma marca, para evitar ter que trocar ainda mais peças. O mecânico irá aproveitar para verificar a fiação atual e simplificá-la.
O imediato conseguiu remover o outro painel solar hoje. Esse também não funcionava. Devia gerar pelo menos 17 volts. Um gerava 12 e o outro gerava 10. O eletricista falou que eu posso tentar abrir e descobrir qual conexão está com defeito e consertá-la. Mas não é garantido que eu vá localizar o problema e muito menos consérta-lo.
Para completar umas meia vitórias: uma das luzes internas do barco acendeu, mas só acendeu a luz vermelha (barcos geralmente tem um circuito com luzes vermelhas para uso noturno e luzes brancas normais). Um dos leds brancos da luminária estava queimado, por isso só funcionava a luz vermelha.
Percebi hoje que comprei o modelo da bussola errado... o site da Defender não tinha uma boa descrição o que me levou a pensar que fosse uma bússola de painel e de antepara. Só hoje, falando com o serviço de atendimento ao cliente que descobri que é um ou outro. Vou ter que enviar de volta, comprar uma nova e aguardar o reembolso.
Os instrumentos de navegação foram instalados. Aleluia!!! A sonda e o velocimentro funcionam. Infelizmente o indicador de vento se recusou a funcionar. O eletricista disse que existe um curto em algum lugar do mastro. só para lembrar que o sensor está lá na ponta, a 15 metros de altura. Vai ser preciso ver o que está acontecendo.
Os pontos positivos é que as luzes de navegação já estão no lugar; o imediato conseguiu desmontar o resto das peças que ainda estavam dentro da geladeira; e ontem ele deu um mergulho para limpar o casco e tirar a parte superficial do limo e sujeira aderida.
Nesse meio tempo estou removendo fios velhos da cabine de popa... tentando simplificar as coisas. Outra tarefa importante é ver o que ainda resta por fazer. O barco agora tem uma tomada 110 V lá atrás e recebeu novos fios para o painel solar traseiro. Ontem o eletrolento fez 5 furos grandes no barco (além dos vários furos pequenos que ele já fez para passar fios). Foram os furos para passar os instrumentos. Uma dor no coração a cada furo. Pelos menos tudo saiu bem e hoje de manhã eu vedei os furos com silicone.
Ontem meu primo me passou o layout do nome anjin. Quando bater o martelo eu passo para vocês. E hoje eu enviei os documentos para consularizar no departamento de estado dos EUA e da Flórida. Preferi fazer isso do que enviar para o consulado. O departamento de estados dos EUA cobra 8,00 por documento, o da Florida 10,00 e o consulado do Panamá 50,00. Espero qeu tudo corra bem e sem nenhuma surpresa.
Nesse fim de semana postarei algumas fotos!
Agora entrou um vento norte e o barco começou a balançar forte. Até a próxima
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Vamos que vamos
Esses dois dias foram muito corridos. Muita coisa aconteceu no barco, especialmente na parte elétrica.
Ontem tive uma conversa longa com o eletricista chefe. Ele me falou que não dá para reduzir o preço pois a instalação das bombas e dos alarmes partiu do nada e o tempo de serviço seria o mesmo para um barco zero ou para o meu. Eu não comi muito essa história mas não tenho alternativa, principalmente porque a alternativa é o Cérebro, que deu uma sumida. Entretanto, o eletricista chefe e o eletrolento fizeram um trabalho conjunto ontem e ligaram as luzes do mastro. Grande progresso, principalmente porque fizeram uma caixa de conexão (se for preciso remover o mastro não será preciso cortar os fios). Agora a luz de tope funciona. A luz de cruzeta ainda não funciona porque está sem lâmpada. Já a luz de motorização não funciona por razões desconhecidas.
Enquanto os eletricistas trabalhavam no mastro ontem, o Alvaro e eu brígavamos para tentar remover os paíneis solares da proa. O painel de popa, que removi no domingo, estava funcionando direito, o único problema foi que a fiação foi detonada pelo sol. A troca de fios resolverá o problema. Já os painéis da frente são uma incognita. Cada um está preso por 14 parafusos mais uma cola que para soltar precisa de pé de cabra e muita força. O desafio é tentar tirar os painés sem danificar os cascos. Para complicar, descobri que os cascos laterais estavam com água (de chuva) dentro. Isso porque foi preciso rastejar até a frente do barco para acessar a porca dos parafuso (um trabalha do lado de fora e outro do lado de dentro). Terei que colocar alguma borracha de vedação para evitar esse tipo de problema. O Alvaro hoje lavou com um pano o interior do casco de bombordo (e usou uma bomba manual para drená-lo).
Hoje de manhã eu fui pagar os eletricistas. Acho que eles tem medo de eu dar o cano (ou ficar sem dinheiro) e pedem que eu pague o serviço a cada etapa completada. Como eles estão trabalhando direito (apesar de caro e devagar), não tenho objeções.
Por falar em trabalho, ontem o pessoal das velas veio aqui regular a mastreação. Enquanto eles regulavam o mastro eu aproveitei para lubrificar os parfusos de regulagem (Alvaro saiu com a bicicleta para recarregar meu celular e comprar comida). Voltando ao assunto da regulagem, me impressionou o sistema de regulagem que usa uma especie de dinamometro para verificar a tensão do cabo de aço. No Brasil a regulagem é feita batendo com uma chave de fenda no cabo de aço e escutando... Que diferença os estais ajustados... antes os cabos ficavam sambando, agora está tudo tenso. O único ponto negativo da visita foi que Don, o assistente do veleiro, escorregou de manhã e caiu entre o barco e o pier. Felizmente não aconteceu nada, mas ele ficou com as costelas doendo. Ele também subiu no mastro para regular os estais superiores e verificar os pinos e contrapinos. Aproveitei a viagem para pedir para instalar o refletor de radar. Semana que vem eles vem para instalar as velas.
Hoje o eletricista instalou as lampadas de proa e de popa, a fiação para o painel solar da popa e da tomada na cabine de trás. O Alvaro e eu ajudamos a passar os diferentes fios pela cabine. O que mais me impressionou foi a técnica que o cara usou para passar um fio dentro do guarda corpo da proa: um fiozinho de nylon, um pedaço de plástico e um aspirador. Fiquei feliz de dar uma contribuição para o eletrolento que ajudou a finalizar o processo mais rapidamente.
Hoje também chegaram as redes do barco. Mas começou a chover e tive que parar o processo. Mais tarde chamei o cara que trabalha com mastreação que mora aqui na marina para fazer um orçamento para instalar os cabos de aço para as redes. Tive uma proveitosa conversa com ele, apesar de ele ter listado uma sére de atividades que demandarão ainda mais tempo.
