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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Saco sem fundo

É impressionante como é possível acumular coisas em tão pouco tempo. Admito que para mim isso é ainda mais fácil porque tenho mania de ficar guardando coisas que possam vir a ser úteis. Agora me vejo em um desafio não dá para levar tudo o que quero mas não dá para sair sem levar peças de reposição, material para emergências, ferramentas.. E acho melhor começar com pouca coisa porque a tendencia é acumular ainda mais. A não ser que eu consiga realizar faxinas, bota-foras, de grande envergadura durante a viagem.

Bem, esses dias estão corridos. Por mais que eu faça coisa, sempre tem muito mais coisa para resolver. Como um saco sem fundo. Ontem fiquei trabalhando na cabine de popa. Reconectei os fios do piloto automático, prendi a bateria, dei uma limpada no compartimento do motor, aspirei a sujeira acumulada durante a visita do mecânico e meus trabalhos por lá.

Também postei a hélice para a Dinamarca, para que seja re-cortada para se adaptar à nova transmissão. Lavei roupa, testei as luzes de navegação, esvaziei a minha cama antiga  dormi nela ontem à noite.

Mas como expliquei que o trabalho nunca termina,  hoje infelizmente descobri que a bomba de porão do compartimento do motor parou de funcionar. Hoje a manhã foi dedicada a ela. Primeiro tive que tirar o resto de óleo que tinha ainda no porão. Então notei que havia muita sujeira por lá. Novamente usei o aspirador. Removi o interruptor flutuante da bomba e por fim consegui ter acesso e remover a bomba que fica bem lá no fundo. Tinha umas peças de plástico utilizadas para segurar fios (que eles chamam de zip ties por aqui) presas no rotor, acho que isso impedia o funcionamento pois no painel a lâmpada dela acendia. Removi a sujeira e a bomba voltou a funcionar. Foi difícil recolocar a mangueira no lugar. Coloquei mais uma braçadeira na mangueira, joguei todo o lixo fora e fui me lavar. Depois saí correndo para a locadora.

Aluguei um carro para esses próximos dias. Vou ter que ir no mercado, comprar umas últimas coisas, fazer uns pagamentos e de bike não seria viável. Aproveitei que estava com o carro e fui no Porto Canaveral ver onde fica a aduana. Depois passei no mercado e voltei para o barco. Tentei pagar o mecânico e pegar umas coisas na veleria, mas já passava das 17:00 e não teve, literalmente, negócio.

Agora à noite estou de olho na previsão do tempo... junho está chegando e com ele os furacões. Mais uma razão para sair daqui o mais rápido possível.

Uma tempestade exatamente no caminho com 60% de chance de virar furacão

Um comentário:

  1. Ah, as coisas. Aquelas que um dia a gente pode precisar. Aquelas que nunca usamos, exceto 1 semana depois de as jogarmos no lixo! Meu processo, você sabe, é parecido. Ontem anunciei umas coisas em leilão começando a 1 real. Se vender por 2 reais cada uma, já está bom. Acho que estou quase no "nirvana" do desapego. Isto está sendo muito bom, e sei que você tá aprendendo muito também. O meu furacão também está vindo. É o furacão que vai passar na minha conta corrente e começar a consumir recursos e sem perspectiva ainda de reposição. Mas vamos nessa. Frio na barriga dá, mas logo logo vamos estar rindo disto e com muitas histórias pra contar. Abraço!

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