Depois de ir dormir olhando pedras crescerem no sábado, ontem passei o dia trabalhando com cabos. Estiquei mais uma vez o cabo da âncora (350 pés). Cortei um pedaço de 50 pés para a âncora de popa e um pedaço de 100 pés para a âncora de proa extra. Além disso ainda vai ter uns 20 pés de corrente em cada uma delas. Esses conjuntos de corrente e cabo vão ficar guardados para serem instalados quando necessário.
Mais tarde eu usei uma hot knife para cortar e selar a ponta de todos os cabos soltos do barco, para evitar que eles desfiem. Isso foi particularmente importante para as amarrações dos trampolins. No final da tarde eu fiz a emenda da corrente com o cabo de nylon. Depois eu coloco fotos.
Hoje de manhã fui na loja do cara da vela levar um cabo para trocar. Descobri antes do teste que o cabo do enrolador do jibe estava muito curto. A veleria me deu um cabo para eu usar no teste, mas o cabo era da mesma cor do outro, o que dificultou muito a tomada de ações mais rápidas. Eles vão me entregar um cabo com outra cor.
A boa notícia é que o mecânico apareceu. Ele terminou de desconectar o motor. Para içá-lo foi feito um furo no piso do cockpit, que será depois fechado com uma tampa de inspeção. Dois cavaletes foram colocados no cockpit e em cima deles foi posicionado uma barra de metal. Na barra foi colocada uma talha com uma corrente para puxar o motor. O maior problema foi que o motor só possui um ponto de içamento e para poder levantar o motor foi preciso improvisar com outras correntes e uns pedaços de madeira para manter o motor imóvel.
Para minha felicidade havia muito pouca ferrugem na parte inferior do motor. O problema do sumiço do óleo se deu à falha em duas arruelas. Duas prosaicas arruelas que custam centavos me custarão centenas de dólares de mão de obra mais duas semanas de atraso em minha partida. Incrível isso, mas felizmente foi algo simples. Diferente do motor do carro que tem um bujão (uma espécie de tampa por onde se escoa o óleo) devido a dificuldade de acesso muitos barcos tem uma conexão para ligar uma mangueira no fundo do motor para drenar o óleo sem ter que remover o bujão. Esse adaptador, chamado aqui de válvula banjo, tem duas arruelas. No caso do anjin seja por tempo, corrosão ou eletrólise as arruelas desgastaram e deixaram o adaptador relativamente frouxo, o que permitiu o vazamento do óleo.
A foto permite ver o miolo do adaptador, que nada mais é um bujão com um buraco do lado onde se encaixa o banjo. Vai uma arruela encostada no motor (que é a metade do semi-circulo na parte de baixo) e outra arruela entre o bujão e o banjo (que é a arruela de cima, bem desgastada). As arruelas estavam muito abaixo da espessura original, a de cima parecia um pedaço de papel alumínio. Além disso a mangueira que estava conectada ali, apesar de aparentemente inteira deverá ser trocada, pois se der problema novamente, não será preciso levantar o motor de novo.
O mecânico levou as peças e deixou o motor apoiado em uns blocos de madeira e semi-suspenso por aquela armação. No final do dia o chefe dele passou no barco para saber o resultado. Contei para ele e ele disse que dei sorte por ser um problema simples e relativamente comum em motores mais antigos. Mas que não dá para consertar sem levantar o motor. Ele falou que vai trocar as arruelas por outras de nylon ou alumínio, para evitar a corrosão.
O que me preocupou foi ele ter dito ao sair que os mecânicos estão todos muito ocupados nessa semana e que ele só mandou o mecânico aqui hoje porque meu problema poderia requerer a encomenda de peças ou partes. Bem, vou dormir tranquilo hoje pois as coisas estão mais bem encaminhadas.
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