E por falar em final de tarde, liguei para um monte de gente hoje para tentar resolver pendências (o cara do alternador, o cara da fibra, o Cérebro, o cara da geladeira, o corretor). E quando pensei que o dia tivesse acabado, tivemos que ir agora de noite em um loja de eletrônicos para comprar umas peças para o barco. Resultado: só voltamos às 2130. Dia longo hoje. Mais umas dezenas desses e vai dar para fazer muitos progressos e começar a viagem.
Ontem tive uma conversa longa com o eletricista chefe. Ele me falou que não dá para reduzir o preço pois a instalação das bombas e dos alarmes partiu do nada e o tempo de serviço seria o mesmo para um barco zero ou para o meu. Eu não comi muito essa história mas não tenho alternativa, principalmente porque a alternativa é o Cérebro, que deu uma sumida. Entretanto, o eletricista chefe e o eletrolento fizeram um trabalho conjunto ontem e ligaram as luzes do mastro. Grande progresso, principalmente porque fizeram uma caixa de conexão (se for preciso remover o mastro não será preciso cortar os fios). Agora a luz de tope funciona. A luz de cruzeta ainda não funciona porque está sem lâmpada. Já a luz de motorização não funciona por razões desconhecidas.
Enquanto os eletricistas trabalhavam no mastro ontem, o Alvaro e eu brígavamos para tentar remover os paíneis solares da proa. O painel de popa, que removi no domingo, estava funcionando direito, o único problema foi que a fiação foi detonada pelo sol. A troca de fios resolverá o problema. Já os painéis da frente são uma incognita. Cada um está preso por 14 parafusos mais uma cola que para soltar precisa de pé de cabra e muita força. O desafio é tentar tirar os painés sem danificar os cascos. Para complicar, descobri que os cascos laterais estavam com água (de chuva) dentro. Isso porque foi preciso rastejar até a frente do barco para acessar a porca dos parafuso (um trabalha do lado de fora e outro do lado de dentro). Terei que colocar alguma borracha de vedação para evitar esse tipo de problema. O Alvaro hoje lavou com um pano o interior do casco de bombordo (e usou uma bomba manual para drená-lo).
Hoje de manhã eu fui pagar os eletricistas. Acho que eles tem medo de eu dar o cano (ou ficar sem dinheiro) e pedem que eu pague o serviço a cada etapa completada. Como eles estão trabalhando direito (apesar de caro e devagar), não tenho objeções.
Por falar em trabalho, ontem o pessoal das velas veio aqui regular a mastreação. Enquanto eles regulavam o mastro eu aproveitei para lubrificar os parfusos de regulagem (Alvaro saiu com a bicicleta para recarregar meu celular e comprar comida). Voltando ao assunto da regulagem, me impressionou o sistema de regulagem que usa uma especie de dinamometro para verificar a tensão do cabo de aço. No Brasil a regulagem é feita batendo com uma chave de fenda no cabo de aço e escutando... Que diferença os estais ajustados... antes os cabos ficavam sambando, agora está tudo tenso. O único ponto negativo da visita foi que Don, o assistente do veleiro, escorregou de manhã e caiu entre o barco e o pier. Felizmente não aconteceu nada, mas ele ficou com as costelas doendo. Ele também subiu no mastro para regular os estais superiores e verificar os pinos e contrapinos. Aproveitei a viagem para pedir para instalar o refletor de radar. Semana que vem eles vem para instalar as velas.
Hoje o eletricista instalou as lampadas de proa e de popa, a fiação para o painel solar da popa e da tomada na cabine de trás. O Alvaro e eu ajudamos a passar os diferentes fios pela cabine. O que mais me impressionou foi a técnica que o cara usou para passar um fio dentro do guarda corpo da proa: um fiozinho de nylon, um pedaço de plástico e um aspirador. Fiquei feliz de dar uma contribuição para o eletrolento que ajudou a finalizar o processo mais rapidamente.
Hoje também chegaram as redes do barco. Mas começou a chover e tive que parar o processo. Mais tarde chamei o cara que trabalha com mastreação que mora aqui na marina para fazer um orçamento para instalar os cabos de aço para as redes. Tive uma proveitosa conversa com ele, apesar de ele ter listado uma sére de atividades que demandarão ainda mais tempo.
E por falar em final de tarde, liguei para um monte de gente hoje para tentar resolver pendências (o cara do alternador, o cara da fibra, o Cérebro, o cara da geladeira, o corretor). E quando pensei que o dia tivesse acabado, tivemos que ir agora de noite em um loja de eletrônicos para comprar umas peças para o barco. Resultado: só voltamos às 2130. Dia longo hoje. Mais umas dezenas desses e vai dar para fazer muitos progressos e começar a viagem.
domingo, 13 de novembro de 2011
Upgrades
Progressos no anjin. O assistente do eletricista passou uma semana no barco (30 horas de serviço para ser mais exato) que custarão uma fortuna. Agora tenho as bombas de porão instaladas, um alarme para nível de agua, fiação para a geladeira e para a bomba de pressão e o sitema elétrico da válvula de gás funcionando. Parece muito, mas para todo esse tempo de serviço é muito pouco. Vou conversar isso com o chefe dele amanhã. O assistente não é nem preguiçoso, só acho ele devagar.
Na sexta tentei ir pagar uma conta e dei de cara com o correio fechado. Achei que fossem mais cortes por causa dos problemas de caixa da organização. Foi só quando cheguei ao banco (que também estava fechado) descobri que era dia dos veteranos. Não me restou opção exceto ir para o barco e ajudar o eletricista. Também enviei para o meu primo uma proposta de layout para o nome do barco.
Ainda na sexta de manhã, enquanto lavava roupa, tive uma longa conversa com um dos funcionários da marina. Ele passa seis meses por ano nas Bahamas. Me deu muitas dicas e também me emprestou dois livros de navegação para as ilhas. Muito valiosas as informações.
No final do dia contratei o assistente do eletricista para me levar até a West Marine para pegar umas encomendas Na volta fui para uma festa de congraçamento do pessoal da marina. Fiquei meio deslocado. Tinha chegado com mais de uma hora de atraso e os grupinhos já estavam formados. Para complicar muita gente estava comendo e em grupinhos. Dei uma saída para trocar uns sms com J e depois voltei. Por sorte quando retornei encontrei o casal do outro trimarã e colei neles. Fiquei conversando com o Greg, o marido, por um bom tempo. No final fomos expulsos da festa (as 20:00) e fomos para o barco deles conversar. Eles tem um Corsair 36. Depois eles fizeram uma breve visita para conhecer meu barco. As 2200 eu já estava deitado.
