Total de visualizações de página

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Pressão

A expressão "mar de almirante" é utilizada para descrever um mar calmo, sem ondas. Pois bem, hoje é uma noite com mar (ou rio) de almirante... nas águas escuras se vê por todo o lado o reflexo prateado da lua cheia espelhada no rio. Isso é uma coisa engraçada da água... ela não guarda rancor nem memória. Ontem o vento estava forte e havia muitas ondas no cais. O barco balançava forte e era possível escutar as amarras rangendo por causa do esforço. Mas hoje o dia foi completamente diferente. Calmo e com pouco vento. A procissão de barcos no canal navegava devagar, apelando para mais velas ou motor.

Ontem à noite eu tive uma provencial conversa com o Felipón. Foi importante para mim para refletir sobre o que está acontecendo. Nessa semana eu consegui discutir com J quase todos os dias; na semana passada fui grosso com minha mãe e por aí vai. Acho que estou descontando nos outros as frustrações da reforma. E o pior é que é justamente com as pessoas que mais me querem bem. Mas tomei umas decisões: vou tentar falar mais com meus/mihas amigas para não sobrecarregar tanto J. Óbvio que também preciso me policiar e ser mais flexível.

Hoje de manhã Breu me ligou... acho que ele ficou meio preocupado. Conversamos e também tivemos um chat. Está claro que minha maior frustração é com os prestadores de serviço sobre os quais não tenho nenhum poder. Meu único trunfo, pagar os caras, parece não ter muito efeito porque o corpo mole persiste mesmo sem pagamento.

Ontem a mulher do sofá apareceu e trouxe a almofada que faltava. Isso depois de uma semana me dando cano. Ainda ficou faltando colocar uns botões de pressão na parede para manter as almofadas no lugar, mas como o espaço estava tomado por eletrônicos e material elétrico e o eletricista estava dentro do barco, ela ficou de voltra outro dia para terminar o serviço.

O cara da fibra apareceu aqui ontem. Percebeu que o problema da gaiuta da frente não é tão simples e saiu a procura de novos rebites e uma rebitadeira para colocar a peça no lugar. Confesso que rolou um grande deja-vu poruqe eu tentei 3 tipos de rebites diferentes e sem sucesso. Entretanto, aparentemte ele conseguiu uns rebites do tamanho melhor do que os que eu tentei. Mas ele explicou que não dava para trabalhar no barco com todo aquele balanço e foi-se embora. Apareceu rapidamente, hoje, para entregar umas peças que o Cérebro pediu que ele me passasse.

O eletricista passou mais dois dias no barco e não progrediu tanto. Pedi para ele mudar os fios de lugar, tirando do meio da antepara. Ele instalou um novo automático para a bomba do compartimento do motor e um sensor de nível de água. Passou os fios das bombas de porão e instalou os controles. Hoje ele instalou o sensor de nível de água no compartimento central e fez umas mudanças pequenas no painel, mas para isso ele gastou meio dia. Dureza... isso (re)começou a andar muito devagar. Acho que vou ter que falar com o chefe dele sobre isso.

O mecânico apareceu hoje para instalar a nova valvula de retorno do diesel e recolocou a alavanca de comando do combustível. O serviço dele até que foi rápido, mas o preço das partes foi alto e o cara atrasou 7 horas (isso depois de eu ligar para reclamar).

Surpreendentemente o cara que eu encomendei as redes tomou a iniciativa de aparecer no barco hoje e mediu as coisas. Ele me ligou hoje de manhã perguntando pelos angulos do barco. Eu expliquei para ele que não tinha como medir isso e ele falou que era para ligar que ele viria aqui. Surpreendentemente o cara deu as caras.

Passei algumas horas com o veleiro hoje de manhã. Encomendei as ferragens para instalar no deck e conversamos sobre opções de instalação. As peças devem chegar em 5 dias, espero que até lá essa novela dos eletricistas esteja no fim.

Ah, e uma outra surpresa foi que meu imediato não apareceu. Ele mandou um e-mail falando que teve problemas com o aluguel do carro. Incrível como essas coisas sempre acontecem quando precisamos de ajuda. Durante a tarde fui esfregar o casco para remover o limo que começou a acumular. O problema do limo é que ele cria uma barreira sobre a tinta-venenosa que permite a instalação das cracas. E eu não quero isso. No próximo dia calmo devo entrar na água para dar uma limpada no casco com uma esponja.

No final do dia fui tomar uma cerveja com o eletricista. Ficamos conversando sobre velejar até as Bahamas e ele me deu umas dicas para final do ano. Aos poucos estou colecionando dicas. Acho que tenho que separar um caderninho para essas coisas. Quero deixar para trás essa história de papo de boteco sobre vela e partir para a ação.

Um comentário:

  1. Desculpe, mas acompamhar este blog é muito bom. Sei que está passando raiva, mas suas histórias são ótimas. Nada do Benjamin passear pra gente poder acompanhar mais o anjin. A torcida é grande pra tudo dar certo. E Breu tinha é que pegar um avião e te ajudar a limpar o limo. Abraços e até o próximo post

    ResponderExcluir