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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Contando

Já estamos falando para todo mundo que vamos sair no final do mês e as coisas estão andando cada vez mais rápido.

Ontem de manha o rigger já trouxe uma amostra d3 cabos novos para colocar as redes de segurança. Confesso que não fiquei muito contente quando ouvi a explicação dele para fazer a primeira peça tão rápido. Ele falou que queria ver se ele conseguia fazer, o tempo necessário e se as medidas que passamos eram confiáveis. Mas a peça ficou perfeita e no final do dia ele já trouxe outros 4 cabos, assim ficam faltando só 3, que estavam com peças avariadas e necessitaram substituição.

Ontem de manhã o cara da fibra apareceu e trabalhamos na gaiuta da frente. Depois de muito suro e xingamento e de abandonar de vez a ideia dos rebites, ele conseguiu colocar duas dobradiças no lugar. Infelizmente, uma das dobradiças não fixou direito e, de noite, quando fechei a gaiuta ela caiu. Hoje ele voltou e colocou mais uma dobradiça no lugar... pelo menos ela não caiu essa noite. A solução para fixar as dobradiças foi furar a moldura de alumínio da gaiúta e fazer uma rosca para que o parafuso prendesse no metal. Tosco e trabalhoso mas funcionou. Hoje de manhã ele também fez o recorte no suporte interno da roda de leme para colocar a engrenagem do piloto automático. Eu não estava aqui quando ele fez isso, o imediato que acompanhou o processo. Também conversamos com o cara da fibra sobre um reparo na tampa da geladeira (que é dificil de abrir e fechar) e sobre o encanamento da pia.

Ontem o eletrolento ligou a bomba de agua salgada, terminou de conectar o cabo de dados para o rádio VHF, fixou o controlador dos paineis solares e fez um suporte para o controle do gerador éolico. No final do dia o chefe dele veio aqui e conectou o carregador pequeno de bateria, fez uma nova conexão do alternador para as baterias do barco  e terminou a instalação do radar e eletrônicos. Hoje de manhã fui pagar a conta dos trabalhos da semana... uma facada. Mas não posso reclamar. Os caras apareceram aqui todos os dias, muito diferente dos demais. E o serviço foi bem feito.

Hoje o imediato e eu passamos o dia tratando da intalação do gerador eólico. Eu montei a turbina e de tarde ficamos envolvidos em montar as bases, furar o casco, passar fios (parte com a ajuda do eletrolento). Por em intalação, passei quase uma hora no fundo do casco lateral, em  um lugar tão apertado que para entrar eu tive que passar um braço, depois a cabeça e por fim o outro braço e mal dava para me mexer. E eu falei que miha cintura ficou apoiada em cima de  um pedaço de madeira mal-coberta com fibra de vidro? No final fiquei com pressa para sair e fiquei meio entalado. Só deu para sair depois de lembrar como foi que eu tinha entrado. O imediato ia fazer esse serviço mas ele sofre com claustrofobia dentro dos cascos laterais. Trabalhamos até escurecer. Infelizmnete não conseguimos erguer a turbina, isso fica para amanhã.

Quinta feira é dia de ação de graças por aqui. Muita gente já está viajando. O resto deve viajar amanhã. Os eletricistas já avisaram que só trabalharão até a hora do almoço amanhã. Então nós vamos ter que sair para comprar material para poder trabalhar na quinta. Até o escritório da marina estará fechado nesse dia.

O Cérebro e o novo assistente (que eu ainda não conheci mas não é o Pinky) estiveram aqui hoje. Ele garantiu que instala o piloto automático até a metade da semana que vem (estou torcendo que isso dê certo).

Ontem o marceneiro trouxe as portas!

Infelizmente o mecânico ainda não apareceu para instalar o regulador. Pelo menos pediu desculpas ontem.

Nossa obra tem chamado muita atenção por aqui. Toda hora alguém  para e puxa conversa. O tema mais recorrente é perguntar se viemos do Havaí, pois o registro na popa do barco ainda diz isso. Algumas conversas são interessantes.

Conversei bastante com um casal canadense, o Tom e a Mildredo, do Mahalo (obrigado em havaiano) que pararam aqui na marina para poder fazer uns reparos no barco. Para tranquilizar vocês que acham que anjin é uma bomba, deixe contar um pouco da história deles. Eles vieram do Canadá (Vancouver) para os EUA para comprar um barco aqui por causa dos preços mais baratos. Decidiram comprar um barco mais caro porque teoricamente precisava fazer pouco. Mas eles me disseram que já tiveram que consertar muito mais coisa do que imaginavam que seria preciso. Para complicar, durante o tempo em que o barco estava no seco ele foi atingido por um raio que queimou todos os eletrônicos. O ponto bom é que eles tinham seguro, mas de qualquer forma, teve toda a dor de cabeça de acionar o seguro e esperar os reparos. Moral da história: barcos são um caixote de surpresas.

Para terminar o post de hoje: 3 barcos canadenses chegaram aqui hoje no final da tarde. Comentei isso com o eletrolento que respondeu "então começou o frio no norte, pois os canadenses só partem quando o inverno começa a chegar".

Fico por aqui,

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