O eletricista, o eletrolento de acordo com J, veio aqui de novo no sábado para terminar as instalações. Peguei uma carona, de novo, com ele até a loja da West Marine para pegar uma caixa com as ferragens de sustentação da torre do gerador eólico que esqueceram de me entregar no dia anterior. Paguei o eletricista com o compressor velho da geladeira. Depois fui para o mercado tentar mudar meu plano do celular e comprar roupas de cama e toalhas.
Para minha surpresa, o Alvaro apareceu mais cedo do que o esperado. Mostrei o barco, demos uma conversada e depois fomos jantar. Na volta paramos no pub e descobrimos que esava rolando um show de rockabillie. O power trio, the Blast Offs, era um cara com topete e uma guitarra vermelha que parecia um cadillac; uma baixista com uma pinup tatuada no braço; e um baterista com cara de bom moço. O show foi bom, apesar do vocalista forçar muito a barra.
Hoje de manhã fizemos uma lista de tarefas e dividimos as responsabilidades. Fiquei contente em ver que o Alvaro chegou cheio de energia. Juntos nós ficamos estudando possibilidades de onde instalar o gerador eolico. Em seguida ele foi limpar e secar o casco de boreste (direita) enquanto eu limpava o porão do motor. De tarde ele drenou a geladeira enquanto eu desmontava o painel solar do barco. Um evento inesperado hoje foi a vista do marcEneiro que veio medir as portas que encomendei.
Agora a noite fomos para um restaurante tailandes. Sem luz dentro do barco não dá para adiantar as obras da refomra. Então a estratégia é domrir cdo (ele) e amanhã acordar para começar a resover as cosas. Melhor eu para de escrevere ir para minha soneca. Tchau
Na sexta tentei ir pagar uma conta e dei de cara com o correio fechado. Achei que fossem mais cortes por causa dos problemas de caixa da organização. Foi só quando cheguei ao banco (que também estava fechado) descobri que era dia dos veteranos. Não me restou opção exceto ir para o barco e ajudar o eletricista. Também enviei para o meu primo uma proposta de layout para o nome do barco.
Ainda na sexta de manhã, enquanto lavava roupa, tive uma longa conversa com um dos funcionários da marina. Ele passa seis meses por ano nas Bahamas. Me deu muitas dicas e também me emprestou dois livros de navegação para as ilhas. Muito valiosas as informações.
No final do dia contratei o assistente do eletricista para me levar até a West Marine para pegar umas encomendas Na volta fui para uma festa de congraçamento do pessoal da marina. Fiquei meio deslocado. Tinha chegado com mais de uma hora de atraso e os grupinhos já estavam formados. Para complicar muita gente estava comendo e em grupinhos. Dei uma saída para trocar uns sms com J e depois voltei. Por sorte quando retornei encontrei o casal do outro trimarã e colei neles. Fiquei conversando com o Greg, o marido, por um bom tempo. No final fomos expulsos da festa (as 20:00) e fomos para o barco deles conversar. Eles tem um Corsair 36. Depois eles fizeram uma breve visita para conhecer meu barco. As 2200 eu já estava deitado.
O eletricista, o eletrolento de acordo com J, veio aqui de novo no sábado para terminar as instalações. Peguei uma carona, de novo, com ele até a loja da West Marine para pegar uma caixa com as ferragens de sustentação da torre do gerador eólico que esqueceram de me entregar no dia anterior. Paguei o eletricista com o compressor velho da geladeira. Depois fui para o mercado tentar mudar meu plano do celular e comprar roupas de cama e toalhas.
Para minha surpresa, o Alvaro apareceu mais cedo do que o esperado. Mostrei o barco, demos uma conversada e depois fomos jantar. Na volta paramos no pub e descobrimos que esava rolando um show de rockabillie. O power trio, the Blast Offs, era um cara com topete e uma guitarra vermelha que parecia um cadillac; uma baixista com uma pinup tatuada no braço; e um baterista com cara de bom moço. O show foi bom, apesar do vocalista forçar muito a barra.
Hoje de manhã fizemos uma lista de tarefas e dividimos as responsabilidades. Fiquei contente em ver que o Alvaro chegou cheio de energia. Juntos nós ficamos estudando possibilidades de onde instalar o gerador eolico. Em seguida ele foi limpar e secar o casco de boreste (direita) enquanto eu limpava o porão do motor. De tarde ele drenou a geladeira enquanto eu desmontava o painel solar do barco. Um evento inesperado hoje foi a vista do marcEneiro que veio medir as portas que encomendei.
Agora a noite fomos para um restaurante tailandes. Sem luz dentro do barco não dá para adiantar as obras da refomra. Então a estratégia é domrir cdo (ele) e amanhã acordar para começar a resover as cosas. Melhor eu para de escrevere ir para minha soneca. Tchau
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Pressão
A expressão "mar de almirante" é utilizada para descrever um mar calmo, sem ondas. Pois bem, hoje é uma noite com mar (ou rio) de almirante... nas águas escuras se vê por todo o lado o reflexo prateado da lua cheia espelhada no rio. Isso é uma coisa engraçada da água... ela não guarda rancor nem memória. Ontem o vento estava forte e havia muitas ondas no cais. O barco balançava forte e era possível escutar as amarras rangendo por causa do esforço. Mas hoje o dia foi completamente diferente. Calmo e com pouco vento. A procissão de barcos no canal navegava devagar, apelando para mais velas ou motor.
Ontem à noite eu tive uma provencial conversa com o Felipón. Foi importante para mim para refletir sobre o que está acontecendo. Nessa semana eu consegui discutir com J quase todos os dias; na semana passada fui grosso com minha mãe e por aí vai. Acho que estou descontando nos outros as frustrações da reforma. E o pior é que é justamente com as pessoas que mais me querem bem. Mas tomei umas decisões: vou tentar falar mais com meus/mihas amigas para não sobrecarregar tanto J. Óbvio que também preciso me policiar e ser mais flexível.
Hoje de manhã Breu me ligou... acho que ele ficou meio preocupado. Conversamos e também tivemos um chat. Está claro que minha maior frustração é com os prestadores de serviço sobre os quais não tenho nenhum poder. Meu único trunfo, pagar os caras, parece não ter muito efeito porque o corpo mole persiste mesmo sem pagamento.
Ontem a mulher do sofá apareceu e trouxe a almofada que faltava. Isso depois de uma semana me dando cano. Ainda ficou faltando colocar uns botões de pressão na parede para manter as almofadas no lugar, mas como o espaço estava tomado por eletrônicos e material elétrico e o eletricista estava dentro do barco, ela ficou de voltra outro dia para terminar o serviço.
