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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Assim nasce um anjin

Como já dizia Carmem Miranda, tem coisas que ninguém sabe o trabalho que dá. Nomes de barcos podem ser um exemplo. O nome deve ter um significado (a não ser que seja o nome do seu patrocinador), principalmente para o dono. Como não tenho patrocinador não dava para pegar o caminho fácil e foi preciso debruçar longamente na questão. Também não dava para manter o nome atual, apesar de ter gente que acha que dá azar. My Try ficou até hoje só na tentativa e eu quero ir muito além disso.

Tenho que agradecer algumas pessoas por contribuições, mas agradecimentos especiais para J por inúmeras sugestões, propor coisas que eu não tinha pensado ou que nem sabia que existiam. E a lista de sugestões foi grande.

O briefing do nome era relativamete simples. Devia ser fácil de falar, deveria ser um nome que refletisse a leveza e velocidade do barco, bem como sua natureza feminina: uma "mulher de fibra". E era importante que o nome tivesse algum significado, não fosse resultado daqueles programas de computador que dão nomes para carros. Seria desejável, ainda, que tivesse ainda algo a ver com clima.

Com a escolha do nome algumas coisas mudam: dá para dar seguimento no processo de registro do barco, dá para chamá-lo (ou a ela) de alguma coisa ao invés de "barco sem nome", é possível passar para detalhes mais operacionais como layout do nome e gravar coisas para o barco.

Sei que vcs já devem estar correndo o olho para cima e para baixo buscando o nome. Pois bem, ele está lá, a última palavra do título do post. Bem, o nome tem vários significados... um querubin ou um anjo pequeno não foi um dos conceitos, mas pode ser lido assim. O nome derivou da palavra vento em polinésio, e também de vento em indonésio, que tem a grafia acima. Mas o elemento que faz o vínculo comigo, que torna o nome especial para mim, é que esse era o nome que John Blackthorn, personagem principal do livro Xogun, de James Clavell, era chamado pelos japoneses. Essa foi a tradução que o autor usou para a palavra piloto, quem guia um barco.

Na sexta feira acordei pensando na questão do nome. Que precisava dar um fim nessa história de "barco sem nome". Tinha gostado da alternativa escolhida e até tinha falado com minha mãe que pediu para fazerem a numerologia do nome e o resultado foi bom. Assim, quando J enviou mais uma sugestão de nome, comentei que tinha batido o martelo.

Apresento a todos: anjin, meu companheiro(a) nessa aventura.

Um comentário:

  1. Anjin-sama, William Adams, supostamente o único branco a ter recebido o título de samurai e inspirou o livro do Clavel. O "piloto de Miura" 三浦按針 (literalmente, piloto seria "o que observa a agulha"). A cidade de Ito celebra um matsuri em homenagem a ele em agosto - vou ascender uma lanterna lá em tua homenagem =)

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