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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Operação "acabou-o-viagra"

Quando trabalhei na Unilever achava muito interessantes os nomes dos projetos. Era algo parecido com as operações da Polícia Federal, só que a PF gosta muito de mitologia e regionalismo, a Unilever era mais com coisas do dia a dia. Com base nisso, resolvi adaptar um comentário Hupseliano para o processo de abaixar o mastro do barco: a operação acabou-o-viagra.

Acho que ainda não comentei isso por aqui mas não tenho conseguido dormir até tarde. Quando dá 07:00 da manhão (ou antes) eu acordo. Ainda insisto na cama, com minha preguiça matinal, mas sono que é bom, nada. Na segunda de manhã estava checando meu e-mail quando o celular tocou... ainda não era nem 07:30. Achei que fosse J, mas era o cara da metalurgica que eu solicitei uns orçamentos. Quando o cara chegou (antes das 08:00) e me passou o orçamento dos tanques achei que ainda estava dormindo: era um pesadelo! Pedi para ele trazer o preço detalhado de cada um... vou ver o que faço. E esse preço era para tanques de aluminio, imagine se for de inox (tem gente que condena tanques de água de aluminio). Estou considerando tanques flexíveis, ou tanques plasticos - se achar uns que caibam no lugar. Não achei ninguém aqui disposto a fazer os tanques de fibra.

Na manhã eu dei continuidade à questão do registro do barco... complicado. Curiosamente, só quem respondeu meus e-mails foram escritórios localizados em Gibraltar e Chipre. Os escritórios da America Central e Caribe não responderam.

O cara da fibra não apareceu de novo...

Como pouca notícia ruim é bobagem, o cara do inversor ligou dizendo que ao substituir a peça com defeito, outra peça queimou. Como Murphy diz, a peça que queimou não era  um fusível baratinho, mas uma placa (ainda bem que não foi a mais cara). De acordo com o técnico a avaria da unidade deve ter sido causada por algum raio que atingiu o barco. Subitamente o conserto ficou 4 vezes mais caro que o orçado e à metade de uma unidade nova. Mas o representante alegou que meu inversor estava quase novo e era uma unidade mais robusta que as atuais, valia a pena consertar. Veremos o que acontece.

Depois eu encomendei na Defender as peças que irão no mastro: suporte de radar, luzes, um afasta-raios, windex, antena de VHF. Fiquei super contente por receber, uma hora depois, um e-mail de confirmação dos pedidos. Mas alegria de pobre dura pouco... quando liguei para perguntar se os produtos seriam enviados naquele dia a mulher do atendimento falou que o sistema gera uma mensagem automática e eu teria que esperar contatarem meu banco.

No final da tarde fui na veleria confirmar a operação no dia seguinte, pagar as horas de trabalho do cara e do assistente e o guincho. Uma das principais razões para baixar o mastro é que eu forçosamente teria que contratar pelo menos mais uma pessoa para me ajudar (alguém para me levatar enquanto eu ficaria pendurado em uma cadeirinha a 17 metros do chão). O cara da vela já tinha me avisado que só vai se o assistente dele for porque ele não confia em outra pessoa içando ele no mastro. Faz sentido. E a US$90 a hora de cada  um achei que valia a pena colocar a "jaqueira" no chão. Gasto inicial maior mas diluo no longo prazo. Facilita a inspeção e instalação das coisas novas, além da limpeza.

No dia seguinte acordei antes das 0700. Coloquei tudo em ordem para o inicio da "operação". Os caras da veleria chegaram as 07:30 e o guincho as 08:00. Detalhe, para contratar o guinho é preciso pagar um mínimo de 3 horas... com o guincho no lugar soltamos os estais e ovens (cabos que sustentam o mastro). O mastro saiu mais fácil do que eu imaginava e depois foi colocado em cima de 5 cavaletes. A retranca também foi para baixo. anjin ficou com uma cara triste sem seu principal meio de propulsão.

A manhã foi toda gasta na inspeção da mastreação. Tudo está muito sujo. O que eu achava que era sujeira é um misto de ferrugem e desgaste dos cabos de aço atritando no mastro de alumínio. Estou pensando em aproveitar e pintar o mastro, já que ele está no chão. Dois estais devem ser trocados. O resto deve se ficar de olho e dar uma verificada a cada 6 meses. A vida útil desses cabos é de 7 - 10 anos, mas no Brasil, por exemplo, a galera demora mais que isso. Aqui as empresas de seguro exigem a mudança periódica.

De tarde fui na veleria. A Bainbridge, uma grande fabricante de tecido para velas, está com promoção no tecido e oferece, de quebra, as escotas (cabos) para as velas no preço. Acho que vale a pena. Então ao invés de bater o martelo, voltamos ao orçamento de novo.

A encomenda da West Marine não chegou... definitivamente as compras não estão dando certo. Aproveitei para falar com outro capoteiro para fazer um orçamento para as coisas do barco e fui acertar o detalhe das trocas dos acrílicos das escotilhas (gaiutas).

As coisas caminham, mas ainda não estão aceleradas.

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