O cara da fibra apareceu aqui ontem. Percebeu que o problema da gaiuta da frente não é tão simples e saiu a procura de novos rebites e uma rebitadeira para colocar a peça no lugar. Confesso que rolou um grande deja-vu poruqe eu tentei 3 tipos de rebites diferentes e sem sucesso. Entretanto, aparentemte ele conseguiu uns rebites do tamanho melhor do que os que eu tentei. Mas ele explicou que não dava para trabalhar no barco com todo aquele balanço e foi-se embora. Apareceu rapidamente, hoje, para entregar umas peças que o Cérebro pediu que ele me passasse.
O eletricista passou mais dois dias no barco e não progrediu tanto. Pedi para ele mudar os fios de lugar, tirando do meio da antepara. Ele instalou um novo automático para a bomba do compartimento do motor e um sensor de nível de água. Passou os fios das bombas de porão e instalou os controles. Hoje ele instalou o sensor de nível de água no compartimento central e fez umas mudanças pequenas no painel, mas para isso ele gastou meio dia. Dureza... isso (re)começou a andar muito devagar. Acho que vou ter que falar com o chefe dele sobre isso.
O mecânico apareceu hoje para instalar a nova valvula de retorno do diesel e recolocou a alavanca de comando do combustível. O serviço dele até que foi rápido, mas o preço das partes foi alto e o cara atrasou 7 horas (isso depois de eu ligar para reclamar).
Surpreendentemente o cara que eu encomendei as redes tomou a iniciativa de aparecer no barco hoje e mediu as coisas. Ele me ligou hoje de manhã perguntando pelos angulos do barco. Eu expliquei para ele que não tinha como medir isso e ele falou que era para ligar que ele viria aqui. Surpreendentemente o cara deu as caras.
Passei algumas horas com o veleiro hoje de manhã. Encomendei as ferragens para instalar no deck e conversamos sobre opções de instalação. As peças devem chegar em 5 dias, espero que até lá essa novela dos eletricistas esteja no fim.
Ah, e uma outra surpresa foi que meu imediato não apareceu. Ele mandou um e-mail falando que teve problemas com o aluguel do carro. Incrível como essas coisas sempre acontecem quando precisamos de ajuda. Durante a tarde fui esfregar o casco para remover o limo que começou a acumular. O problema do limo é que ele cria uma barreira sobre a tinta-venenosa que permite a instalação das cracas. E eu não quero isso. No próximo dia calmo devo entrar na água para dar uma limpada no casco com uma esponja.
No final do dia fui tomar uma cerveja com o eletricista. Ficamos conversando sobre velejar até as Bahamas e ele me deu umas dicas para final do ano. Aos poucos estou colecionando dicas. Acho que tenho que separar um caderninho para essas coisas. Quero deixar para trás essa história de papo de boteco sobre vela e partir para a ação.
Ontem à noite eu tive uma provencial conversa com o Felipón. Foi importante para mim para refletir sobre o que está acontecendo. Nessa semana eu consegui discutir com J quase todos os dias; na semana passada fui grosso com minha mãe e por aí vai. Acho que estou descontando nos outros as frustrações da reforma. E o pior é que é justamente com as pessoas que mais me querem bem. Mas tomei umas decisões: vou tentar falar mais com meus/mihas amigas para não sobrecarregar tanto J. Óbvio que também preciso me policiar e ser mais flexível.
Hoje de manhã Breu me ligou... acho que ele ficou meio preocupado. Conversamos e também tivemos um chat. Está claro que minha maior frustração é com os prestadores de serviço sobre os quais não tenho nenhum poder. Meu único trunfo, pagar os caras, parece não ter muito efeito porque o corpo mole persiste mesmo sem pagamento.
Ontem a mulher do sofá apareceu e trouxe a almofada que faltava. Isso depois de uma semana me dando cano. Ainda ficou faltando colocar uns botões de pressão na parede para manter as almofadas no lugar, mas como o espaço estava tomado por eletrônicos e material elétrico e o eletricista estava dentro do barco, ela ficou de voltra outro dia para terminar o serviço.
O cara da fibra apareceu aqui ontem. Percebeu que o problema da gaiuta da frente não é tão simples e saiu a procura de novos rebites e uma rebitadeira para colocar a peça no lugar. Confesso que rolou um grande deja-vu poruqe eu tentei 3 tipos de rebites diferentes e sem sucesso. Entretanto, aparentemte ele conseguiu uns rebites do tamanho melhor do que os que eu tentei. Mas ele explicou que não dava para trabalhar no barco com todo aquele balanço e foi-se embora. Apareceu rapidamente, hoje, para entregar umas peças que o Cérebro pediu que ele me passasse.
O eletricista passou mais dois dias no barco e não progrediu tanto. Pedi para ele mudar os fios de lugar, tirando do meio da antepara. Ele instalou um novo automático para a bomba do compartimento do motor e um sensor de nível de água. Passou os fios das bombas de porão e instalou os controles. Hoje ele instalou o sensor de nível de água no compartimento central e fez umas mudanças pequenas no painel, mas para isso ele gastou meio dia. Dureza... isso (re)começou a andar muito devagar. Acho que vou ter que falar com o chefe dele sobre isso.
O mecânico apareceu hoje para instalar a nova valvula de retorno do diesel e recolocou a alavanca de comando do combustível. O serviço dele até que foi rápido, mas o preço das partes foi alto e o cara atrasou 7 horas (isso depois de eu ligar para reclamar).
Surpreendentemente o cara que eu encomendei as redes tomou a iniciativa de aparecer no barco hoje e mediu as coisas. Ele me ligou hoje de manhã perguntando pelos angulos do barco. Eu expliquei para ele que não tinha como medir isso e ele falou que era para ligar que ele viria aqui. Surpreendentemente o cara deu as caras.
Passei algumas horas com o veleiro hoje de manhã. Encomendei as ferragens para instalar no deck e conversamos sobre opções de instalação. As peças devem chegar em 5 dias, espero que até lá essa novela dos eletricistas esteja no fim.
Ah, e uma outra surpresa foi que meu imediato não apareceu. Ele mandou um e-mail falando que teve problemas com o aluguel do carro. Incrível como essas coisas sempre acontecem quando precisamos de ajuda. Durante a tarde fui esfregar o casco para remover o limo que começou a acumular. O problema do limo é que ele cria uma barreira sobre a tinta-venenosa que permite a instalação das cracas. E eu não quero isso. No próximo dia calmo devo entrar na água para dar uma limpada no casco com uma esponja.
No final do dia fui tomar uma cerveja com o eletricista. Ficamos conversando sobre velejar até as Bahamas e ele me deu umas dicas para final do ano. Aos poucos estou colecionando dicas. Acho que tenho que separar um caderninho para essas coisas. Quero deixar para trás essa história de papo de boteco sobre vela e partir para a ação.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Engrenando?
Obrigado pelo apoio recebido nesses ultimos dias sobre meu ultimo post. Como falei, não é nada para desespero, somente para entender o que acontece por aqui.
Já que eu falava de desespero, a boa notícia é que os eletricistas apareceram aqui ontem, aleluia. Para falar a verdade, apareceu até mais gente que eu imaginava. O Cérebro apareceu para pegar o motor do piloto automático e mais tarde o novo eletricista e seu assistente deram as caras novamente. Passaram duas horas examinando a instalação elétrica, verificando fios, testando a corrente. A boa notícia é que eles parabenizaram a instalação elétrica do barco qe segundo eles foi, na maior parte, bem feita. Com isso eles disseram que dará para fazer o serviço de maneira mais rápida.
Na manhã de ontem eu passei uma parte considerável do tempo arrumando a cabine de popa. Mas para variar, sempre existem os problemas. Os eletricistas disseram que estariam aqui as 0900 e só apareceram às 1400. E eu fico de bobo esperando alguém aparecer e sem poder sair. A mulher do sofá bateu todos os recordes de cano, pois não deu as caras desde que cheguei, apesar de ter passado na loja dela na terça passada. Tudo bem que ontem eu, preocupado com a parte elétrica, esqueci de falar com ela. Hoje pela manhã ela me garantiu que estaria aqui mas não apareceu, mais uma vez. Também levei um cano do cara da fibra, que não pode vir ontem por causa da chuva mas hoje não deu as caras, apesar de ter dito ao telefone que viria aqui. Além disso, o mecânico novo ligou pedindo desculpas porque as peças não tinham chegado. Ou seja, fiquei por conta da parte elétrica.
O assistente do novo eletricista passou o dia no barco. Colocou a fiação para duas bombas de porão, para a geladeira e fez a central de gás funcionar. Queria que fosse mais rápido, mas paciência (para mim). Olhando depois que ele saiu não gostei da posição em que ficaram os novos fios, ficou um lance meio estranho, no meio da antepara... veremos o que fazer depois.
Pensei que minhas compras já estavam terminadas mas esqueci que ainda precisava comprar uma bússola, bomba de pressão para água doce, tanques e um suporte para o radar. Também comprei um casaco a prova dagua novo pois o meu anterior, por armazenamento incorreto, perdeu a impermeabilização. E por experiência própria sei que um bom casaco vale ouro. Se fosse velejar mais ao sul, compraria um casaco profissional, mas como a maior parte do trajeto será em águas tropicais eu comprei um bom casco offshore da Helly Hansen.
Também recebi notícias boas sobre a tripulação. Acho que em breve teremos mais uma pessoa a bordo. Isso também deverá ajudar a reforma e à data de partida.
Por falar em partida, tem soprado um bom vento de manhã e o trânsito de barcos no rio velejando ao sul é enorme. Só ontem 8 barcos passaram a noite na marina indo para o Sul. Hoje foram 4. Barcos chegam no final do dia. A tripulação sai para jantar nos restaurantes aqui perto, usam as máquinas de lavar e secar e partem cedo no dia seguinte. Quero fazer logo isso. A maior parte delas vai para Key West ou Bahamas. Alguns se aventuram mais longe, para o resto do Caribe. Outros não passam de Miami. Vale explicar que esse "trânsito" aqui se deve ao fato do rio aqui ser um trecho da Intracoastal WATERWAY (vc estava certa, J). Mais info aqui. A ICW é uma boa maneira de evitar as correntes e ondas do mar (mas como eu falei, aqui no rio certas horas rola ondas ruins). O problema é que tem algumas pontes que dão trabalho para os veleiros. Outro fator que explica esse fluxo ampliado de embarcações é que para efeitos de seguro já acabou a temporada de furacões.
Mas meus primeiros testes serão por aqui, na ICW. Espero em breve poder escrever um post sobre isso.
Ah, e gostaria de agradecer a Pasqualibreu por apontar minha ignorância e ter maltratado os olhos de vocês escrevendo marcineiro ao invés de marceneiro.
Abraços,
MP
Já que eu falava de desespero, a boa notícia é que os eletricistas apareceram aqui ontem, aleluia. Para falar a verdade, apareceu até mais gente que eu imaginava. O Cérebro apareceu para pegar o motor do piloto automático e mais tarde o novo eletricista e seu assistente deram as caras novamente. Passaram duas horas examinando a instalação elétrica, verificando fios, testando a corrente. A boa notícia é que eles parabenizaram a instalação elétrica do barco qe segundo eles foi, na maior parte, bem feita. Com isso eles disseram que dará para fazer o serviço de maneira mais rápida.
Na manhã de ontem eu passei uma parte considerável do tempo arrumando a cabine de popa. Mas para variar, sempre existem os problemas. Os eletricistas disseram que estariam aqui as 0900 e só apareceram às 1400. E eu fico de bobo esperando alguém aparecer e sem poder sair. A mulher do sofá bateu todos os recordes de cano, pois não deu as caras desde que cheguei, apesar de ter passado na loja dela na terça passada. Tudo bem que ontem eu, preocupado com a parte elétrica, esqueci de falar com ela. Hoje pela manhã ela me garantiu que estaria aqui mas não apareceu, mais uma vez. Também levei um cano do cara da fibra, que não pode vir ontem por causa da chuva mas hoje não deu as caras, apesar de ter dito ao telefone que viria aqui. Além disso, o mecânico novo ligou pedindo desculpas porque as peças não tinham chegado. Ou seja, fiquei por conta da parte elétrica.
O assistente do novo eletricista passou o dia no barco. Colocou a fiação para duas bombas de porão, para a geladeira e fez a central de gás funcionar. Queria que fosse mais rápido, mas paciência (para mim). Olhando depois que ele saiu não gostei da posição em que ficaram os novos fios, ficou um lance meio estranho, no meio da antepara... veremos o que fazer depois.
Pensei que minhas compras já estavam terminadas mas esqueci que ainda precisava comprar uma bússola, bomba de pressão para água doce, tanques e um suporte para o radar. Também comprei um casaco a prova dagua novo pois o meu anterior, por armazenamento incorreto, perdeu a impermeabilização. E por experiência própria sei que um bom casaco vale ouro. Se fosse velejar mais ao sul, compraria um casaco profissional, mas como a maior parte do trajeto será em águas tropicais eu comprei um bom casco offshore da Helly Hansen.
Também recebi notícias boas sobre a tripulação. Acho que em breve teremos mais uma pessoa a bordo. Isso também deverá ajudar a reforma e à data de partida.
Por falar em partida, tem soprado um bom vento de manhã e o trânsito de barcos no rio velejando ao sul é enorme. Só ontem 8 barcos passaram a noite na marina indo para o Sul. Hoje foram 4. Barcos chegam no final do dia. A tripulação sai para jantar nos restaurantes aqui perto, usam as máquinas de lavar e secar e partem cedo no dia seguinte. Quero fazer logo isso. A maior parte delas vai para Key West ou Bahamas. Alguns se aventuram mais longe, para o resto do Caribe. Outros não passam de Miami. Vale explicar que esse "trânsito" aqui se deve ao fato do rio aqui ser um trecho da Intracoastal WATERWAY (vc estava certa, J). Mais info aqui. A ICW é uma boa maneira de evitar as correntes e ondas do mar (mas como eu falei, aqui no rio certas horas rola ondas ruins). O problema é que tem algumas pontes que dão trabalho para os veleiros. Outro fator que explica esse fluxo ampliado de embarcações é que para efeitos de seguro já acabou a temporada de furacões.
Mas meus primeiros testes serão por aqui, na ICW. Espero em breve poder escrever um post sobre isso.
Ah, e gostaria de agradecer a Pasqualibreu por apontar minha ignorância e ter maltratado os olhos de vocês escrevendo marcineiro ao invés de marceneiro.
Abraços,
MP
domingo, 6 de novembro de 2011
Meio aniversário
Ontem completou seis meses que cheguei nos EUA para trabalhar no barco. Sei que devia ter ficado contente, exultante por ter chegado até aqui, por ter seguido o sonho. Mas na verdade fiquei meio de baixo astral. Teve uma combinação de fatores, mencionadas mais adiante, que levaram a esse estado, mas hoje estou melhor, felizmente. Não precisam se preocupar. Escrever esse post não foi fácil, pois sei que vai preocupar muita gente. Entretanto, quero poder no futuro olhar para trás e lembrar desse dia dificil. E de preferência rir dele. Serve também para lembrar, a mim inclusive, que isso aqui não é férias nem um mar de rosas.
O aniversário de seis meses aconteceu em um dia cinzento, chuvoso e com muito vento. Também fazia frio... nada que lembrava a Flórida de seis meses atrás. O lado bom da coisa é que agora não tem love bugs e quase nenhum inseto. Mas o vento forte zumbe na mastreação, cria ondas que faz você se perguntar se isso aqui é mesmo um rio. Rapidamente meu pequeno universo parece uma máquina de lavar daquelas com porta na frente: a onda me joga para o pier, as defensas e o pier jogam o barco para longe; aí pode ser que as amarras estiquem e puxem o barco de volta, ou pode ser que as ondas empurrem o barco de volta. Mas o pior é quando uma onda atinge o barco assim que ele começa a se afastar do pier. Ah, claro, nesse meio tempo o barco fica balançando para cima e para baixo. Como o pessoal daqui da marina diz, isso aqui é uma montanha russa com voltas ilimitadas.
Ontem aconteceu um fenômeno desses meio inexplicáveis. Umas ondas grandes surgiram do nada (imagino que foram ondas causadas por algum barco passando e foram vitaminadas pelo vento forte). Elas atingiram a marina e causaram um monte de problemas. anjin ganhou novas cicatrizes (e isso porque tinha um mecanico aqui na hora que ajudou a segurar o barco enquanto eu voava para colocar mais uma defensa entre barco e o pier). O catamarã na frente do meu quebrou a madeira que evitava ele esbarrar no pier e entortou umas peças. O barco atrás de mim, o Bejamin Constant do Luiz, quebrou a escada, e um monte de coisa saiu do lugar em outros barcos.
Enquanto o vento rugia e ondas surravam o casco do anjin aviões rasgavam o céu. Até pensei em ir para o show aéreo para me distrair, mas o dia cinzento, frio e molhado de 1/2 aniversário não me animou. De quebra, ontem os eletricistas vieram no barco. Sim, eu chamei outros eletricistas pois Pinky viajou novamente e o Cérebro está muito devagar. Os eletricistas novos me deram um choque de realidade ao falar que não dava para trabalhar no meu barco por causa da bagunça. Então passei ontem (e hoje) arrumando e limpando coisas. Vai facilitar a vida deles mas vai dificultar meu trabalho porque tive que guardar as ferramentas e coisas das outras reformas/consertos. Estou despindo um santo para vestir outro. Mas como preciso de ajuda para fazer essa parte elétrica, acho que vale o esforço de ter que desempacotar as coisas depois.
O resultado foi que ontem no final do dia eu estava cansado de arrumar coisas, ficar de olho no barco e nas ondas e de pensar que já passaram seis meses e eu ainda não consegui começar a viagem. A cabeça doia e imperava um sentimento de frustração. OK, passei mais de um mes fora do barco viajando, não chega a 6 meses de trabalho, mas de qualquer forma é mais tempo (e dinheiro) do que eu planejava. Tive uma conversa com J no final do dia que foi boa para colocar coisas em perspectiva. Mais adiante listarei os acertos e erros desse projeto. Mas um elemento fundamental e recorrente para os atrasos e minha frustração é a dificuldade com a mão de obra. Isso é uma praga que envolve todo mundo que tem barco. Infelizmente fiquei sabendo que aqui na Florida isso é muito pior que em outros locais. E entre os locais da Florida esse é um dos piores. Que azar!
Eu já devia estar preparado para isso por causa da minha experiência com o Mootley. Quando comprei o barco o pintor pediu um mês para fazer o serviço. Ele demorou 3 meses só para pintar o barco. E o barco só ficou pronto 13 meses depois de comprado!!!
Mas tudo bem, os progressos nesses ultimos dias foram: comprei uma balsa salva-vidas Zodiac Xtrem, um bote inflavel, motor de popa. Muita pesquisa envolvida para comprar esses produtos. O mais dificil foi a balsa. Não é uma coisa fácil a decisão de ter que abandonar o barco. Mas se isso acontecer, pelo menos que seja uma balsa com boas referências. De quebra, ela é super slim e aprovadas pela SOLAS (dá para usar na REFENO). O bote inflável Achilles, japonês, é de hypalon, um material mais resistente que o PVC e relativamente leve. E o motor de popa da Yamaha foi escolhido por duas razões: é provavelmete a marca que mais vende e ele pode ser guardado em apoiado em qualquer um dos 3 lados. Além dos aspectos consumista eu arranjei os eletricistas novos e um mecânico que vem resolver o problema dos filtros. Além disso acertei com o marcineiro vir aqui fazer uma porta para o banheiro e outra para o compartimento do motor.
Acho que essa será uma semana de grandes progressos. Vamos que vamos. Manterei vocês informados.
O aniversário de seis meses aconteceu em um dia cinzento, chuvoso e com muito vento. Também fazia frio... nada que lembrava a Flórida de seis meses atrás. O lado bom da coisa é que agora não tem love bugs e quase nenhum inseto. Mas o vento forte zumbe na mastreação, cria ondas que faz você se perguntar se isso aqui é mesmo um rio. Rapidamente meu pequeno universo parece uma máquina de lavar daquelas com porta na frente: a onda me joga para o pier, as defensas e o pier jogam o barco para longe; aí pode ser que as amarras estiquem e puxem o barco de volta, ou pode ser que as ondas empurrem o barco de volta. Mas o pior é quando uma onda atinge o barco assim que ele começa a se afastar do pier. Ah, claro, nesse meio tempo o barco fica balançando para cima e para baixo. Como o pessoal daqui da marina diz, isso aqui é uma montanha russa com voltas ilimitadas.
Ontem aconteceu um fenômeno desses meio inexplicáveis. Umas ondas grandes surgiram do nada (imagino que foram ondas causadas por algum barco passando e foram vitaminadas pelo vento forte). Elas atingiram a marina e causaram um monte de problemas. anjin ganhou novas cicatrizes (e isso porque tinha um mecanico aqui na hora que ajudou a segurar o barco enquanto eu voava para colocar mais uma defensa entre barco e o pier). O catamarã na frente do meu quebrou a madeira que evitava ele esbarrar no pier e entortou umas peças. O barco atrás de mim, o Bejamin Constant do Luiz, quebrou a escada, e um monte de coisa saiu do lugar em outros barcos.
Enquanto o vento rugia e ondas surravam o casco do anjin aviões rasgavam o céu. Até pensei em ir para o show aéreo para me distrair, mas o dia cinzento, frio e molhado de 1/2 aniversário não me animou. De quebra, ontem os eletricistas vieram no barco. Sim, eu chamei outros eletricistas pois Pinky viajou novamente e o Cérebro está muito devagar. Os eletricistas novos me deram um choque de realidade ao falar que não dava para trabalhar no meu barco por causa da bagunça. Então passei ontem (e hoje) arrumando e limpando coisas. Vai facilitar a vida deles mas vai dificultar meu trabalho porque tive que guardar as ferramentas e coisas das outras reformas/consertos. Estou despindo um santo para vestir outro. Mas como preciso de ajuda para fazer essa parte elétrica, acho que vale o esforço de ter que desempacotar as coisas depois.
O resultado foi que ontem no final do dia eu estava cansado de arrumar coisas, ficar de olho no barco e nas ondas e de pensar que já passaram seis meses e eu ainda não consegui começar a viagem. A cabeça doia e imperava um sentimento de frustração. OK, passei mais de um mes fora do barco viajando, não chega a 6 meses de trabalho, mas de qualquer forma é mais tempo (e dinheiro) do que eu planejava. Tive uma conversa com J no final do dia que foi boa para colocar coisas em perspectiva. Mais adiante listarei os acertos e erros desse projeto. Mas um elemento fundamental e recorrente para os atrasos e minha frustração é a dificuldade com a mão de obra. Isso é uma praga que envolve todo mundo que tem barco. Infelizmente fiquei sabendo que aqui na Florida isso é muito pior que em outros locais. E entre os locais da Florida esse é um dos piores. Que azar!
Eu já devia estar preparado para isso por causa da minha experiência com o Mootley. Quando comprei o barco o pintor pediu um mês para fazer o serviço. Ele demorou 3 meses só para pintar o barco. E o barco só ficou pronto 13 meses depois de comprado!!!
Mas tudo bem, os progressos nesses ultimos dias foram: comprei uma balsa salva-vidas Zodiac Xtrem, um bote inflavel, motor de popa. Muita pesquisa envolvida para comprar esses produtos. O mais dificil foi a balsa. Não é uma coisa fácil a decisão de ter que abandonar o barco. Mas se isso acontecer, pelo menos que seja uma balsa com boas referências. De quebra, ela é super slim e aprovadas pela SOLAS (dá para usar na REFENO). O bote inflável Achilles, japonês, é de hypalon, um material mais resistente que o PVC e relativamente leve. E o motor de popa da Yamaha foi escolhido por duas razões: é provavelmete a marca que mais vende e ele pode ser guardado em apoiado em qualquer um dos 3 lados. Além dos aspectos consumista eu arranjei os eletricistas novos e um mecânico que vem resolver o problema dos filtros. Além disso acertei com o marcineiro vir aqui fazer uma porta para o banheiro e outra para o compartimento do motor.
Acho que essa será uma semana de grandes progressos. Vamos que vamos. Manterei vocês informados.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Me enganei
Começo o post admitindo um erro. Pensei que a corrida tivesse acabado quando deixei Salvador, mas na verdade ela está apenas começando. Agora é a corrida para a partida.
O vôo para cá transcorreu sem grandes novidades... só que aconteceram umas coincidências durante a viagem. A primeira foi que o grupo de estudantes americanos de quiropraxia que vieram no mesmo vôo que eu, retornaram comigo. 60 estudantes de uma universidade do Iowa vieram fazer trabalho voluntário em Salvador e Ilhéus durante as férias, e agora deixavam o calor de Salvador para enfrentar neve nos EUA.
Estava meio nervoso ao passar pela imigração nos EUA... afinal estou entrando e saindo direto do país e não sei se eles consideram isso uma coisa boa ou ruim. Comentei com o agente da imigração que eu tinha um barco aqui. Ele perguntou se eu era tripulação ou capitão. Com orgulho disse que era a segunda opção, e então ele falou "that's the way to go". Soou tão bem quanto o estereotipado welcome home que eles falam para os americanos quando passam pela imigração.
A segunda coincidência foi que acabei alugando novamente um Toyota Prius sem pedir... achei que foi um sinal de que estou entrando em outro ciclo pois o começo da reforma também começou com um Prius. E também teve a coincidência de voltar para o barco e o vento continuar forte, as ondas grandes e o barco balançando muito. Parecia que eu nem tinha viajado. Olhei o barco por fora, reconectei a tomada, liguei a luz e tirei a bicicleta do interior. Ainda tive forças de mandar e-mails dizendo que tinha chegado bem.
Na manhã seguinte dormi e de tarde fui atrás dos "fornecedores". Aproveitei para pegar meu correio no estaleiro, e depois falar com o eletricista e com o cara da fibra. Ambos apareceram aqui ontem de manhã. E nisso começou minha preocupação. Após uma manhã de trabalho/enrolação os eletricistas fizeram UM furo para uma tomada (alegaram que tiveram que sair para buscar ferramentas, peças, examinar a situação, etc). Mas fazer um único furo é muito pouco. Hoje eles voltaram, gastaram mais tempo que ontem fizeram apenas outro furo e instalaram uma das duas tomadas de força para o barco. Tive uma conversa com o eletricista explicando minha urgência e combinamos que vou chamar outro eletricista para acelerar o trabalho. A ideia é deixar cada um cuidando de um tema diferente. Hoje a tarde eu tive uma "entrevista" com o novo eletricista, digo entrevista porque ele fez um monte de perguntas sobre o sistema elétrico do barco. Acho que ele gostou da quantidade de serviço que tem para fazer mas disse que só vai decidir se pega ou não a empreitada depois de olhar o barco. E também alertou que tem outra obras rolando. Ou seja, não sei se meus problemas estão a caminho de ser resolvidos ou não.
Hoje fui em uma loja de artigos de segurança e encomendei os pirotécnicos, a balsa salva vidas, bóia e outros equipamentos de segurança. Falta ainda o bote inflável.
Ontem além de lavar roupa que cheirava a barco, Londres e Salvador ainda tive o prazer de ver um monte de peixes boi pastando a grama que foi trazida pelas chuvas. Ao mesmo tempo descobri que tem uma garça que está começando a usar meu barco como sanitário... e a cara de pau nem se abala quando chegamos perto dela.
Ainda ontem, o cara da fibra, Joe, abriu o pedaço ao lado do cockpit que estava com a madeira mole. Constatou-se que estava muito melhor que o do outro lado do barco. A causa da infiltração foi prosaica. Uma combinação de prego mau colocado e fibra de vidro com mistura errada de catalizador e resina. O resultado é uma fibra molenga que acabou sendo perfurada pela cabeça do prego. Isso abriu caminho para a água empapar o compensado. Felizmente esse problema da fibra só apareceu em dois lugares (justamente onde houve a infiltração). Agora é esperar o compensado secar e refazer o reparo similar ao anterior. O problema é que quando chove não dá para trabalhar com a madeira molhada.
Encomendei as redes para o barco e na semana que vem o veleiro vem aqui fazer a regulagem do mastro para poder colocar as velas. E nesse meio tempo estou tentando resolver um monte de pequenas pendencias que envolvem, inclusive, a arrumação para a chegada do meu primeiro tripulante. Dedos cruzados.
O vôo para cá transcorreu sem grandes novidades... só que aconteceram umas coincidências durante a viagem. A primeira foi que o grupo de estudantes americanos de quiropraxia que vieram no mesmo vôo que eu, retornaram comigo. 60 estudantes de uma universidade do Iowa vieram fazer trabalho voluntário em Salvador e Ilhéus durante as férias, e agora deixavam o calor de Salvador para enfrentar neve nos EUA.
Estava meio nervoso ao passar pela imigração nos EUA... afinal estou entrando e saindo direto do país e não sei se eles consideram isso uma coisa boa ou ruim. Comentei com o agente da imigração que eu tinha um barco aqui. Ele perguntou se eu era tripulação ou capitão. Com orgulho disse que era a segunda opção, e então ele falou "that's the way to go". Soou tão bem quanto o estereotipado welcome home que eles falam para os americanos quando passam pela imigração.
A segunda coincidência foi que acabei alugando novamente um Toyota Prius sem pedir... achei que foi um sinal de que estou entrando em outro ciclo pois o começo da reforma também começou com um Prius. E também teve a coincidência de voltar para o barco e o vento continuar forte, as ondas grandes e o barco balançando muito. Parecia que eu nem tinha viajado. Olhei o barco por fora, reconectei a tomada, liguei a luz e tirei a bicicleta do interior. Ainda tive forças de mandar e-mails dizendo que tinha chegado bem.
Na manhã seguinte dormi e de tarde fui atrás dos "fornecedores". Aproveitei para pegar meu correio no estaleiro, e depois falar com o eletricista e com o cara da fibra. Ambos apareceram aqui ontem de manhã. E nisso começou minha preocupação. Após uma manhã de trabalho/enrolação os eletricistas fizeram UM furo para uma tomada (alegaram que tiveram que sair para buscar ferramentas, peças, examinar a situação, etc). Mas fazer um único furo é muito pouco. Hoje eles voltaram, gastaram mais tempo que ontem fizeram apenas outro furo e instalaram uma das duas tomadas de força para o barco. Tive uma conversa com o eletricista explicando minha urgência e combinamos que vou chamar outro eletricista para acelerar o trabalho. A ideia é deixar cada um cuidando de um tema diferente. Hoje a tarde eu tive uma "entrevista" com o novo eletricista, digo entrevista porque ele fez um monte de perguntas sobre o sistema elétrico do barco. Acho que ele gostou da quantidade de serviço que tem para fazer mas disse que só vai decidir se pega ou não a empreitada depois de olhar o barco. E também alertou que tem outra obras rolando. Ou seja, não sei se meus problemas estão a caminho de ser resolvidos ou não.
Hoje fui em uma loja de artigos de segurança e encomendei os pirotécnicos, a balsa salva vidas, bóia e outros equipamentos de segurança. Falta ainda o bote inflável.
Ontem além de lavar roupa que cheirava a barco, Londres e Salvador ainda tive o prazer de ver um monte de peixes boi pastando a grama que foi trazida pelas chuvas. Ao mesmo tempo descobri que tem uma garça que está começando a usar meu barco como sanitário... e a cara de pau nem se abala quando chegamos perto dela.
Ainda ontem, o cara da fibra, Joe, abriu o pedaço ao lado do cockpit que estava com a madeira mole. Constatou-se que estava muito melhor que o do outro lado do barco. A causa da infiltração foi prosaica. Uma combinação de prego mau colocado e fibra de vidro com mistura errada de catalizador e resina. O resultado é uma fibra molenga que acabou sendo perfurada pela cabeça do prego. Isso abriu caminho para a água empapar o compensado. Felizmente esse problema da fibra só apareceu em dois lugares (justamente onde houve a infiltração). Agora é esperar o compensado secar e refazer o reparo similar ao anterior. O problema é que quando chove não dá para trabalhar com a madeira molhada.
Encomendei as redes para o barco e na semana que vem o veleiro vem aqui fazer a regulagem do mastro para poder colocar as velas. E nesse meio tempo estou tentando resolver um monte de pequenas pendencias que envolvem, inclusive, a arrumação para a chegada do meu primeiro tripulante. Dedos cruzados.
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